Os membros das igrejas cristãs européias passaram por um profundo processo de revisão de vida após os conflitos da Segunda Guerra Mundial. Afinal, países, ditos cristãos, se enfrentaram de forma sangrenta. Os cristãos das igrejas da Alemanha, em particular, foram instados primeiramente a confessar a sua culpa pelo apoio ao regime nazista. A seguir eles articularam instituições e movimentos com o propósito de ajudar na superação do divórcio entre a fé cristã e a vida da sociedade, ou seja, evitar que a fé cristã seja relegada apenas à “esfera espiritual”. Surgem assim as Academias Evangélicas e os Dias da Igreja.
Os Dias da Igreja mobilizam milhares de pessoas, de tempos em tempos, numa determinada cidade em torno de um tema relevante e desafiador para o testemunho público do Evangelho. Como eventos típicos de uma sociedade de massas, os cristãos ocupam ruas e praças para proclamar a razão de sua esperança. Eles se encontram para refletir, celebrar e confraternizar.
Esta experiência das igrejas alemãs também foi incentivada no Brasil. Em proporções bem menores Distritos Eclesiásticos e Regiões Eclesiásticas mobilizaram e, agora, os Sínodos mobilizam membros de comunidades de uma determinada região para um grande congraçamento.
A celebração do culto é o ponto alto dos Dias de Igreja evangélico luteranos. Corais e músicos das comunidades participam ativamente, a Palavra de Deus é partilhada juntamente com a Ceia do Senhor. As crianças e os jovens são envolvidos em atividades específicas. Oficinas de trabalho e grupos de interesse se ocupam de temas variados e comunidades, setores de trabalho, entidades e instituições fazem exposições sobre as suas atividades.
Os Dias da Igreja alimentam nas pessoas um sentimento saudável de afirmação da identidade cristã evangélica e também de pertencimento ao povo de Deus que caminha na IECLB. Animam para o testemunho da fé e fortalecem a comunhão no corpo de Cristo.
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