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João 9.1-41 - 4º Domingo na Quaresma - 19/03/2023

14/03/2023

19/03/2023 - 4º Domingo na Quaresma
Pregação: João 9.1-41; Leituras: 1 Samuel 16.1-13; Salmo 23; Efésios 5.8-14
P. Isaías Steinmetz – Paróquia dos Chapadões/MS

LITURGIA DE ABERTURA

ACOLHIDA
Estimada comunidade, com grande alegria nos reunimos mais uma vez em culto. Damos nossas boas-vindas a todas as pessoas, especialmente as que estão conosco pela primeira vez. Esperamos que você se sinta bem no nosso meio e que a paz de Cristo esteja contigo!
Saúdo vocês com as palavras de Jesus em João 3.14-15: “Assim como Moisés, no deserto, levantou a serpente numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna”
Estamos no período da Quaresma, onde lembramos o sofrimento, morte e ressurreição do nosso Senhor Jesus. Lembramos que sua morte e ressurreição nos apontam para a viva esperança de vida e vida eterna. Que assim, com corações e mentes abertos para ouvir a voz do Senhor, possamos nos achegar em culto a Deus.

CANTO DE ENTRADA
Como povo de Deus, reunido em comunidade, unimos nossas vozes para louvar e engrandecer o nome do Senhor cantando:
Hino 27 LCI – É teu povo

SAUDAÇÃO
Nos reunimos em culto no nome e na presença do Trino Deus: o Deus que é Pai, que é Filho e que é Espírito Santo (+) amém..

CANTOS DE INVOCAÇÃO
Na presença de Deus, viemos de diferentes famílias, diferentes jornadas, mas nos unimos na caminhada de louvor e adoração a Jesus, o Cordeiro de Deus. Adoremos ao Senhor Jesus cantando:
Hino 579 LCI – Muitos virão te louvar

CONFISSÃO DE PECADOS
Oremos:
Bondoso, justo e amado Deus, nos reunimos diante de Ti para reconhecer o quanto necessitamos da tua graça e do teu perdão. Reconhecemos a tua santidade, infinita misericórdia e imensa bondade para conosco. Assim, reunidos na tua presença, nos unimos para clamar pelo teu perdão. Perdoa nossas palavras, ações e pensamentos que vão contra a tua vontade. Perdoa-nos pelas vezes em que não ouvimos a tua voz e não buscamos a graça da reconciliação. Abre nossos olhos para ver a tua mão de perdão e cuidado em nossas vidas. Limpa-nos, restaura-nos e perdoa-nos, pelo sangue de Cristo derramado na cruz do Calvário. Amém.

ANÚNCIO DO PERDÃO
O Senhor ouve a nossa oração. Ele acolhe osso pedido por perdão. Ele abre nossos olhos para sua graça e salvação. Por sua graça, habitaremos na presença do Senhor aqui e na Eternidade. O sallmista nos diz: “Certamente a bondade e o amor me seguirão todos os dias de minha vida, e viverei na casa do SENHOR para sempre.” (Sl 23.6). Que possamos seguir buscando a presença e graça do Senhor todos os dias de nossas vidas. Com esta palavra anuncio perdão dos pecados nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. (+) Amém.


KYRIE
Como povo, reunido e justificado pelo sacrifício do Senhor Jesus, aprendemos a pedir perdão e abrir nossos olhos para nosso mundo, pedindo que Deus nos dê sabedoria para anunciar o seu amor em palavra e ação. Nós anunciamos isto pois foi na cruz do Calvário que Ele demonstrou sua graça, vencendo o poder das trevas deste mundo e nos ensinando a estender os sinais de sua graça por onde Ele nos enviar. Cantemos:
Hino 585 LCI – Foi na cruz


