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João 19.16-30(31-37) - Sexta-feira da Paixão - 03.04.215

Caderno de Cultos 2015

03/04/2015

03/04/2015 – SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO
Isaías 52.13-53.12; Hebreus 10.16-25; Pregação: João 19.16-30(31-37)
Fabiani Appelt – Água Boa - MT

     LITURGIA DE ABERTURA

ACOLHIDA
Bom dia/ Boa noite, sejam bem vindos. Saudamos a todos com palavras bíblicas do livro dos Salmos 22.9-10 que dizem: “No entanto, ó Deus, tu me trouxeste ao mundo quando nasci e, quando era uma criancinha, tu me guardaste. Fui entregue aos teus cuidados desde o meu nascimento, desde que nasci tu tens sido o meu Deus”.
A sexta-feira da Paixão é uma das datas mais marcantes para a caminhada da igreja. Jesus pendurado na cruz, despido e nu, inchado e coberto de sangue, com uma coroa de espinhos cravada em sua fronte é, ao mesmo tempo, sacerdote e sacrifício. Ele sacrificou na cruz o seu corpo e a sua vida, em grande amor, para a redenção de toda a humanidade. O mundo o vê como desprezível e simples e sem esplendor algum. Mas ele é sumo sacerdote, que assumiu os pecados de todos nós sobre os seus ombros. É por isso que o cristão, na qualidade de novo homem, deve estar orientado de tal forma que tenha pensamentos totalmente diferentes do mundo e possa ficar firme, ser feliz e louvar mesmo quando as coisas andam mal e abrigar em sua mente apenas pensamentos como estes: Que ele tem um grande tesouro, mesmo que seja pobre; é príncipe e senhor poderoso, mesmo que esteja na prisão; tem muita força, mesmo sendo fraco e doente; tem toda a honra, embora seja desonrado e humilde.
É Sexta-Feira Santa. Um dia de muito significado para nós por causa da morte de Jesus, mas também um dia de nos darmos conta do quanto vivemos na graça de Deus que nos foi concedida por esta morte e por sua ressurreição. Que o Espírito Santo toque os nossos corações e nos ajude a viver com ânimo e dignidade essa fé.
Acolher os/as visitantes

CANTO DE ENTRADA
50 – HPD1 – Nossos corações pertencem

Ou: Nº ____________________________________________________

SAUDAÇÃO
Reunimo-nos em nome e na presença do Trino Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

CANTOS DE INVOCAÇÃO
85 – HPD1 – Vem, Espírito Divino

Ou: Nº ____________________________________________________

CONFISSÃO DE PECADOS
Deixar um tempo de silencio para a confissão individual, depois ler em conjunto, oficiante e comunidade, o texto do Salmo 51. 1-12

ANÚNCIO DO PERDÃO
“Em Cristo temos redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.7). Perdão em Cristo é o que eu vos anuncio em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

ORAÇÃO DO DIA
Oremos: Deus, nosso Senhor! Estamos reunidos neste dia para lembrar como cumpriste a tua vontade e determinação para o mundo e para nós todos ao permitires que teu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, fosse feito prisioneiro para nos libertar; fosse condenado, para nos inocentar; padecesse, para nosso júbilo; morresse, para vivermos eternamente. Se dependesse apenas de nós, estaríamos condenados. Não merecemos tal salvação, nenhum de nós. Tu, no entanto, na incompreensível magnitude de tua misericórdia, tomaste para ti o nosso pecado e a nossa aflição, para assim fazeres grandes coisas por nós. De que outra forma poderíamos agradecer-te além de procurar compreender, aceitar e aplicar essas grandes coisas? De que outra forma isso pode acontecer senão que o mesmo Salvador que por nós sofreu, foi crucificado, morto e sepultado, mas também ressuscitou, agora entra em nosso meio e fala a nossos corações e nossas consciências, abre-nos para o teu amor, orienta-nos a confiar plenamente nesse amor, a viver somente e tão somente desse amor. Pedimos-te que isso venha a ocorrer no poder de teu Espírito Santo, com toda a humildade, mas também em plena confiança. Por Jesus Cristo, amém. (oração de Karl Barth)

