Presidência da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil



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Família

Palavra da IECLB - O que dizem os manifestos e posicionamentos da Direção da IECLB

1. Fundamentação:

O que dizem manifestos e posicionamentos da Direção da IECLB sobre Família:
Sob família a Igreja entende o grupo de pessoas relacionadas entre si por laços de parentesco, afetividade, compromisso ou comunhão cristã. Portanto, o conceito de família vai além do grupo de pessoas formado por pai, mãe, filhos e filhas, vivendo legalmente sob o mesmo teto. Com respeito e amor, a comunidade cristã também aceita, acolhe e ampara grupos familiares com características especiais.

(...) O Antigo Testamento conta a história da criação e do povo de Deus como história familiar. Adão e Eva simbolizam a humanidade. São criados por Deus como casal que deve constituir família e administrar a criação (Gn 1.27-28; 2.15). Através das famílias dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó inicia a história da eleição e salvação. As diferentes famílias se localizavam no tempo pela memória de sua origem, através da lista dos antepassados (genealogia) que despertavam a consciência histórica do povo de Deus.
Conforme o espírito da época, predomina no Antigo Testamento uma visão patriarcal da família, centrada no homem, como pai e chefe do clã. Em textos decisivos, porém, como a história da criação do homem e da mulher e da queda, transparece a profunda igualdade de ambos entre si e perante Deus (Gn 1.27-28; 2-3).

É significante que a queda de Adão e Eva (Gn 3) marca profundamente a história da família humana. Os perigos e as dores do parto, bem como a luta pela sobrevivência no trabalho e o estabelecimento de estruturas de poder são consequências da queda e mostram como a realidade da vida familiar é uma expressão da ambivalência da vida humana. A dominação do homem sobre a mulher, o ciúme e a violência entre os irmãos Caim e Abel (Gn 4.1-16) testemunham que, desde o início, o pecado e o conflito fazem parte da vida familiar.

O Antigo Testamento entende o matrimônio como instituição social, na qual se realiza de uma forma duradoura a relação entre homem e mulher (tornando-se os dois uma só carne – Gn2,24), com a finalidade da procriação e do sustento econômico dos membros do grupo familiar. Independente da sua forma cultural, matrimônio e família pertencem à criação de Deus, são abençoados por ele e instrumentos da sua promessa de conservar a humanidade como espécie no mundo pecaminoso (Gn 9.8-17) e da sobrevivência do seu povo (Gn 15.4-5).
O 4º, o 6º e o 10º Mandamentos (Êx 20.1+17) expressam grande preocupação pela manutenção da ordem familiar. Diversas outras leis, bem como vários textos poéticos e proféticos, valorizam o matrimônio e a família (Oséias 2 e Cantares).

A vida da família no ciclo do ano é estritamente ligada a rituais e celebrações religiosas (Sábado, páscoa, colheitas, etc.). Mudanças durante o ciclo da vida familiar, como o nascimento, a adolescência, o casamento, o falecimento, são motivos de reunião da família e da realização de ritos de passagem. Através dos rituais a família reafirma que pertence ao povo de Deus e vive sob a promessa da sua bênção.
No mundo do Novo Testamento também predomina a família patriarcal, a estrutura da casa do pai. Porém os grandes clãs estão dissolvidos e as famílias vivem de forma mais isolada. Em consequência da ocupação e exploração pelo Império Romano, as famílias enfrentam grandes problemas, muita pobreza e fome. Para sobreviver, muitos pais vendem filhos e filhas como escravos. Há muitas pessoas desenraizadas que migram através do país, mendigando nas ruas e procurando empregos ocasionais.

Nos Evangelhos, a posição de Jesus com relação à família deixa claro que esta é uma realidade penúltima. A última realidade é o Reino de Deus, esperado para breve. Frente ao fim dos tempos e à vinda do Reino, Jesus chama as pessoas para fazerem penitência e converter-se, a fim de estarem preparadas para participar deste futuro (Mc 1.115). Isto individualiza as pessoas perante Deus. Sua relação com Deus e Jesus torna-se mais importante do que os laços familiares (Mc 13.12-13).

