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ID: 10

Relatório Sinodal 2007

08/06/2007

Chapada dos Guimarães, 08-10 de junho de 2007.

RELATÓRIO PASTORAL PARA X ASSEMBLÉIA SINODAL

“Sigam o meu exemplo como sigo o exemplo de Cristo.” ( 1 Co 11.1)

Somos uma nação com aproximadamente 180 milhões de pessoas. Cuja simpatia e alegria contagia quem nos visita como turista. Nossas belezas naturais e as dimensões geográficas gigantescas são cantadas em versos e prosa. Temos a fama de sermos o maior país de cristãos católicos romanos. Nestes meus anos de ministério tive o privilégio de conhecer uma pequena grande parte do nosso país de belezas sem fim. Também digo: é bonito. É de onde vocês vieram que estão as belezas que impressionam o mundo e a mim também.
Atrás de toda esta beleza e fartura há muitos problemas e dores. Diante da opinião internacional usamos como anestésicos o carnaval e o futebol. Em alguns países há uma clara e acintosamente propaganda sobre as belezas das mulheres brasileiras. Inclusive, houveram países que proibiram as agências de turismo de “oferecer” este pacote. Temos enorme dificuldade em sermos reconhecidos como um país sério, muito antes somos vistos como folclóricos. Infelizmente é a imagem que foi vendida através dos anos. O nosso famoso jeitinho, que também é símbolo de criatividade e de superação, tem bagatelizado a nossa imagem interna e externa. Somos um povo que na maioria das vezes tem uma baixa auto-estima.
Talvez esta imagem folclórica que nós temos de nós mesmos, bem como os outros, seja resultado da nossa dificuldade de tomar decisões e arcar com as conseqüências. Está na compreensão popular de que podemos fazer tudo e de tudo e que nada vai acontecer. Nós perdemos o medo e o receio da lei. A impressão que a lei só funciona, no sentido repressor, para os mais pobres. Parte-se do princípio de que um punhado de dinheiro consegue empurrar qualquer decisão judicial por 10 a 15 anos.
Os povos e nações sempre tiveram pessoas nas quais se inspiravam para conduzir a suas vidas. Em momentos de crise voltavam os seus olhos para elas, que representavam os ideais da nação. E nós brasileiros para quem voltamos os nossos olhos para buscar um referencial? Os políticos e seus partidos? Os governantes? O judiciário? As igrejas?
Conforme entrevista de uma psicóloga de São Paulo, vivemos uma grande crise de valores morais e éticos. Segundo seu relato, durante e após o escândalo do “mensalão”, foi grande o número de pessoas que correram aos consultórios buscando ajuda diante do sonho frustrado de um país diferente e com valores. Ruíram os sonhos e ideais. No Censo do IBEGE há em torno 75% de cristãos católicos e mais de 15% de evangélicos. Estes dois números perfazem em torno de 90% de cristãos no Brasil, que tem ou deveriam ter a ética cristã como princípio. Não são valores absolutos, mas apenas referência. Em uma pesquisa do IBOPE foi perguntado se alguém já tinha visto ou sido informado sobre alguém que havia corrompido/recebido propina/suborno. Dos entrevistados 99% respondeu que já havia tomado conhecimento ou tido contato com estes fatos. Os mesmo 99% responderam de que não vale a pena lutar ou denunciar, pois tudo acaba em pizza. Quando perguntados se eles já haviam oferecido ou aceitado propina/suborno a reposta foi sim para 66%. Ao serem perguntados se eles aceitariam receber, se estivessem numa posição de poder, caso lhes fosse oferecido propina/suborno a resposta foi sim para 75%.