ORAÇÃO DO DIA
Oremos: Oh Deus, de toda graça, misericórdia e bondade, te agradecemos pela tua misericórdia ee pela tua graça. Vem, amado Deus, e prepara-nos para ouvir a Tua Palavra. Dá-nos sabedoria para compreender a Tua vontade. Abre nossos olhos para perceber a tua mão sobre nós. Abre nossos ouvidos para ouvir a Tua Voz. Vem, ó Deus, com teu Santo Espírito, nos direcionar para que, como comunidade de fé, possamos viver a tua vontade dia após dia, ecoando tua graça aonde o Senhor nos enviar. No teu nome, que é santo e justo, oramos e agradecemos. Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

LEITURAS BÍBLICAS
1ª Leitura Bíblica: 1 Samuel 16.3-13

2ª Leitura Bíblica: Salmo 23

3ª Leitura Bíblica: Efésios 5.8-14

CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
Hino 87 LCI – A lei do Senhor é perfeita

PREGAÇÃO
João 9.1-41
Que a graça do Senhor Jesus, o amor de Deus, o Pai, e a comunhão do Espírito Santo estejam conosco, amém.
O texto da pregação de hoje traz um relato impressionante sobre o agir de Jesus. Por quero convidar a comunidade para uma reflexão sobre os personagens deste texto e de como eles reagiram diante da ação de Jesus.
Em um primeiro olhar, observamos um cego de nascença. Este cego teve, certamente, uma vida muito difícil até aqui. Sua vida era baseada em depender, em partes de seus pais, mas em boa medida da oferta que lhe restava pedir como esmolas. Este era o “destino” de quem tivesse alguma deficiência ou limitação física nos dias de Jesus. Sua vida dependia inteiramente da compaixão de outras pessoas. Não temos muitas informações sobre o nome, o endereço ou condição de vida dos seus pais. Sabemos, pelo texto, que ele já teria idade para responder por si, ou como dizemos em nossos dias: era maior de idade. Isto dava a ele o direto de responder por si. Tanto que seus pais afirmam isto quando questionados pelos fariseus.
Mas voltemos a falar deste homem, cego de nascença. A cultura religiosa da época entendia que as limitações físicas eram consequência de pecados cometidos pela pessoa ou pelos pais. Isto fazia com que a vida comunitária fosse comprometida, afinal, sua presença era impedida nos encontros religiosos.
Também neste relato não ouvimos este homem clamando por Jesus. Ele estava a beira do caminho, aguardando, como se não houvesse mais o que fazer.
Sendo considerado publicamente pecador, sua exposição o impedia, inclusive, de levar sua oferta pelo perdão dos pecados no templo. Sua impureza era visível a quem pudesse ver. Fazia com que não pudesse enxergar a luz no fim do túnel.
Eis que então nos deparamos com outros personagens: os discípulos de Jesus. A maioria de origem judaica, sabia e reconhecia as leis de culto atribuídas a Moisés. Seu primeiro pensamento ao ver aquele homem foi perguntar pela origem do seu “problema”. Em sua observação, não conseguiam enxergam aquele homem além do seu pecado. Em seu modo de ver, procuravam alguma explicação que justificasse a cegueira daquele homem.
Os discípulos ainda não haviam compreendido plenamente a Salvação que Jesus veio trazer. Não haviam compreendido como Deus poderia enviar seu único filho gerado para nos conceder, por graça, o perdão dos pecados. Os discípulos haviam visto vários sinais e milagres, mas sua visão ainda estava limitada ao mundo cultural e religioso de seu tempo.
Os vizinhos daquele homem também constam nesta narrativa. Eram eles que conheciam sua história pública bem de perto. Como pessoas relativamente próximas também olhavam para aquele homem apenas com os seus olhos. Não conseguiam transmitir a ele a esperança, afinal em seus corações ele estava destinado à condenação eterna. E isto também fica evidente no diálogo onde eles não reconhecem aquele homem. Mesmo que ele afirmasse publicamente ser aquele mesmo que conheciam desde sua infância, não conseguiram ver a mudança que Jesus fez na vida dele. Seu rosto estava diferente, porque sua visão estava diferente! E isto seus vizinhos não admitiram!