Jesus questiona o encontro com a sua mãe e os seus irmãos que o procuram e diz: “Qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mc 3.35). ele relativiza os laços biológicos que constituem a família e identifica os seus seguidores como família constituída pelo laço espiritual, que é o fazer a vontade de Deus. Ao lado da família biológica, aparece a comunidade como novo grupo familiar para os cristãos.
Jesus afirma o matrimônio como forma adequada de convívio, numa união plena de corpo e alma, entre um homem e uma mulher. É o próprio Deus, o Criador, que une as pessoas numa relação monogâmica. Ao proibir o divórcio (Mc 10.2-12), Jesus chama as pessoas para que voltem à vontade original de Deus. Dizendo que direito do divórcio foi concedido por causa da dureza do coração, ele afirma a indissolubilidade original do matrimônio, como realidade da criação. O que ele ensina sobre o divórcio faz parte da sua pregação de penitência, que confronta as pessoas com o seu pecado. Por isso o casamento com um parceiro divorciado é considerado adultério, porque a decisão humana de se divorciar não dissolve o sentido original da união matrimonial perante Deus (Mc 10.11). Na realidade, também o cristianismo primitivo teve que aceitar o divórcio em determinados casos e achar regras de avaliação (Mt 19.9; 1 Co 7.15).

A mensagem do Reino leva a uma transformação radical do sentido das relações familiares. Ao aceitar as mulheres como discípulas, Jesus dá início à igualdade espiritual entre homem e mulher. Isto leva o Apóstolo Paulo à constatação de que em Cristo não há mais diferença da função social prescrita para homem e mulher (Gl 3.28). Isto relativiza e transforma as estruturas de poder na família patriarcal. Certos textos bíblicos são recomendações específicas para determinadas épocas, realidades e contextos (Cl 3.18-4.1; Ef 5.22-23). Através dos séculos, porém, o cristianismo usa estes textos para manter a ordem patriarcal, obscurecendo, assim, a revolução que Jesus inicia na relação entre os gêneros.

De forma parecida, Jesus valoriza as crianças, que no mundo antigo não possuem uma individualidade própria. Contrariando esta visão, Jesus deixa as crianças chegarem perto e as toca (Mc 10.13+16). Ele usa a imagem da criança que é dependente dos adultos como metáfora da relação do ser humano com Deus (Mt 18.1-5). Jesus se identifica com as crianças, defende-as e mostra que Deus se faz presente através dos excluídos e fracos. Ele mesmo se coloca diante de Deus como uma criança, quando no Jardim Getsêmani, relutando com o seu destino, chama Deus em tom íntimo e familiar de Aba, Pai (Mc 14.36). Na parábola do Pai Bondoso (Lc 15.11-32), o conflito e a reconciliação entre pai e filho(s) aparecem como um modelo da relação íntima e familiarizada dos crentes com Deus. Por isso, nas cartas pastorais, a relação entre pais e filhos é caracterizada pela valorização e pelo respeito mútuo (Ef 6.1-4; Cl 3.20-21).

No livro de Atos e nas cartas de Paulo encontram-se os lares e as famílias como fundamento social da missão. Eram células da comunidade, lugares de reunião, celebração e partilha.

Na Bíblia, a família é encarada como uma oportunidade para o crescimento e o desenvolvimento saudável, tanto na esfera física como também na emocional, social e espiritual. Esse crescimento é previsto para esposa e marido, pais/mães e filhos/as, para crianças, pessoas adultas e idosos/as.
A Bíblia confronta as pessoas com o fato de que são pecadoras em relação a Deus e ao próximo. Todas as pessoas carecem da graça de Deus. São aceitas e perdoadas gratuitamente pela dádiva do seu amor. Assim, portanto, indistintamente crianças, mulheres e homens são justificados pela fé, independente das obras da lei.
Posicionamento Valorizando a família – 1997
Texto completo do Posicionamento

 

2. Desdobramentos práticos sobre Família:

O que diz o Guia Nossa Fé – Nossa Vida sobre bênção matrimonial:
No ofício da bênção matrimonial, o casal formado por um homem e uma mulher coloca seu matrimônio sob a bênção de Deus, sob a orientação da sua palavra e sob a intercessão da comunidade. Nesse ato, o casal manifesta publicamente ser de sua livre e espontânea vontade a intenção de levar uma vida matrimonial indissolúvel em fé, amor e compromisso recíproco conforme a vontade de Deus.

Quem recebe a bênção matrimonial?
A bênção matrimonial realizar-se-á somente aos que comprovarem habilitação perante a lei civil. No caso de união estável, o casal formado por um homem e uma mulher receberá a bênção para a vida em comum. Para a situação de concubinato não haverá bênção. A bênção matrimonial deverá ser solicitada com a devida antecedência, sendo que, pelo menos, uma das partes deve ser membro da IECLB.

Qual a preparação necessária?
A Igreja oferece curso para noivos e promove diálogo pré-matrimonial, os quais proporcionam a reflexão sobre a motivação dos noivos e sobre os fundamentos bíblicos e éticos do matrimônio bem como sobre a importância da vida em comunidade. A preparação inclui orientação sobre o significado e a ordem do ofício, bem como o anúncio e a intercessão em culto que antecedem a bênção matrimonial. No caso de a solicitação de bênção matrimonial vir de um casal de não-membros da IECLB, a concessão será precedida de um curso sobre a confessionalidade luterana que culmine com um ato de profissão de fé e filiação à comunidade.