Para mim é aqui que está o “tendão de Aquiles”. Estes números mexem com as igrejas cristãs. Ou está errado o número do IBEGE que diz que quase 90% da população é cristã, ou está errado o percentual do IBOPE, ou o que está sendo ensinado nas igrejas é conversa para boi dormir. A propina/suborno contradiz e é uma ofensa ao Evangelho. A prática dela começa a corroer os valores morais e éticos. Como conseqüência me leva à indiferença parcial e depois total. Na pregação do Domingo de Pentecostes o P. Teobaldo sabiamente colocou que a indiferença é o bem mais valioso do diabo. É o único valor que ele não vende e nem dá. É esta indiferença evangélica que leva a nossa nação ao descaso, a virar motivo de chacota entre nós, a indiferença em relação à injustiça e ao sofrimento humano. Se somos 90% da população porque não conseguimos fazer a diferença nos valores e na prática social em nosso país. Será que a “identidade” de cristãos não tem mais valor? A verdade é: como igrejas gostamos de olhar a trave no olho do irmão/Congresso/Judiciário/Governante, mas não estamos conseguindo ser um bom testemunho. São tantos os escândalos que envolvem as diferentes igrejas, desde sexuais, estupros e abusos de menores, financeiros, corrupção, lavagem de dinheiros, malas-aviões/bíblias cheias de dinheiro.
A pergunta crucial é: a quem nós, líderes da Igreja Luterana, estamos seguindo como exemplo? A nossa resposta deve e tem de ser a Jesus Cristo. A pergunta é legitima, pois tenho que diariamente me perguntar a quem eu estou servindo. A sociedade me pressiona a perder o meu foco, a desviar os olhos e a ficar indiferente ao que me rodeia. Ela, a sociedade, me faz esquecer de que o mundo pertence ao Senhor e que eu apenas sou seu mordomo chamado para cuidá-lo.
Tenho a impressão de que as igrejas cristãs apenas estão fazendo o silêncio da indiferença ser ouvido. A palavra profética e transformadora, em muitos lugares e situações, ficou amarrada e atrelada ao poder e as vantagens que ele oferece. Calou-se para receber ajuda ou auxílio. Dizemos: o importante é que vamos usar, o que os poderes do mundo oferecem, para o reino. Depois queremos questionar os governantes e autoridades quando (se) corrompem.
Não temos alternativas. Somo seguidores e imitadores de Cristo. Esta é a nossa ética, nossa profecia, nosso valor, nossa postura, nosso modo de viver, nossa inconformidade com este estilo e valores que a sociedade apresenta. As nossas Comunidades precisam ser marcadas por este testemunho. A partir delas irradiar novos valores e nova ética. Não mais calcadas em ídolos ou salvadores da pátria, mas somente em Cristo Jesus. Quando imitarmos a Cristo, não apenas no reduto da Comunidade ou nas celebrações, em nossos trabalhos, em nossas funções públicas, em nossos relacionamentos e em nossas atribuições comerciais é que faremos a diferença. Temos a Jesus Cristo como modelo e exemplo. Somos 90% da população brasileira. A partir dos valores do Evangelho somos capazes de influenciar e mudar o nosso país.
É uma visão e compreensão ingênua. Sim. Creio que pela fé não há montanha que resista ao poder de mudança que emana do Evangelho. Não é uma avaliação pessimista, mas otimista. Vejo saída, alternativas e futuro.
Assim como a sociedade passou e está passando por crises, a IECLB também tem sofrido com divisões e separações entre seus filhos e filhas. Também não podemos ficar indiferentes ao que se passa ao nosso redor. Em todos os momentos e instantes tem se usado o nome de Deus para justificar rumos e caminhos, mas ao meu ver são os desejos por poder e vaidades que tem fomentado as tensões. No ser humano há uma forte necessidade de dominar e de direcionar a vida de outras pessoas. É muito difícil para nós o exemplo de João Batista: que o Senhor cresça e que eu diminua mais e mais. Confundimos a nossa vontade com a de Jesus. Jesus passa a falar o que eu quero e desejo, pois tenho a revelação direta com o próprio Deus. O nome de Jesus passa a ser apenas para dar crédito as minhas falas. Todo este conflito está gerando uma profunda reflexão teológica e pastoral dentro da vida comunitária. Creio que esta crise está produzindo um amadurecimento e crescimento aos obreiros e membros das comunidades, apesar de que muitas vezes ainda estamos apenas sentindo as dores das mágoas e da divisão. Se ao menos esta crise nos fizer aproximar e buscar mais a Deus ela valeu a pena.