LITURGIA DA PALAVRA

LEITURAS BÍBLICAS
1ª Leitura Bíblica: Isaías 52.13-53.12

2ª Leitura Bíblica: Hebreus 10.16-25

3ª Leitura Bíblica: João 19.16-30(31-37)

CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
383 – HPD1 – Salmo 19

PREGAÇÃO
“Que a graça de Deus esteja com vocês”
Estimada comunidade!
A Sexta-feira da Paixão tem sua atenção voltada para a pessoa e obra de Jesus Cristo. É o dia em que a Igreja olha para o Cristo crucificado, o centro da obra redentora. Ali esta denunciada toda a pecaminosidade humana e está declarado todo o amor de Deus. Deus precisou intervir para solucionar a questão do pecado. E ele o fez em Cristo.
O texto bíblico de Isaías que é a base para a nossa meditação hoje aponta um contraste. Chama atenção o contraste entre o que é exaltado entre os seres humanos e o que é importante diante de Deus. A vitória de Jesus não é a vitória da força, do poder, da glória, mas a vitória em meio ao sofrimento, a dor, a humilhação. O servo do Senhor era tido como aflito, ferido de Deus e oprimido, mas por meio dele, a vitória sobre o pecado foi alcançada.
Diante desta verdade é importante revisarmos nossos valores. Quanto os nossos valores são moldados pelo que Deus revela através das Escrituras Sagradas e quanto são moldados pelo que é considerado importante no mundo, e, no entanto, ofende a Deus?
Numa sociedade competitiva como a nossa, somos propensos, induzidos até, a pensar que “somos o que conquistamos”. Somos nós, através de nossos atos, que nos desenvolvemos no que somos. Valorizamos ao extremo nossas conquistas, diminuímos o valor de tudo quanto temos recebido ou até o esquecemos. Competir passa a ser mais importante de que partilhar. Pensamos que é melhor depender de nosso mérito do que experimentar a graça de Deus. Mas isso não é verdade, em verdade “somos o que recebemos”, já a vida é um presente, para o qual nada pudemos contribuir. Tudo que é essencial para sobreviver e nos desenvolver passamos a receber. Conhecimento, experiências e bens se transferem. Dependemos de toda a criação, pela qual Deus nos supre “abundante e diariamente de tudo o necessário para o corpo e a vida” conforme Martim Lutero.
Diante de Deus não serve para nada o que conquistamos, mas exclusivamente o que recebemos. Tudo o que recebemos desde o nosso nascimento pode ser limitado, e de fato é. Inclusive a vida que nos foi dada terá seu fim com a morte. Mas a entrega total do Filho de Deus é para nós também um presente total que desfaz todas as limitações e apaga todos os nossos pecados. Todos, sem exceção, ficam sem efeito. A própria morte é derrotada e substituída pela vida eterna.
O texto de Isaías também mostra a gravidade do pecado. O pecado é realidade que atinge a cada um de nós. Ninguém pode olhar apenas para a pessoa do outro achando que aí está à causa de todo mal. Ninguém é melhor do que ninguém. Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, conforme Romanos 3.23.
Em Cristo vemos o amor de Deus em ação em favor da humanidade e em favor de cada pessoa. Diante da graça de Deus, só nos resta pedir perdão pelos nossos erros e confiantes exultar na redenção recebida.
Quando vemos tudo o que Deus fez e faz nós, apesar de não o merecermos, cabe-nos confiar inteiramente nele, louvá-lo e colocar a vida a seu serviço. Em Cristo, temos a oportunidade de revisar nossos valores e corrigir nossa vida. Afinal, nele temos o perdão.
Em meio a sofrimentos, dores, injustiças, Deus em Cristo nos socorre e vence todo o mal. É a vitória de Cristo, é a vitória do amor que é humilde ao ponto de inclusive interceder pelos transgressores. Acusação, julgamento, condenação, tortura e morte. Por estas situações passa o caminho da Paixão de Jesus Cristo. Jerusalém na Judéia é a cidade que testemunha os fatos que culminam com a morte de Jesus na cruz. Esta historia é conhecida por muita gente. E hoje ainda é representada no cinema e no teatro. Ela nos faz pensar sobre nossas atitudes e maneiras de viver a fé cristã no dia a dia.
Já é famosa a representação que se faz em Nova Jerusalém, em Pernambuco, da historia da Paixão de Cristo. O nordeste brasileiro é o palco da reconstrução parcial da cidade de Jerusalém como era no tempo de Jesus. Nova Jerusalém, com seus setenta mil metros quadrados, é considerada o maior palco de teatro ao ar livre do mundo. A Paixão de Cristo é apresentada como um espetáculo comovente. Artístico, cultural, religioso, mas, os caminhos da Paixão de Cristo passam, principalmente, pelos lugares mais miseráveis do mundo. Onde há conflitos por mais vida, por respeito ao ser humano, por dignidade, por justiça, lá se encontra o palco da Paixão de Jesus Cristo.
Para finalizar: Conta-se que certa vez havia três árvores em uma floresta. Elas conversavam entre si, planejando o que queriam ser quando ficassem adultas. Uma das árvores disse que, quando crescesse queria ser transformada num belo palácio. A outra disse que, quando crescesse queria ser transformada em um espaçoso navio, que velejasse pelos mares, carregando reis e príncipes. A terceira árvore disse que queria permanecer na floresta apontando sempre para Deus, o criador de todas as coisas. Um dia veio o lenhador e cortou a primeira árvore. Mas, ao invés de ser utilizada em um palácio, a sua madeira foi empregada na construção de um curral de gado, onde nasceu o Menino Jesus. As pranchas de madeira da segunda árvore, que queria ser um grande navio, foram aproveitadas na armação de um pequeno barco que, singrando docemente as águas do mar da Galiléia, conduzia o Mestre Jesus, o qual, do seu convés pregava as multidões. Finalmente a terceira árvore que queria ficar de pé apontando para Deus foi convertida em cruz onde foi pregado o Redentor da humanidade. Desde então aquela cruz instrumento de suplicio atroz vem apontando o amor de Deus pela humanidade.
Que o Espírito Santo no dê sabedoria para vivermos diariamente aquilo que temos aprendido de Deus. E que o amor de Deus revelado em Jesus fortaleça a nossa fé e o nosso testemunho cristão por onde quer que andemos. Que usemos os nossos dons para colocar sinais do Reino de Deus entre nós. Sejamos verdadeiros discípulos de Jesus em nosso pensar, falar e agir. Que Deus nos abençoe. Amém.