Onde se realiza a bênção matrimonial?
A bênção matrimonial tem caráter de culto. Por isso se realiza na comunhão eclesial, na igreja ou em local preparado para culto comunitário. Ela é dirigida pelo pastor ou pela pastora ou por outra pessoa incumbida desta tarefa.
Quando pode ser negada a bênção matrimonial?
O presbitério pode desautorizar a realização da bênção matrimonial quando constatar condições que contrariem o texto e o espírito do presente documento orientador.

O que fazer quando um dos nubentes é de outra igreja cristã?
É desejável, sem dúvida, para a plena comunhão devida e a educação dos filhos, que ambos os cônjuges pertençam à mesma igreja. Por isso o casal, antes de contrair matrimônio, deve informar-se sobre o que une as duas igrejas e o que as distingue. Assim poderão decidir em que igreja querem participar. Quando não chegam a optar por uma das igrejas é necessário que encontrem uma maneira autêntica de viver sua fé cristã em seu meio ambiente, no convívio do dia a dia, aceitando e levando a sério a fé e o modo de crer do outro. A comunidade deve acolhê-los nesta opção. Quando um dos dois, pertencente à outra igreja cristã, o solicita, pode-se aceitar a participação do ministro dessa para participar do ofício da bênção matrimonial.

Como proceder quando um dos nubentes pertence a uma religião não-cristã?
Quando um dos nubentes é membro participante da igreja e o outro - que não é cristão – consente, a comunidade pode realizar a bênção matrimonial. Expressa, dessa maneira, o apoio e acompanha um de seus membros, num momento importante da vida, pedindo a Deus que mantenha unido o casalem alegrias e pesares.

Qual a situação de pessoas divorciadas?
Conforme a vontade de Deus, o matrimônio é indissolúvel. Em caso de conflito matrimonial, é recomendável que haja acompanhamento visando à reconciliação. Reconhecemos, no entanto, que as pessoas podem falhar no cumprimento da vontade divina. Neste caso, é dever nosso manifestar-lhes o perdão concedido pelo amor de Cristo. Ele alivia a consciência atribulada e fortalece para um novo começo. A realização da bênção matrimonial pode ser concedida a pessoas divorciadas, assumidas as consequências do vínculo desfeito e quando constatada a seriedade de um novo compromisso matrimonial.

Como tratar as situações especiais?
Devido à fragilidade humana, a IECLB não quer deixar de considerar com amor a situação de um número crescente de pessoas que, por motivos justificados, não têm ou não podem assumir, perante o Estado, o compromisso formal de uma união civil, desejem sinceramente levar uma vida em comum em amor e compromisso. Nesses casos, a IECLB abre a possibilidade para a “bênção para a vida em comum”

A bênção referida acima pode ser concedida para casais que vivem uma união estável. Este ato se rege por um rito litúrgico próprio.
Observação: Nesta seção de Nossa Fé – Nossa Vida pressupõem-se as definições do Novo Código Civil (2002) no tocante a casamento, união estável e concubinato.
Guia Nossa Fé – Nossa Vida
texto completo do Guia

 

O que dizem os posicionamentos e manifestos da IECLB sobre família:
As comunidades e paróquias da IECLB promovem muitas atividades que envolvem diversos membros da família (Culto Infantil, Ensino Confirmatório, JE, Grupo de Singulares, OASE, Estudo Bíblico, Grupo de Casais, Presbitério, Coral, Legião Evangélica, Grupo da Terceira Idade, etc.). Tais grupos podem ser uma família para muitas pessoas que vivem ou se sentem sós. Eles podem inclusive ser uma ajuda para o convívio familiar.
Os líderes comunitários são incentivados a usar sua criatividade no sentido de promover acontecimentos que unam as famílias e que ajudem as pessoas a se sentirem uma família.

O culto, como acontecimento central da vida comunitária, também é um evento familiar. Valoriza-se a celebração de cultos que envolvam as famílias e que façam com que as pessoas que deles participam se sintam como povo de Deus, o qual se abre para ir ao encontro de outras pessoas.
Na intenção de ser comunidade acolhedora, ela abre espaço para o envolvimento e engajamento de pessoas e grupos sociais normalmente marginalizados pela sociedade. O próprio Senhor e Criador de toda a comunidade cristã, com seu exemplo, desafia a Igreja a supera preconceitos.
Os programas e as propostas desta Pastoral de Família não podem se restringir ao aconselhamento e aos desafios da família nuclear. Ela necessita de coragem para integrar na comunidade de fé também aquelas pessoas e aqueles grupos familiares com características especiais. Para tanto necessita de ações conjugadas com outros setores da vida comunitária, tais como programas de educação, geração de empregos e renda, busca de qualificação profissional, luta por trabalho, saúde e habitação. No âmbito da comunidade há muita riqueza a compartilhar.