O que restava então? Conforme a tradição da época aquele homem precisava ser avaliado pelos fariseus, responsáveis pela administração do templo e das leis. Estes são os outros personagens desta história. Curiosamente são os que mais aparecem neste texto. Eram figuras públicas, facilmente vistos por quaisquer pessoas. Reconhecidos publicamente pela sua posição na sociedade. Mas eles também não conseguiam enxergar.
Eles não conseguiam admitir e ver que, de fato, aquele homem foi curado. Não admitiam que esta cura tenha acontecido em um sábado e, muito menos, que não havia sido alguém do círculo religioso que tivesse concedido a cura para aquele homem.
Os fariseus julgaram um cego que voltou a enxergar, mas não conseguiam ver o que estava acontecendo diante dos seus olhos. Não conseguiam observar aquilo como sendo obra do próprio Deus. Questionaram a família daquele homem, questionaram o próprio homem, questionaram qualquer pessoa que se colocasse diante deles para afirmar o que aconteceu: aquele homem foi curado!
Observando estes personagens relatados, é possível fazer um paralelo com nossos dias. Vivemos em um mundo que nos cega. Não só fisicamente, mas espiritualmente. Este mundo não quer que vejamos o agir de Deus a cada novo dia, em cada detalhe da criação e, especialmente, por meio de sua palavra. Nosso mundo nos cega fisicamente quando incentiva a olharmos apenas para nós mesmos, tirando a nossa capacidade de ver a mão resgatadora de Deus sobre nós, que nos traz o perdão, a reconciliação e a paz. Este mundo, além de nos incentivar à cegueira espiritual, não admite a mensagem do perdão. Não admite que, em Cristo, é possível viver uma nova vida, uma vida de arrependimento e gratidão. Este mundo não consegue admitir que por meio do sangue de Cristo nós temos acesso a Deus. Só conseguem nos ver como pessoas sem esperança e sem solução.
Mas nosso mundo também nos acusa. Como pode você experimentar uma verdadeira mudança de vida? Como pode você ser transformado por um Deus que parece tão distante? Como é possível que você possa demonstrar publicamente uma mudança de vida tão genuína que teu semblante se torna diferente, que seus olhos passam a ver a graça de Deus diante de ti?
O lado bom desta história é que tem mais um personagem, o mais real e verdadeiro de todos. Aquele que é a luz do mundo. Quando olhamos a história apenas pela perspectiva dos outros personagens não conseguimos compreender a graça e a vontade de Deus. O texto começa nos dizendo que Jesus viu aquele homem. Não apenas com os olhos, mas viu a partir da graça de Deus. Jesus olhou aquele homem e não viu só a sua aparência externa, mas reconheceu nele uma pessoa que precisava de perdão e de cura.
A ação de Jesus para aquele homem foi direta. Fez uma lama com sua saliva, e mandou lavar no tanque de Siloé. Jesus não falou mais nada para aquele homem, mas certamente sua ação gritou em seus ouvidos. Não só sua visão física foi restaurada, mas sua esperança de vida também foi. Como pode que aquele homem, esmagado pela visão das outras pessoas, agora tinha até coragem para enfrentar o conselho de fariseus?
Quando Jesus nos vê ele não nos deixa iguais. Não nos deixa acomodados, mas nos coloca diante de sua graça transformadora e libertadora, para que possamos ver este mundo a partir do seu amor, anunciando para todas as pessoas quem Jesus é!

Não sei se você reparou até, mas a maioria dos verbos de ação, está relacionado com os olhos: ver, observar, avistar, perceber, enxergar… E isto foi colocado assim para nos mostrar o quanto estamos dependentes de apenas ver. Nós temos necessidade de ver para acreditar. Aquele homem foi transformado e impactado por Jesus, alguém que ele não viu até aquele momento. Alguém que ele só havia ouvido falar. Enquanto nós permanecermos com os olhos fechados para a mão graciosa de Deus não conseguiremos ver os pequenos milagre diários. Não conseguiremos crer quanto curas acontecem. Nos recusaremos a crer que Deus usa outras pessoas além de nós para testemunhar o seu amor.