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Plano de Ação Missionária
A reflexão quer ser propositiva, embora que em alguns momentos seja crítica. Não irei me ater aos setores de trabalho, pois estes farão a sua própria análise. Mais do que nunca se percebe um momento de reflexão e de discussão nas Comunidades. Ao meu ver o Plano de Missão 2000-2006, além dos objetivos alcançados e já discutidos em Assembléia, tem o grande mérito de ter nos ensinado a ficarmos inquietos e a buscarmos respostas e resultados. Tornou-nos receptivos e engajados. Desta forma a apresentação da continuação do Plano de Missão Sinodal, agora para 2006-2008, teve um grande engajamento por parte das Comunidades e seus Obreiros e Obreiras. Os níveis de envolvimento e de reflexão falam por si só. Não me iludo de que chegamos ao ideal. Ainda estamos longe, mas pelo menos caminhando.
O Plano de Missão tem despertado esta sensação em muitas lideranças comunitárias. Ficaram desassossegados e estão se perguntado como se faz para dar de comer e beber às ovelhas confiadas a eles. Há um crescimento na compreensão de que, como diz o Pastor Presidente Walter Altmann, “nossa tarefa não é só preservar, mas levar a fé”. Este espírito de inquietude é o princípio de toda transformação. Por onde tenho andado, bem como por relatos que chegam até mim, tenho visto pessoas pensando e planejando. Estão sendo Presbíteros. Apesar de ser uma função eletiva, Presbítero é um chamado. É um toque do Senhor que nos vocaciona e nos desaloja da nossa cômoda vida. Na medida que exerço este chamado sou também vocacionado. À medida que exerço a vocação que me é dada sou capacitado. Quando aceito a convocação do Senhor entro numa roda viva onde sou alimentado continuamente por Deus. Então acontece o milagre: experimento a verdadeira liberdade. Sou livre para servir, para caminhar, para busca, para levar, para trazer, para dar, para limpar, para sarar, para construir, para pacificar, para reconciliar, para viver para e pelo irmão e irmã. É o Evangelho que vira os valores do mundo de pernas para o ar. Não vivo mais pelos pesos e medidas do ser humano, mas a partir do exemplo de Cristo. Tenho visto este milagre na vida de Presbíteros, Líderes e membros das Comunidades. Como conseqüência direta sente-se este “bom perfume” na vida do próprio Sínodo. Desejo a todos vocês, Líderes, Presbíteros e Obreiros que continuem a servir ao Senhor com ânimo e alegria, sem murmuração e tristeza. Lembrem-se sempre de que a nossa tarefa não é para os seres humanos, mas para Deus. Amar “as ovelhas” de Deus é conseqüência da misericórdia e do amor Dele.