A comunidade pode ser um lugar onde se resgata a dignidade, onde há boa comunicação entre as pessoas, onde se encontram apoio, amparo e consolo. Através de portas abertas e visitação, a congregação presta um bom serviço no ambiente em que está inserida. Este espaço diaconal da Pastoral de Família é muito relevante.

A fé cristã atinge a vida singular, conjugal e familiar. As pessoas merecem ser respeitadas em suas opções ou nos acontecimentos que as colocam em determinada situação. Por isso o serviço comunitário deve procurar aceitar, envolver e amparar todas as pessoas, sem medo, constrangimento ou preconceitos. O sofrimento causado pela rejeição, por parte da família e da sociedade, é um motivo de preocupação para a comunidade cristã.
Os Ritos de Passagem merecem uma valorização específica, pois são momentos de convívio familiar aliados à vida e ao serviço da comunidade. Mencionam-se o Batismo, a Confirmação, a Bênção Matrimonial, as Bodas de Jubileu, o Sepultamento. É muito importante que pessoas e famílias passem pelas diversas fases da vida de uma maneira saudável. Por isso, em tais momentos e ventos, a Igreja tem a mensagem evangélica para proclamar, a comunhão cristã a oferecer e o serviço do amor a prestar.

Quando pessoas ou famílias vivenciam eventos críticos e inesperados, é tarefa da comunidade prestar apoio e amparo. Citam-se, como exemplos, a gravidez na adolescência, a separação conjugal, doenças (quaisquer que sejam), alcoolismo, acidentes, crises financeiras, a adoção de filhos/as por parte de casais e singulares.

Uma ajuda substancial para as comunidades é a criação de Equipes Interdisciplinares. Podem ser advogados/as, médicos/as, psicólogos/as, analistas, terapeutas, pastores/as, catequistas, obreiros/as diaconais e diaconisas. Unindo forças e capacidades, estas equipes podem ajudar decididamente em situações que dificultam ou ameaçam a vida e o convívio de pessoas e famílias.

Nesta área também se pode colher bons frutos da Terapia Familiar. O aconselhamento pastoral tem, muitas vezes, suas limitações. É um sinal de sabedoria quando, então, se procura encaminhar um casal ou uma família para a terapia, onde pessoas especializadas poderão buscar soluções e restabelecer a harmonia no lar.

Destaque especial deve ser dado à contribuição que o encontro de casais, como o Programa Reencontro e outros, dão ao bom convívio matrimonial e familiar. Estas atividades visam renovar a fé cristã, fortalecer os laços conjugais, solidificar a vida em família e despertar para a atuação da comunidade.
Enfatiza-se a criação do Departamento da Pastoral de Família na comunidade. Este departamento poderá abranger as questões e atividades que giram em torno da família. O seu objetivo principal será a concretização das orientações deste Documento da Pastoral de Família. Também buscará soluções locais para as questões que surgirem em seu ambiente.

O Departamento da Pastoral de Família poderá coordenar, entre outras, as seguintes áreas: a) Educação para o Matrimônio; b) Comunicação Conjugal e Familiar; c) Cursos sobre Valores Éticos e Cristãos; d) Celebrações dos Ritos de Passagem; e) Compartilhar dos Eventos Críticos; f) Relacionamento Interfamiliar.

As Equipes Interdisciplinares e os Departamentos da Pastoral de Família poderão ser formados nos diversos níveis que compõem a IECLB. Nada impede que paróquias ou comunidades se unam nesta tarefa.

No âmbito de toda a IECLB, as Secretaria de Missão e de Pessoal estarão à disposição para receber e responder pedidos de informação, sugerir vias de concretização deste documento e assessorar na promoção de eventos relacionados com a família no plano nacional.
A comunidade é chamada a promover a valorização do lar. Faz parte da dignidade humana poder viver sob um teto acolhedor, entre pessoas que amam e são amadas. A comunidade também é vocacionada para colaborar didaticamente para que reine a paz nos lares dentro e fora de seu ambiente.
Posicionamento Valorizando a Família – 1997
Texto completo do Posicionamento
 


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A mensagem que Cristo nos deu e que anunciamos a vocês é esta: Deus é luz e não há nele nenhuma escuridão.
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Um pregador deve fazer três coisas: ler a Bíblia com afinco, orar de coração e permanecer um discípulo e aluno.
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