Numa perspectiva antropológica, o batismo é um rito de passagem; mais especificamente, um rito de iniciação a uma sociedade alternativa.
Como ensinou van Gennep (GENNEP, Arnold van. Os ritos de passagem. Petrópolis: Vozes, 1978) há quase cem anos, ritos de passagem marcam a mudança de um estado para outro, de uma situação para outra, na vida de uma pessoa ou de grupos.
Para tanto, subdividem- se em ritos de separação do estado anterior, de transição e de agregação à nova situação.
Visto em perspectiva antropológica, o batismo é um rito de passagem. Como rito de passagem, é, mais especificamente, um rito de iniciação a uma sociedade alternativa.
A prática do batismo na igreja antiga, descrita mais adiante, mostra como podem ser eloqüentes os ritos batismais de separação do estado anterior, de transição e de agregação à nova situação.
Sendo um rito de iniciação a uma sociedade alternativa, o batismo não é, pois, um rito de nascimento ou de maternidade e paternidade, como boa parte das liturgias batismais da atualidade tende a sugerir.
Fonte: Livro de Batismo da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
- Portal Luteranos