Planejamento
O nosso maior déficit está na área de planejamento. Falta nos clareza quanto aos métodos e até o caminho a seguir. Se quero ir para um determinado lugar devo me perguntar por aonde passar e qual o meio que utilizarei para chegar ao alvo final. Somos Presbíteros e Obreiros e Obreiras que conduzem um rebanho. Está claro que o nosso chamado é para auxiliar a conduzi-los à vida eterna. Este alvo parece tão natural para todos. É como se todos soubessem que às 12 h é a hora do almoço, pois o estômago avisa. Em relação a vida eterna e a salvação não é tão natural. A salvação não tem estômago para nos avisar. A carne luta contra o desejo do Senhor. Portanto, a nossa função como líderes é conduzir as “ovelhas” ao pasto verdejante do Senhor. É somente lá que nos é servido a comida que não nos dá mais fome e a bebida que não nos dá mais sede. Algumas vezes ficamos sentados ao lado do poço e não sabemos o que fazer. Enxergamos a multidão sedenta/faminta e não nos damos conta de que a nossa tarefa é pegar “as ovelhas” e conduzi-las até o poço. Ao lado do poço estendermos a mão e pegar o balde cheio de água/comida e dar ternamente na boca delas. O Apóstolo Paulo fala em dar o leite. Alguém uma vez me disse que a função do líder é como a de uma mãe que toma o recém nascido no colo e coloca o seio em sua boca – inclusive algumas vezes o ensinando a sugar. Ensiná-las a beber e comer. Cometemos um engano ao acharmos que elas sabem ou aprenderão sozinhas.
Durante a Assembléia queremos dedicar um tempo para olharmos o planejamento das Comunidades. Na minha opinião o mérito maior está no tempo dedicado pelas Comunidades para efetuar este planejamento do que propriamente os resultados obtidos. Os frutos virão com o tempo. O Plano de Ação Sinodal, bem como o planejamento comunitário, nos chama para o tempo de semear. É tempo de sair a caminho pelas veredas e lançar a semente. É lançar semente no acolhimento, nas crianças-adolescentes-jovens, nos estudos bíblicos, na formação das lideranças e na contribuição espontânea. Estamos investindo para sermos Comunidades ativas e acolhedoras. Estas Comunidades, segundo Pastor Gerd Uwe Kliewer, são mais poderosas do que o melhor evangelista.

Seminário Semana da Criatividade
À partir da decisão do Conselho Sinodal, dezembro/2006, está acontecendo o Seminário Semana da Criatividade nos setores. A intenção é atingir um maior número de pessoas, principalmente aquelas que não têm participado de seminários de formação. Este seminário destina-se a motivar e despertar dons para o trabalho com crianças. Irão acontecer no setor Leste (Barra do Graças), Setor Centro-Sul (Chapada e Paróquia dos Chapadões), Setor Norte (Sinop) e Setor Pará (Transamazônica e Santarém). O primeiro já aconteceu e foi realizado em Chapada dos Guimarães. Estiveram presentes 4 Paróquias e totalizou 14 participantes, destes 11 estavam participando pela primeira vez. É o investimento no trabalho missionário com as crianças. Todos estes seminários serão assessorados pela Sra Liane Becker.

Finanças
Um ponto crucial na vida das Comunidades/Paróquias e do próprio Sínodo são as finanças. Todos os estados que englobam o Sínodo têm sofrido com a crise na agricultura. Várias Paróquias tem passado por situações de angústia, pois tiveram e ainda tem dificuldade para honrar seus compromissos financeiros. Algumas têm atrasado o repasse da SBO por vários meses. Este atraso gera desconforto e intranqüilidade para todos. Mas uma boa surpresa nestes 5/12 meses foi o repasse do dízimo ao Sínodo. Houve um aumento de 45% se comparado ao mesmo período de 2006. Também significativo foi o aumento do envio de ofertas ao Sínodo. Teve um aumento de 51% em relação ao mesmo período. Verificou-se um aumento de 29% no repasse do 1% Fundo Missionário – idem período. As ofertas para IECLB permaneceram nos mesmos patamares de 2006. A única redução foi em relação ao dízimo Promoção com uma queda de 75%. Tem-se a impressão de que está acontecendo uma reação econômica em nossas Comunidades, ou então uma preocupação pela fidelidade ao repasse do dízimo. Creio que ambas as situações estão andando juntas: a ligeira melhora da situação econômica e uma conscientização dos Presbíteros em relação as suas responsabilidades.
Sinto que há ainda uma grande necessidade de ser trabalhado o tema finanças relacionando-o com a gratidão, entre Presbíteros e Líderes das nossas Comunidades. Aqui também corrêmos no erro de pressupor que isto está claro e resolvido para todas as pessoas. É quando se fala de dinheiro que a tentação mais está a espreita. Deixamos o exemplo de Cristo e usamos os nossos critérios para resolver e encaminhar assuntos pertinentes ao tema. Percebe-se que quando alguém tem dificuldade em lidar com dinheiro também terá em outras áreas da sua vida. Portanto, pastoralmente precisamos auxiliar as “ovelhas” a resolverem este nó em suas vidas. O Evangelho também quer nos libertar desta amarra.

