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7ª Lei da qualidade de vida: TRABALHAR OS PAPÉIS DA MEMÓRIA: REEDITAR O FILME DO INCONSCIENTE

A 7ª lei da qualidade de vida é TRABALHAR OS PAPÉIS DA MEMÓRIA: REEDITAR O FILME DO INCONSCIENTE
A memória é a caixa de segredos da personalidade. Tudo o que somos e tudo que queremos no mundo, vem dos pensamentos e do universo de emoções que são produzidos a partir dela. Porém o registro na memória é involuntário (realizado pelo fenômeno RAM, Registro Automático da Memória), impossível deletá-lo. Quanto mais rejeitarmos uma ideia negativa ou uma pessoa que nos perturbou, mais ela será registrada.
Diariamente você planta flores ou acumula lixo nos solos da sua memória. Não é reclamando, rejeitando, tendo raiva ou odiando que melhorará, mas entendendo, criticando, enxergando , usando e determinando essas oportunidades para crescer.
A emoção determina a qualidade do registro e também o grau de abertura da memória, emoções tensas podem fechar a área de leitura da memória, fazendo-nos reagir sem inteligência, por instinto.
As experiências são registradas primeiramente na MUC (Memória de Uso Contínuo) que é a memória utilizada nas atividades diárias, memória consciente. As experiências tensas são registradas no centro consciente e, a partir daí, serão lidas continuamente. Com o passar do tempo, à medida que não são utilizadas com frequência, vão sendo deslocadas para a parte periférica da memória, chamada ME (Memória Existencial).
Gerencie seus pensamentos, administre sua emoção, duvide de sua incapacidade, questione sua fragilidade, veja as coisas por múltiplos ângulos. Se não proteger a memória, não há como ter qualidade de vida.
Uma crítica mal trabalhada, uma discriminação sofrida, uma decepção afetiva, uma falha pública, uma brincadeira com apelidos pejorativos, podem gerar graves conflitos.
A memória não pode ser deletada, a não ser por lesões cerebrais, mas podemos resolver nossos conflitos, traumas, transtornos psíquicos reeditando o filme do inconsciente e construindo janelas paralelas às janelas doentias da memória.
Reeditar os arquivos da memória é registrar novas experiências sobre as experiências negativas nos arquivos onde elas estão armazenadas. Quando fazemos a técnica do DCD (Duvidar, Criticar, Determinar) no momento em que estamos num foco de tensão, nós produzimos novas experiências que serão registradas no local em que as experiências doentias estavam armazenadas.
Não é fácil mudar, reorganizar ou transformar a personalidade, mas é possível. Isso depende de treinamento, perseverança, meta e reeducação. É possível ter uma vida adulta infeliz, mesmo tendo tido uma infância feliz. Mas igualmente é possível, através do gerenciamento dos pensamentos e das emoções, ter uma vida adulta feliz, mesmo tendo tido uma infância infeliz.
O MESTRE DOS MESTRES DA QUALIDADE DE VIDA (Jo 13.18-30 Lc 22.47-53 )
Jesus atingiu patamares espetaculares de gentileza e mansidão. Ele nunca pediu conta dos erros das pessoas. Nenhuma pessoa o decepcionava a tal ponto que Ele desistisse dela. As ofensas, as críticas, as agressividades, as traições, as negações, as rejeições não eram depositadas como lixo na sua memória. Sua paz valia ouro. Ele tinha metas claras com relação aos seus discípulos, trabalhar neles a solidariedade, a arte de pensar, o amor mútuo era mais importante do que todo o dinheiro do mundo.
Judas era o mais culto dos discípulos, mas era o menos preparado para a vida, e foi o tesoureiro do grupo, no entanto Jesus não tinha medo de ser roubado por ele, mas de perdê-lo, queria que ele pensasse antes de reagir e valorizasse o que Ele, Jesus, mais amava.
Na última ceia, Jesus anunciou a sua morte e disse, com o coração partido, que um dos discípulos o trairia. Mas Jesus não expunha publicamente os erros das pessoas. Ninguém percebeu o que se passava, apenas Judas. Jesus não criticou, não o pressionou, não o controlou, somente falou sem temor a Judas: “O que pretendes fazer, faze-o logo.”
Embora fosse trair o mestre, sabia que Ele era profundamente dócil, tomou a frente dos soldados e foi beijá-lo. Jesus se deixou beijar. Fitou seu traidor e disse-lhe: ”Amigo, para que vieste? Com um beijo trais o Filho do homem?”
Jesus chamou seu traidor de amigo. Você se deixaria beijar por seu traidor e o chamaria de amigo?
Infelizmente, Judas foi incapaz de reconhecer suas limitações e não conseguiu entender a linguagem do seu Mestre chegando a se suicidar. Pedro não cometeu um erro menos grave do que o de Judas, quando o negou, mas deixou-se ser alcançado por seu Mestre. Seus erros lapidaram a pedra tosca e produziram nele um diamante.
Jesus tem muito a nos ensinar.
“Se o tempo envelhecer o seu corpo, mas não envelhecer a sua emoção, você será sempre feliz.” (Augusto Cury)

Silvia Renate Baxmann Carrupt
 


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