O Sínodo Mato Grosso aprovou a sua logo na Assembleia Sinodal de 8 a 10 de junho de 2012 em Chapada dos Guimarães. O propósito da logo é criar um distintivo do que caracteriza a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil – IECLB - na região que abrange o estado do MT, nordeste do MS, leste de GO e sul e meio-oeste do PA. O formato da cruz da logo, acentuando o vínculo, segue os traços daquela contida no símbolo da IECLB. Ainda assim, recomenda-se, sempre que possível, o uso concomitante da logo do Sínodo com o símbolo da IECLB.
A cor predominante, em dois tons, é o verde. É uma marca dos estados que compõem o Sínodo MT - matas e cerrado. O verde também representa o contato do homem com a bela criação de Deus: as plantações, a produção de alimento... A cor verde representa vida, crescimento, natureza, criação, Deus Criador. Representa o constante desafio do cuidado com a criação para que possa ser fonte de vida para as gerações futuras. Na igreja luterana o verde é a cor litúrgica dos domingos que enfatizam a ação e o crescimento da igreja. Este é o propósito dos cristãos luteranos deste sínodo: propagar o evangelho da salvação, ser uma igreja missionária, conforme mandato recebido de Jesus Cristo: “Ide, fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28.19).
A cor azul representa as águas, abundantes em nossa região, incluindo o Pantanal e as nascentes de várias bacias hidrográficas. A água serviu e serve de caminho para as embarcações. A água é essencial para manutenção da vida. A maior parte do corpo humano é por ela composta. Sem água não existiria vida no planeta. A água é um dos elementos que estão na origem da criação (Gn 1.2). Para a fé cristã ela sacia o corpo e o espírito. No batismo, a água, ligada à Palavra de Deus, é “água da vida, cheia de graça, um banho do novo nascimento no Espírito” (Catecismo Menor). A água representa a vida e o movimento. Os rios “aprenderam” a contornar os obstáculos. Assim, queremos no Sínodo de Mato Grosso estar em movimento, não parar, superar obstáculos.
O azul é a cor usada no Advento. O azul representa ainda o céu onde Jesus Cristo reina desde a sua ascensão. É a cor da esperança no futuro, aponta para a eternidade.
A Bíblia, Palavra de Deus, é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Salmo 119.105). A Bíblia fundamenta a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (Art. 5º da Constituição). Ela é a autoridade nos assuntos da fé. A Bíblia está aberta. O seu uso não é privilégio do clero, mas de todo o povo cristão. Ela convida a ser lida e estudada por mostrar a razão da nossa esperança e por ser o fundamento do nosso agir no mundo. Na imagem, a Bíblia está aberta no Novo Testamento. Lemos o testemunho dos pais da fé e o dos profetas à luz do centro do Evangelho: Jesus Cristo. A Bíblia aberta deixa entrever um caminho. Os primeiros cristãos eram conhecidos como os do Caminho (Atos 9.2). Daí vem a palavra sínodo que significa juntos no caminho. Poder professar a fé cristã no Sínodo MT é sinal da ação do Espírito Santo. É legado daqueles que, antes de nós, deixaram-se conduzir pela Palavra de Deus, fizeram dela a orientação para os seus passos. Nesse caminho queremos também nós andar, agora e no futuro.
A Cruz, em posição central, atrai de imediato o olhar. Ela caracteriza a confessionalidade luterana.“Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado”(1 Co 2.2). A cruz aponta para o evento central do cristianismo: morte e ressurreição de Jesus. Aquele que ressuscitou é o mesmo que se encarnou, viveu entre as pessoas, foi perseguido e sofreu morte de cruz. Deus que vem ao encontro do ser humano para salvá-lo. Cristo é o centro da comunidade. A cruz vazia mostra o Cristo que já ascendeu e que reina na eternidade. Na imagem, a cruz está no caminho, faz parte dele. Caminhar com Cristo não isenta da cruz: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8.34). O cristão tem a cruz como companheira na jornada. Ao mesmo tempo recebe ânimo ao ouvir do Crucificado: “... sou manso e humilde de coração (...) o meu jugo é suave, e meu fardo é leve” (Mt 11.29-30).
Pomba, vento e movimento: A pomba representa o Espírito Santo de Deus (Jo 1.32) que nos é presenteado no Batismo. Sinaliza a reconciliação com Deus. É também o símbolo da paz, da pureza. Aponta para a espiritualidade, que alimenta e anima o cristão no movimento pela vida em abundância na terra. É ação de Deus que nos toca a face como um vento suave, como sopro divino. A pomba, na logo, tem a cor azul que é a cor (litúrgica) da água, geradora de vida. Nesse sentido, o símbolo da pomba mostra o amor de Deus que nos é presenteado no batismo e sempre de novo, como em Pentecostes, se apodera de nosso espírito, impulsionando para o novo, ajudando a vencer a inércia. Este é o desejo dos cristãos e das cristãs deste sínodo: Deixar o Espírito Santo soprar, vencer todas as formas de medo, colocar-se em movimento e chegar a todos os povos que habitam a região.
Como imagem final, temos a palavra Sínodo escrita de modo que as letras fiquem interligadas. É uma ênfase àquilo que a palavra Sínodo já que dizer: juntos no caminho. Que a palavra de Deus seja o fundamento, Cristo o centro e que o Espírito Santo nos mova a vencer desafios, como a água que vai contornado e superando os obstáculos. Junto com e na proteção divina nada temos a temer. Assim como fizeram os primeiros luteranos que para cá vieram, caminhemos juntos neste chão sob a promessa daquele que disse: “... eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28.20).