Presidência da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil



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Organização Eclesial - Fé, Gratidão e Compromisso

Palavra da IECLB - O que dizem os manifestos e posicionamentos da Direção da IECLB

1. Fundamentação:

O que diz a Constituição sobre Fé, gratidão e compromisso:
A manutenção da IECLB, em todas as suas instâncias, é de responsabilidade dos membros das Comunidades. (art. 52)
Constituição da IECLB
Texto completo da Constituição

 

O que diz o PAMI sobre Fé, gratidão e compromisso
Uma igreja que deseja desenvolver sua sustentabilidade necessariamente terá que implantar um programa de mordomia cristã. Determinante para um programa de mordomia é a convicção de que os dons individuais, os bens materiais e o tempo nada mais são do que propriedade de Deus confiada aos seres humanos. A estes cabe a tarefa de administrar esta propriedade divina de acordo com a vontade de Deus, colaborando com sua missão neste mundo. Trata-se da realização do desafio lançado por 1 Pedro 4.10: “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros (administradores, mordomos) da multiforme graça de Deus”.
PAMI – Plano de Ação Missionária – texto-base
Texto-base completo

 

O que dizem manifestos e posicionamentos da Direção da IECLB sobre Fé, gratidão e compromisso:
Ofertar para a Campanha Vai e Vem: - é testemunhar comunhão com o povo de Deus na IECLB para além de fronteiras geográficas; - é testemunhar gratidão, expressando alegria pelo que se tem recebido;
- é testemunhar a esperança de que as ofertas redundem em frutos para projetos e pessoas em outros lugares;
- é testemunhar a fé em Deus, sinalizando concretamente a atitude de “carregar as cargas uns dos outros” (Gálatas, capítulo 6, versículo 2). Enfim, é uma forma de testemunhar desprendimento, pois é plantar para o irmão, para a irmã, para a comunidade.
Mensagem para a Campanha Vai e Vem – 2013
Texto completo da Mensagem

 

Há uma supervalorização do cumprimento do dízimo, entendido literalmente, em detrimento do cumprimento de todas as demais prescrições da lei bem como de outras ofertas solicitadas no AT, como as primícias e as “ofertas instituídas” (hebraico: terumah). Se quiséssemos ser exatos, à luz de textos como Dt 28.1ss, o descumprimento de qualquer um dos diversos mandamentos de Deus por si só já poderia implicar na suspensão das bênçãos prometidas! Note-se que na DP (Doutrina da Prosperidade) também costuma ser omitido que nem Jesus nem os apóstolos conclamaram para a doação de dízimos, e sim, unicamente para que cada qual desse aquilo que conseguisse dar com boa vontade e alegria, e não por tristeza ou coação (2Co 8.12; 9.7). E, por último: dificilmente se problematiza o dízimo como contribuição percentualmente equitativa de todos os fiéis, quando se sabe muito bem que a décima parte de um salário mínimo representa um valor proporcionalmente muito superior ao dízimo pago por quem recebe numa faixa entre 10 a 20 salários!
Posicionamento sobre Prosperidade - 2008
Texto completo do Posicionamento

 

A sustentabilidade foi outro eixo de reflexão. O tema não se esgota com o desenvolvimento de estratégias para captação de recursos, mas necessita estar embasado numa consistente concepção de igreja. O tratamento do tema Fé, Gratidão e Compromisso passa necessariamente pelo desafio da evangelização, da oferta de subsídios práticos e da promoção de encontros de formação. Foi enfatizada a necessidade de fortalecer a cultura de planejamento, monitoramento e avaliação.
Mensagem do Concílio da Igreja – 2006
Texto completo da Mensagem
 

 

O tema “dinheiro” certamente não é o assunto mais importante na Igreja. Contudo, ele reflete algo sobre o tema central, ou seja, a fé. Se a fé não for relacionada com as coisas da vida concreta das pessoas, ela se torna algo distanciado e alienado. Fé espiritualizante não transforma nem liberta. O testemunho bíblico nos atesta o Deus que se encarna na realidade concreta. É por isso que o evangelho sempre nos desafia a relacionar a fé com nosso tempo, nossos dons, talentos e bens, ou seja, com a vida toda.
Posicionamento A IECLB às Portas do novo Milênio -1999
Texto completo do Posicionamento

 

O discípulo de Jesus existe em função da comunidade. Ele é chamado a responsabilizar-se por ela, tornando-se membro contribuinte em sentido mais amplo. O testemunho do membro, nas suas experiências e os seus conhecimentos, mas também as suas dificuldades e perguntas, o seu amor, seu tempo e o seu dinheiro, de certo modo, constituem a comunidade e fornecem as condições para que ela possa existir em função do membro. Porquanto a comunhão é que perfaz a natureza da comunidade, esta tem necessidade de pessoas engajadas, prontas para o indispensável sacrifício financeiro e dispostas à colaboração. Se o discípulo não existe em função da comunidade, a comunidade não pode existir em função do discípulo.
Em resumo, discipulado se realiza na simultaneidade de dar e receber. Por isto aprendizagem cristã possui forte cunho comunitário e praticamente se extingue juntamente com a dissolução da comunhão dos membros.
Posicionamento Discipulado Permanente – Catecumenato Permanente – 1974
Texto completo do Posicionamento

 