Estatísticas
Em 2007 estamos concluindo um período de 10 anos de trabalho mais sistematizado com as estatísticas. São 10 anos da estrutura sinodal. A partir desta planilha se verifica que crescemos neste período 13,53%, ou seja, 1,35% ao ano. Alguns anos o crescimento foi maior e em outros menor. Em 2006 tivemos um decréscimo em 0,6%. Estes dados também devem ser levados em conta no Planejamento Missionário das nossas Comunidades/Paróquias. Observa-se nos dados de 2006 que 50% das Paróquias tiveram um crescimento acima do percentual vegetativo do país (estimativa de 1,75%). Cinco Paróquias tiveram um percentual de redução do número de membros. Algumas fizeram uma tentativa de definir com precisão quem é membro da Comunidade. Assunto este que será discutido durante a Assembléia a partir da Carta Pastoral do Pastor Presidente Pastor Walter Altmann. O restante das Paróquias ficou com o crescimento abaixo ou próximo do crescimento vegetativo. Alguns crescimentos, positivos ou negativos, são adequação de números ou são reais? Em nossas atividades profissionais necessitamos saber o que temos, quantos somos, qual o alcance do trabalho. Nós, líderes precisamos saber quantas “ovelhas” estão sob a nossa responsabilidade. Se não sabemos quantos somos e quantos queremos ser amanhã não conseguiremos planejar e nem dimensionar os trabalhos – nem ao menos saber dimensionar a construção de um templo. Temos que dar ênfase na missão e buscar acrescentar membros novos. O percentual de membros que assumiram a IECLB pela profissão de fé é de 1,38% em relação ao número total de membros. É este percentual que mostra o nosso ímpeto missionário. Diria que fazemos missão, mas ela precisa de uma atenção toda especial da nossa parte. Ou será que iremos ficar sentados ao lado do poço divagando sobre o que é e o que não é missão? Ou quem deve ir fazê-la? Preciso lembrar-me para que propósito Deus me/nos chamou: vai e fala ou farei as pedras falarem.

