Crianças, adolescentes, jovens e adultos formam a Igreja. Sendo Igreja, assumem a missão para a qual Deus nos chama. Para realizar essa missão, dizem: “Estamos aqui, Senhor, para te servir”. Esse serviço acontece de diferentes formas: administração dos bens, do tempo, dos dons e a oferta em dinheiro.
A reflexão sobre a oferta ou a contribuição financeira na igreja não é nova na IECLB. Se esse assunto volta, é porque se quer aprofundar o entendimento de que a oferta é atitude de gratidão. Oferta é o reconhecimento de que tudo o que temos vem de Deus.
Conforme o Antigo Testamento, o dízimo era lei. Havia regras fixas para a arrecadação das ofertas (Lv 27.30-33; Dt. 16.16). No Novo Testamento, encontramos várias passagens que mostram a prática da oferta. Quer dizer, desde o início da Igreja a prática da contribuição existiu. Mas há uma grande diferença entre a prática de ofertar o dízimo, conforme a lei judaica, e a oferta nas comunidades cristãs. Para as pessoas cristãs, a oferta é gesto livre, espontâneo como percebemos na recomendação de Paulo à Comunidade de Corinto: “Que cada um dê a sua oferta conforme resolveu no seu coração, não com tristeza nem por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” (2 Coríntios 9.7).
O apóstolo Paulo pede à comunidade de Corinto uma contribuição financeira em favor dos pobres da comunidade de Jerusalém (2 Coríntios 8 e 9). Observemos um detalhe: Paulo pede. Ele não decreta. Nesses dois capítulos, Paulo se refere à oferta como resposta à graça de Deus. Ou seja, o apóstolo entende que Deus é generoso com seu povo. Ele agracia seus filhos e suas filhas. Isto é sua graça. É essa graça de Deus que motiva uma comunidade a ofertar em favor de outra comunidade. Ofertar é expressar gratidão pela graça de Deus que se manifesta a cada novo dia.
A sociedade de hoje é marcada pelo crescente individualismo e pelo consumo exagerado. Nessa realidade, o exercício de ofertar é libertador: na medida em que oferto, apoio outras pessoas e liberto-me do meu individualismo. Ofertando, compartilho o que tenho. E o apóstolo Paulo prega que essa liberdade para ofertar tem origem em Deus e nos conduz a Deus. Essa disposição em ofertar está baseada na confiança em Deus (2 Coríntios 9.6-10).
A graça e o amor de Deus nos motivam a ofertar ou contribuir com alegria (2 Coríntios 9.7). Oferta não deveria ser resultado de uma lei imposta por alguém. O Evangelho de Cristo é que nos leva a ofertar. Ofertamos com alegria, com o coração leve. Essa é a nossa resposta pelo que Deus fez por nós. Essa oferta vai produzir solidariedade, cuidado, partilha, generosidade e igualdade (2 Coríntios 8.14). Comunidade solidária e sensível oferta. Ofertando, ela torna-se parte da Igreja que serve. Dessa forma, torna-se sal e luz no mundo (Mateus 5.13-16).
A oferta não pode representar um peso. Ofertar é um ato voluntário, um ato de amor, fruto da nossa fé, da nossa gratidão e do nosso compromisso com a missão de Deus no mundo. Se assim for compreendido, o ato de ofertar é uma forma concreta de louvar a Deus (2 Coríntios 9.13): ao ofertar, glorificamos o Deus que é generoso; cantamos louvores ao Deus que nos sustenta e que ensina o belo gesto de apoiar outras pessoas; fortalecemos a esperança na comunhão plena.
Desenvolvimento do encontro
CRIANÇAS
Material necessário: cartolina de várias cores, cola, régua, tesouras, pipoca, um cesto grande, seis cestos menores.
Preparo do ambiente: Preparar e colocar as pipocas com antecedência dentro do cesto grande.
1) Canto: Salmo 92 (HPD 2, nº485).
2) Oração.
3) Conversa inicial com as crianças
A vida é um presente de Deus. Desse presente fazem parte os alimentos, a casa, o estudo, o carinho, a igreja. Como presente de Deus, também recebemos a alegria de ofertar. Ofertando, repartimos com outras pessoas parte do que recebemos de Deus. Ofertando para a igreja, apoiamos os trabalhos que ela realiza. Podem ser os trabalhos na nossa comunidade, mas também pode ser o trabalho que outras comunidades realizam no nosso imenso Brasil.
4) Narração bíblica (João 6.1-15)
UM MENINO REPARTE O QUE TEM
Jesus estava no meio de uma grande multidão. Essas pessoas estavam longe de suas casas. Pareciam estar com fome. Então, Jesus perguntou ao seu discípulo Filipe:
- Onde vamos comprar comida para toda essa gente?
Filipe respondeu:
- Nós gastaríamos muito dinheiro para comprar comida para toda essa gente.
Logo chegou André, outro discípulo de Jesus, e disse:
- Encontrei um menino que tem um cesto com cinco pães e dois peixes.
Vendo o menino estender suas mãos e entregar tudo o que tinha para comer, Jesus disse aos seus discípulos:
- Digam às pessoas que se sentem.
Jesus pegou os alimentos e disse:
- Muito obrigado, Deus, por estes pães e peixes que saciam a nossa fome. Louvado sejas por estes alimentos!
Depois, distribuiu-os para todas as pessoas. Todas comeram até ficarem satisfeitas. E ainda sobraram doze cestos cheios com pedaços de pães e peixes.
O menino foi para casa. Estava feliz. Através do seu gesto de partilha, ele ajudou a alimentar muitas pessoas.
5) atividade criativa
A partir da história, as crianças compartilham histórias de oferta e de partilha.
Confecção individual de um pequeno cesto.
a) Recortar, na cartolina, um quadrado de 30cm.
b) Desenhar sobre o quadrado 9 pequenos quadrados de 9cm cada um, conforme a ilustração.
c) Recortar nas linhas pontilhadas, conforme o modelo.
d) Dobrar todas as linhas.
e) Para formar os lados do cesto, juntar duas pontas e colar. Fazer o mesmo procedimento do outro lado.
f) Colar o quadrado que sobrou na parte da frente sobre as pontas coladas. Fazer o mesmo no outro lado do cesto.
g) Cortar uma tira de 5cm x 30cm e colar as pontas nos lados mais estreitos do cesto.
6) Trabalho em grupos
Formar seis grupos. Cada criança está com o seu cesto.
Colocar no meio dos seis grupos o cesto grande com as pipocas e, ao redor, os seis cestos menores. Após, convidar para que uma criança de cada grupo venha até o cesto maior e encha um dos cestos menores, levando-o até o seu grupo. No grupo, a criança distribui, de igual modo, as pipocas do seu cesto nos cestos de cada criança.
Conversar com as crianças sobre o que aconteceu nos grupos e como elas se sentiram.
O que foi parecido com a história ouvida?
O que nós podemos oferecer para ofertar e apoiar os trabalhos na nossa comunidade e em toda a IECLB?
7) Canto: Meu sorriso (Cancioneiro Uma Canção de Esperança, nº 20)
8) Bênção: Deus te abençoe