HINO
159 – HPD1 – Creia sempre, sem cessar

CONFISSÃO DE FÉ
Juntos queremos confessar a nossa fé com palavras do Credo Apostólico.
Creio em Deus Pai, ...

CANTO PÓS CONFISSÃO (proceder à motivação e o recolhimento das ofertas)
414 – HPD2 – Cantar do amor


ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Motivos de Oração:
1. Aniversariantes
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Senhor nosso Deus! Obrigado pelo teu infinito amor revelado em Jesus Cristo. Gratos somos pela sua vida, morte e ressurreição. Desperta em nós, corações com muito amor para que assim como Cristo perdoou e reconciliou a humanidade contigo, estejamos nós também dispostos a perdoar e nos reconciliar com as outras pessoas e acima de tudo contigo ó Deus. Colocamos diante de ti todas as pessoas que estão passando por momentos de dificuldade. (Lembrar os motivos apresentados pela comunidade). Os demais pedidos e agradecimentos colocamos na oração que Jesus nos ensinou dizendo:

PAI NOSSO
Pai nosso ...

LITURGIA DE DESPEDIDA

AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta último Culto: R$ _________ - destinada para ...
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BÊNÇÃO
Bênção

ENVIO
Envio

CANTO FINAL
161 – HPD1 – Em nada ponho a minha fé


Autor(a): Fabiani Appelt
Âmbito: IECLB / Sinodo: Mato Grosso
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Natureza do Domingo: Sexta da Paixão

Testamento: Novo / Livro: João / Capitulo: 19 / Versículo Inicial: 16 / Versículo Final: 30
Título da publicação: Caderno de Cultos - Sínodo Mato Grosso / Ano: 2015
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 32422

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Um pregador deve estar ciente que Deus fala pela sua boca. Caso contrário, é melhor silenciar. 
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