Obreiros e Paróquias
Somos 18 Paróquias, 1 Comunidade Missionária, 2 Segundos Pastorados, 2 Projetos Missionários. Todo estes campos ministeriais são atendidos por 28 Obreiros: 3 Missionárias, 1 Diácono, 6 Pastoras, 18 Pastores e 3 PPHMs.
Desde a Assembléia de 2006 se transferiu o P. Adélcio Kronbauer. Está previsto a transferência até final de julho dos Pastores Dilmar Devantier, Ademir Krug e Edílson Tetzner. Agradeço a dedicação e o testemunho que deram no Sínodo neste tempo que aqui serviram a Deus. Desejo que o Senhor os abençoe e os guarde no novo campo missionário.
No mesmo período chegaram ao Sínodo as Pastoras Mirna Schneider ( 2º Pastorado Nova Mutum) e Loudes Knecht (Paróquia Canarana) e os Pastores Elisandro Rheinheimer (Projeto Missionário de Gaúcha do Norte) e Valdir Hobus ( Paróquia do Araguaia). Sejam bem vindos a este maravilhoso e grande pedacinho de chão. Junto queremos aprender e exercitar o ser Igreja de Jesus.
Vários Obreiras e Obreiros, ou seus familiares passaram por dificuldades de saúde em 2007. Ao saber de alguma dificuldade de Obreiros ou de membros das Comunidades buscamos fazer uma corrente de oração buscando o consolo, a força e a restauração da saúde. Várias situações foram colocadas em Comunidades durantes às celebrações ou encontros comunitários. Exercitar a intercessão é uma das tarefas da Igreja. É tão consolador sentir as mãos de Deus nos envolver através dos irmãos e irmãs.
Especial atenção mereceu o Diácono Geraldo Braun que estava no Projeto Missionário Sul do Pará. Por motivo de saúde, depressão, teve que entrar em licença saúde e a partir do tratamento veio a decisão pelo não retorno ao projeto. Terá necessidade de um acompanhamento profissional por um período maior. Desta forma, quando estiver liberado, será enviado a um novo campo ministerial pela Presidência da IECLB. Foi bonito o testemunho dos colegas Dulcenelda e Dilmar e da Comunidade de Sinop que o acolheram durante o tratamento. Desejo que Deus o continue guardando e dando ânimo e discernimento.
O Presidente da Diretoria do Conselho Sinodal, Sr. Ronald Schwebel, sofreu um acidente doméstico e estará por um longo período em recuperação. Desejo que Deus lhe dê paciência e perseverança neste período. A sua persistência e perseverança tem me marcado profundamente.
Uma das tantas coisas gratificantes no Sínodo, pelo menos para mim, são as reuniões do Conselho Sinodal e da Diretoria. Trabalhamos com transparência, liberdade e franqueza. Participar das reuniões não é um fardo ou peso, mas prazeroso. Além de trabalhar para ao reino temos o privilégio de encontrarmos irmãos na fé. Desejo que todos os Obreiros, Obreiras, Presbíteros e Lideranças tenham este mesmo sentimento nas reuniões paróquias ou nos seus conselhos. O texto do salmista diz: “como é bom e agradável vivermos juntos como irmãos”.
Um momento especial para os Obreiros e Obreiras, também para várias Comunidades, a atualização teológica nos dias 18-30/09/2006 em Santarém. Fomos em caravana visitando comunidades e sendo acolhidos de uma forma meiga, calorosa e carinhosa por onde passamos. O afeto das Comunidades deixou profundas marcas em todos nós. De forma especial foi à participação no culto inaugural do Centro Comunitário da Comunidade de Bel Terrra/PA. Em todos os lugares sentimos os abraços carinhosos das comunidades luteranas. Pessoas que buscam dar o testemunho da fé evangélica e semeando a palavra de Deus. Somos gratos pela injeção de ânimo e de alegria que estas comunidades nos deram.
A cegonha largou a “franga”, ou melhor, as fraldas no Sínodo. Em Rondonópolis ela já deu um lindo presente a Mônica/Ademir: a Daniela. Parece que depois que a “dita cuja”, a cegonha, desceu Rondonópolis pegou gosto pelo Sínodo. Receberam a visita dela a Marta/Joelson de Santarém, a Fabiani/Fábio de Chapadão do Sul; a Fernanda/Erico de Campo Novo do Parecis, a Thais/Moisés de Lucas Rio Verde. O pouso da cegonha será novembro/dezembro. Queremos juntos com vocês partilhar desta maravilhosa obra de Deus. É o momento especial de cada casal. A alegria e o jubilo de vocês é também o nosso. Que o período de gravidez seja de encontro e de aproximação como casal e família.
As Comunidades/Paróquias de Porto dos Gaúchos e de Vila Rica estão em festa. No dia 02 de junho receberam a Bênção Matrimonial a Missionária Rosimere Ramlow e Cleomar Becker em Porto dos Gaúchos. No dia 23 de junho receberão a Bênção Matrimonial o Pastor Edílson Tetzner e Denise Tschá em Vila Rica. Desejamos as mais ricas bênçãos de Deus sobre a vida destes casais. Sejam luz e sal por onde passarem.
Às irmãs e ao irmão da Parceria Syke-Hoya quero desejar as boas vindas e que Deus os guie, oriente e os ilumine nesta estadia no Sínodo Mato Grosso. Juntos queremos aprender a construir parceria.
Agradeço a minha esposa Liane pela parceria, dedicação, companheirismo e paciência. A filha Tatiane pela compreensão ao estilo de vida que levamos e pelas ausências.
Lauri R. Becker - Pastor Sinodal
 


Autor(a): Sínodo Mato Grosso
Âmbito: IECLB / Sinodo: Mato Grosso
ID: 59030

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