UM PUNHADO DE FENO
(Johnson Gnanabaranam)
A parábola do bom samaritano impressionava-me profundamente como menino. Sempre de novo eu me perguntava: Será que o samaritano e o ferido se encontraram mais uma vez? Uma frase da prédica de um africano ajudou-me na minha reflexão.
Quando o samaritano voltou da viagem, uma família estava diante da porta de sua casa.
- Este homem protegeu-me da morte, disse o homem à sua mulher e a seu filho. Depois se dirigiu ao samaritano, dizendo:
- Após agradecermos a Deus no templo, viemos até a sua casa. Como sinal de nossa gratidão eu trouxe azeite e vinho. Antes eu desprezava os samaritanos, agora sei que também entre eles vivem verdadeiros filhos de Deus.
A esposa do curado ofereceu ao samaritano uma roupa, dizendo:
- Meu marido contou-me que a roupa do senhor foi manchada de sangue e sujeira quando o senhor o ajudou. Teci uma nova roupa para o senhor. Por favor, aceite-a!
O samaritano respondeu:
- Não é necessário que vocês reponham as minhas despesas. Para filhos de Deus é natural ajudar as outras pessoas que estão em necessidades.
Então o filhinho do curado parou-se diante do samaritano e disse:
- O senhor ajudou meu pai. Também o seu jumento ajudou a carregar meu pai. Por isso eu trouxe um punhado de bom feno para o jumento. Não posso ajudar muito bem os outros, porque ainda sou pequeno, mas já posso colaborar, assim como o jumento.
O samaritano alegrou-se muito com essas palavras, e o jumento com o punhado de feno.
Meu Jesus, muitas vezes não posso ajudar tanto quanto o bom samaritano. Faze-me então ajudar pelo menos tanto quanto o seu jumento. Amém!