Ação de graças
O mês de julho é especial. É o mês de férias de inverno, de tomar novos ares, passear e descansar. Por essas características, próprio para refletir e planejar. Por isso, gostaria de fazer um convite ao leitor. Convido para também encontrar um tempo de agradecimento, pois esse também é o mês da colheita, de retirar os frutos da terra e de agradecer por eles.
Em uma sociedade urbana e industrial, muitas vezes, os laços com a terra não estão mais presentes e, com isso, a percepção de nossa relação com a natureza diminui. As plantas não crescem e se desenvolvem exatamente como previsto como quando se aperta um botão de uma máquina. Elas crescem conforme a chuva, o sol, a qualidade da semente, a temperatura e o controle de pragas.
As pessoas que trabalham junto à terra sabem que não basta fazer tudo bem planejado e organizado, pois há outros fatores que interferem e que não estão em seu controle. Tal situação gera um stress e uma tensão própria. Então, quando da terra brotam os frutos, é tempo de colhe-los e de agradecer.
Nesse contexto, agradecer não é um “simples” obrigada. Mas é o reconhecimento da ajuda e do suporte nos momentos de incerteza, preocupação, trabalho e alegria. É reconhecer algo recebido, não por mérito, mas por amor, carinho, bondade e amizade na esfera familiar, profissional e comunitária. Assim, agradecemos pela saúde, pela amizade, pelo trabalho e seus frutos, pela família, pelo amor recebido e compartilhado, pelo abraço, pela sinceridade, pelo cuidado e pela aprendizagem em momentos de desafio.
Esse é um convite para olharmos tudo o que temos, deixando de lado a comparação com os outros. Fato que, muitas vezes, nos oprime e nos torna infelizes. Vamos olhar o que temos, o que temos conquistado, e agradecer pela rede de sustentação na vida!
O Reino de Deus é como um homem que joga a semente na terra. Quer ele esteja acordado, quer esteja dormindo, ela brota e cresce, sem ele saber como isso acontece. Marcos 4. 26-27
Pa. Karen Bergesch
Colégio Cônsul Carlos Renaux – Brusque/SC