Na vida das comunidades evangélicas luteranas a participação e o envolvimento de homens e mulheres têm sido sempre muito intensos. Sua presença em atividades comunitárias tem sido uma constante ao longo dos tempos. No entanto, acompanhando a cultura e os valores da sociedade envolvente, as relações e os papéis de homens e de mulheres têm sido seguidamente desiguais. Os homens estiveram preponderantemente em posições de direção. As mulheres, bastante ativas em serviços comunitários, nem sempre ocuparam estes espaços de poder.
A Igreja tem incentivado uma revisão nesta realidade. Em 1981 abordou o assunto em um Tema do Ano – Homem e Mulher Unidos na Missão. Verifica-se que em vários níveis as relações sofreram transformações. Há várias décadas a Igreja reconhece o ministério com ordenação para homens e mulheres.
No interior da Igreja acontecem atividades geridas e articuladas de forma independente tanto por homens quanto por mulheres. Diversas ações são desenvolvidas em grupos de homens evangélicos luteranos ou então por mulheres evangélicas luteranas. A organização destes grupos se dá basicamente em nível comunitário e sua articulação em nível supra-paroquial acontece na forma de fóruns e movimentos ou de associações juridicamente constituídas.
Homens e mulheres refletem acerca de questões específicas de seu gênero e organizam eventos de confraternização. Colocam os seus dons a serviço da causa de Deus em diversas frentes de trabalho. O princípio bíblico de que a partir do batismo não há distinção entre homens e mulheres (Gálatas 3.28) está permanentemente colocado no horizonte das relações de poder entre os gêneros na Igreja. Há que perseguí-lo tenazmente no cotidiano das comunidades e nos diversos níveis e instâncias da Igreja.
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