As Sagradas Escrituras afirmam que Deus deseja que todas as pessoas tenham vida e vida em abundância. Isso quer dizer que todas as dimensões do ser humano merecem igual atenção, pois ele forma uma unidade bio-psico-sócio-eco-espiritual. O bem-estar completo considera o equilíbrio de todos estes aspectos.
Jesus considerou a integralidade do ser humano. A polêmica em torno da cura do paralítico em Cafarnaum (Marcos 2.1-12) aponta esta direção. A restauração da dignidade das pessoas, criadas à imagem e semelhança de Deus, inclui a defesa do direito de todos viverem em estado de razoável harmonia.
Uma série de fatores contribui para a existência ou ausência de saúde ou bem-estar: segurança alimentar, habitação, saneamento, proteção contra o stress, segurança no trabalho, locomoção segura, vida afetiva, relações sociais e familiares, lazer, vida comunitária, fé e espiritualidade.
As comunidades protagonizam uma série de iniciativas na área da saúde e preservação da dignidade as pessoas. Elas estão envolvidas direta ou indiretamente com empreendimentos, programas e ações que procuram ir ao encontro das pessoas desestabilizadas física, emocional e espiritualmente ou procuram acolhê-las em seus espaços, tornando-se comunidades terapêuticas.
Ao aconselhamento pastoral e espiritual de pastores e pastoras se somam grupos de visitação a pessoas enfermas e/ou pessoas hospitalizadas, pessoas enlutadas e solitárias.
Em algumas cidades existem albergues ou casas de passagem que abrigam temporariamente pessoas em tratamento de saúde e seus familiares acompanhantes.
A ação das diaconisas-parteiras no sul do Brasil evoluiu para a construção de hospitais e maternidades. A ação das caixas de cobras capixabas levou a programas de prevenção e tratamento de câncer.
Pessoas e grupos de comunidades dão suporte a tratamentos à base de fitoterápicos, viabilizam farmácias caseiras, promovem medicinas alternativas e complementares, organizam retiros de desintoxicação alimentar e seminários para para tratar da segurança alimentar e da (re)educação alimentar e nutricional, se engajam em entidades e organizações que caminham solidariamente com pessoas infectadas pelo vírus HIV-AIDS e estão à frente de instituições e equipes que trabalham com pessoas em dependência química. Envolvem-se e participam de Conselhos Municipais de Saúde e de movimentos sociais comprometidos com a melhoria da saúde no país.
Desenvolvem uma ação pastoral e diaconal junto a pessoas com restrição de liberdade (apenadas), pessoas desabrigadas e/ou pessoas desalojadas por causa de enchentes e catástrofes, pessoas em situação de rua e pessoas vítimas de barragens ou outros empreendimentos de grande impacto sócio-ambiental.
Centros sociais e entidades com identificação confessional com a Igreja cuidam da saúde emocional e mental de pessoas em estado de depressão, pessoas vítimas de violência doméstica ou violência sexual. Além disso, profissionais de saúde acompanham tribos indígenas em diversas em aldeias no norte e no sul do Brasil.
Veja conteúdos relacionados
Acompanhamento e Consolação - Saúde e Alimentação - Igreja e Sociedade