2. Desdobramentos práticos e fé, gratidão e compromisso:

O êxito de um programa de mordomia, porém, depende de algumas decisões fundamentais:
a) Promover o tema “fé, gratidão e compromisso” é evangelizar a partir do primeiro artigo do Credo Apostólico. É preciso cativar o coração dos membros para o fato de que Deus nos abençoa para que nós possamos nos tornar bênção para outros – “... te abençoarei - sê tu uma bênção”.

b) O impacto positivo de um programa de mordomia depende da elaboração de um projeto coordenado, que contemple teologia, materiais, treinamento, metodologia. Sem esta infra-estrutura, comunidades, paróquias e sínodos não terão o fôlego necessário para implantar o programa, cujos resultados devem ser esperados a médio e longo prazos.

c) Importantíssimo fator pedagógico é conectar a disposição de doar e de contribuir com o apoio a projetos missionários e diaconais. O movimento da mordomia cristã na América do Norte nasceu justamente do envolvimento com projetos missionários. Apenas num segundo momento ele foi canalizado também para a sustentabilidade das igrejas. É fundamental vencer a tentação de utilizar o tema “fé, gratidão e compromisso” apenas para o objetivo da auto-manutenção. A perspectiva que tem promessa de bênção é outra: a vocação missionária e diaconal da IECLB. É necessário sensibilizar-nos para o fato de que a IECLB necessita de mais recursos financeiros para alcançar a sustentabilidade de seus projetos missionários, diaconais, educacionais etc.; igualmente, para garantir a sobrevivência e o desenvolvimento de nossas pequenas paróquias no norte, no nordeste e no centro do país; igualmente, para assumir uma parcela mais significativa no apoio financeiro a igrejas luteranas irmãs da América Latina ou de fala portuguesa na África.
PAMI – Plano de Ação Missionária – texto-base
Texto-base completo

 

Também o sistema de contribuição financeira na IECLB deve ser entendido como fator de unidade e já por isso deve ser observado criteriosamente. Os membros da IECLB são incentivados a contribuir proporcionalmente a seus rendimentos e bens, como sinal de gratidão a Deus. Não pagam por um serviço religioso a eles prestado, mas participam na missão da Igreja. As comunidades, por sua vez, conforme regulamentação em vigor, contribuem para o respectivo sínodo e para a Igreja em nível nacional com 10% de sua arrecadação. As ofertas recolhidas em nossos cultos para necessidades específicas obedecem a um plano de ofertas estabelecido pela IECLB, que se divide em ofertas destinadas pela Igreja, pelos Sínodos e pelas próprias Comunidades. É importante saber-se, quando nos reunimos em culto, que estamos contribuindo, em toda a Igreja, para finalidades comuns. Como expressão de solidariedade fraterna temos a Obra Gustavo Adolfo que apoia comunidades mais fracas em suas necessidades, inclusive com campanhas educativas entre crianças e confirmandos/as, e o Fundo de Solidariedade entre os Sínodos, como apoio aos sínodos ainda não auto-sustentáveis.
Manifesto Unidade: Contexto e Identidade da IECLB – 2004
Texto completo do Manifesto

 

Há, na IECLB, crescentes tensões no tocante a abusos na realização de festas. Quando há um excessivo consumo alcoólico, podem surgir rixas e contendas. Em caso de a preocupação por arrecadação financeira passar a ser a motivação predominante para sua realização, seu objetivo de celebrar a comunhão é desvirtuada. Em sua origem, as festas constituem encontros comunitários, em que se celebra a vida e aprofunda a comunhão diária. Muitas vezes a música e o canto desempenham um importante papel de integração e manifestação cultural. Em tudo isso, as festas são legítimas e condizem com a liberdade evangélica que temos em Cristo.
Contudo, também é inegável haver abusos que as comunidades não podem propiciar sem dano público à credibilidade do testemunho evangélico. Uma comunidade terapêutica combate o alcoolismo e seus malefícios, não os facilita. É, portanto, necessário e salutar que mais e mais comunidades se empenhem por práticas alternativas, como almoços e jantas comunitárias, e, no tocante à arrecadação, incentivem a prática de doações espontâneas e ofertas de gratidão.
Posicionamento IECLB no Pluralismo Religioso – 2000
Texto completo do Posicionamento

 

(...) a situação exige também que aprendamos, mais do que o estamos fazendo, a carregar as cargas uns dos outros (Gl 6.2). Somos desafiados a ajudar, dentro de nossas possibilidades. Somos desafiados a repartir. Isto vale, não por último, com relação à contribuição à comunidade. Já há muito falamos na “contribuição proporcional”, isto é, numa contribuição graduada, de acordo com as capacidades. De qualquer forma, não é justo que membros sejam desligados ou se desliguem da comunidade só porque não podem pagar a contribuição. Devemos ensaiar aí o amor fraternal, sem falsa vanglória de um lado e sem falso constrangimento de outro. É uma forma de equilibrar as cargas, ao menos em parte.
Posicionamento Povo Luterano – 1987
Texto completo do Posicionamento
 


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A vida cristã não consiste em sermos piedosos, mas em nos tornarmos piedosos. Não em sermos saudáveis, mas em sermos curados. Não importa o ser, mas o tornar-se. A vida cristã não é descanso, mas um constante exercitar-se.
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