Participas da Comunidade por tua decisão. Quem decide é você ! A iniciativa é sua ! É espontânea. E é bom que na Comunidade tudo seja assim espontâneo.
Nada de forçar. Ninguém é obrigado a ter que integrar uma Comunidade. Você é obrigado a pagar impostos, a pagar taxas de água e luz. Se você não pagar, você já não terá nem água e nem luz. Haverá um corte. Já na Igreja é diferente. Não há corte. Você se integra e participa por sua livre decisão. Nada de obrigar.
Então tudo que acontece em nossa Comunidade “depende” de nós. Às vezes, pessoas me dizem o seguinte: “temos que fazer isso ...” “Temos que exigir aquilo ...” E eu até concordo com os conteúdos deste “ter que”. Realmente “teríamos que” ter mais participação. “Teríamos que” ter uma melhor iluminação em nossa igreja. “Teríamos que” contribuir mais em nossa sociedade, na solução de seus problemas. Concordo plenamente com tudo isso. Mas, é tú e eu, nós todos, é que “temos que” fazer isso. Ninguém vai fazê-lo em nosso lugar. Estes “ter que” antes de tudo são para nós mesmos, para ti e para mim. E ainda por cima somos livres para assumi-los ou não. A coisa é espontânea.
A tentação de obrigar e forçar é grande. Não raro as próprias igrejas caem nesta armadilha. Procuram forçar a participação. Por exemplo, ameaçam com inferno. Exigem o dízimo. Obrigam as pessoas a serem desse ou daquele jeito, para poderem mostrar que são cristãs. São tentações ! E o pior: Isso até funciona ! Pois, nós seres humanos às vezes até gostamos de sermos obrigados. Nem sempre temos muito agrado na liberdade. Pois, no fundo, é muito mais difícil viver em liberdade. Mas é este o caminho do evangelho de Jesus. “Fomos chamados à liberdade” (Gálatas 5, 13). Já não somos escravos, não estamos submetidos a imposições, a obrigações. Vivamos em liberdade !
Quando nos sentimos obrigados a estar na Igreja, quando ainda estamos naquele “temos que”, então é porque os sinais do evangelho da liberdade em Cristo ainda não se estão manifestando em nós. Pelo evangelho, nossa participação vem de jeito espontâneo. Aí somos qual uma laranjeira: Ela tem gosto em produzir boas laranjas, gostosas e bonitas.
Seria muito estranho se uma laranjeira se “esquecesse” de pôr flores e encher-se de belos frutos. Que laranjeira esquisita seria essa ! Que laranjeira estranha seria a que se esquecesse de espontaneamente produzir saborosas laranjas !
Sabe o que : Na fé, até que somos parecidos como tais laranjeiras. Nelas tudo é espontâneo.
Pastor Milton Schwantes