Por isto encerro esta mensagem afirmando: Jesus quer abrir os olhos do nosso coração. Ele quer que o reconheçamos como único, verdadeiro e suficiente salvador. E ele quer que nossos olhos sejam abertos para que possamos ver quantas pessoas próximas a nós precisam ouvir a sua mensagem por nosso intermédio.
E você, quem é nesta história?
Que Deus possa abrir os olhos da fé e que nos faça enxergar a vontade dEle em nossas vidas e na vida de outras pessoas. Amém.

HINO
Hino 614 LCI – Em nada ponho a minha fé

CONFISSÃO DE FÉ
Como resposta a esta mensagem, assumimos publicamente o compromisso com Jesus. Afirmamos que cremos verdadeiramente nEle e que, por sua graça, podemos enxergar o seu santo amor. Por isto, podemos confessar a nossa fé com as palavras do Credo Apostólico.

Creio em Deus Pai, ...

CANTO PÓS CONFISSÃO (proceder motivação e o recolhimento das ofertas)
Hino 84 – Te agradeço


ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Em comunidade, nos unimos em oração. Oremos:
Amado Deus, como é bom podermos experimentar o teu amor e tua graça em comunidade. Como é preciosa a oportunidade de sermos confrontados pela tua palavra. Com humildade queremos te pedir: abre nossos olhos, ó Deus. Vem abrir os olhos da fé, para que possamos perceber o quanto precisamos do teu perdão; vem abrir os olhos do coração, para que possamos perceber o quanto o teu perdão nos transforma; vem abrir os olhos da na nossa ação, para que possamos perceber as pessoas próximas a nós, as quais podemos levar o teu amor, carinho e abraço.
Oramos, também, ó Deus, pelas pessoas que lidam com enfermidades. Vem, como médico dos médicos, tocar a vida delas para que possam perceber o teu cuidado sobre a vida delas.
Consola os enlutados. Envia sobre eles o teu Santo Espírito, para que sintam-se amparados e fortalecidos pelo teu abraço.

(Também trazemos diante de ti estes motivos que foram apresentados...)
Motivos de Oração:
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1. Aniversariantes
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E tudo o que temos em nosso coração, os pedidos e motivos de gratidão, trazemos diante de ti com as palavras que teu filho, Jesus, nos ensinou dizendo:
PAI NOSSO
Pai nosso ...

LITURGIA DE DESPEDIDA

AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta último Culto: R$ _________ - destinada para ...
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BÊNÇÃO
Que Deus te veja, e estenda o seu cuidado sobre ti;
Que Jesus Cristo te observe, e te conceda uma vida de perdão, reconciliação e fé;
Que o Espírito Santo te abra os olhos e te ajude ver a presença graciosa de Deus na tua vida, na tua família e entre as pessoas próximas a ti.
Assim nos abençoe o Trino Deus: Pai, Filho e Espírito Santo (+) Amém.

ENVIO
Vamos em paz, confiantes na fé e na graça do Senhor. Que tenhamos uma semana repleta da visão de Deus em nossas vidas, famílias e comunidade.
CANTO FINAL
 


Autor(a): Pastor Isaías Steinmetz
Âmbito: IECLB / Sinodo: Mato Grosso
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 69868

AÇÃO CONJUNTA
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Cristo, juntamente com todos os santos, assume a nossa forma pelo seu amor, luta ao nosso lado contra o pecado, a morte e todo o mal. Em consequência, inflamados de amor, nós assumimos a sua forma, confiamos em sua justiça, vida e bem-aventurança.
Martim Lutero
EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTÍNUA
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Façam todo o possível para juntar a bondade à fé que vocês têm. À bondade, juntem o conhecimento e, ao conhecimento, o domínio próprio. Ao domínio próprio, juntem a perseverança e, à perseverança, a devoção a Deus. A essa devoção, juntem a amizade cristã e, à amizade cristã, juntem o amor.
2Pedro 1.5-7
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