Um ditado bem conhecido diz que a “curiosidade certa vez matou um gato!” Este ditado era muitas vezes usado para alertar uma pessoa de que um “mal” pode ocorrer se ela for muito curiosa. Na Europa da Idade Média as pessoas não gostavam de gatos e então preparavam armadilhas para os pequenos bichanos. A curiosidade do gato realmente acabava levando-o a morte. A expressão a curiosidade matou o gato era então usada por líderes para inibir a busca do conhecimento bíblico e científico e pregar mentiras. (Wikipédia)
Todas as pessoas têm um lado curioso na sua vida, e não somente isso, desde bem pequenos somos ensinados a sermos curiosos com as coisas, seja por um belo presente embalado que aguça nossos sentimentos de curiosidade, seja a busca por mais conhecimento. Passamos parte da nossa infância e adolscência querendo saber sobre a origem do mundo, das espécies, a origem da vida, porque estamos aqui neste mundo, qual é o nosso futuro?; entre outras tantas perguntas existênciais ou não que nos movem a vida toda. Porém, diferente dos gatos, buscamos para encontrar respostas para a vida, buscamos felicidade e uma vida boa.
Na época de Jesus a curiosidade também foi uma forte ferramenta de conhecimento e de busca. Os evangelhos contam que muitas pessoas o seguiam, muitos curiosos se preocupavam com que sinais ou milagres seriam contemplados. Durante o Seu ministério, várias pessoas buscavam vê-Lo, das quais podemos separar em categorias como: Curiosos (multidões), Interesseiros, Seguidores, e Discípulos. Os curiosos só estavam com Jesus porque era algo novo, interessante de se ver, mas decidiram ir embora quando a ' novidade' foi embora ou quando não era mais moda seguir a Jesus...
Lembramos de incidentes como o de Nicodemos que procurou Jesus à noite, escondido, preocupado em não ser visto, mas ao mesmo tempo curioso sobre como ele poderia “nascer de novo”,(João 3.4). Ou então Zaqueu, que chegou a subir no pé de uma árvore para poder enxergar Jesus (Lucas 19.4). E ainda, Pedro seguia Jesus de longe quando Ele foi levado para ser julgado (Lucas 22.54).
Aliás esta é também, uma realidade ainda em nossos dias. Pessoas curiosas seguem a Jesus por causa das bençãos e sinais que Ele pode fazer, mas poucas querem realmente andar em “novidade de vida” com nosso Salvador e Senhor. Na verdade preocupam-se mais em ter um Salvador e pouco em ter um Senhor de suas vidas.
Qual é a tua realidade de “curioso (a)”? Tens buscado a Deus por causa das suas bençãos e milagres ou tens buscado a Ele porque “Ele tem as palavras de vida eterna”? (João 6.68)
A maior curiosidade da vida é saber que somos amados e amadas, amparados e amparadas por Deus em Cristo Jesus. Muitos podem tê-lo como um amuleto, como um adereço, ou mesmo como uma mera tradição. Mas sejamos curiosos o bastante para perceber que Jesus é muito mais. É nosso amigo, nosso companheiro na jornada da vida, nosso salvador, Aquele que entregou-se por nós. A maior curiosidade é perceber que Ele nos ama! Ama apesar das nossas falhas, apesar das nossas fraquezas, apesar de nossos pecados. Seja curioso, seja curiosa por buscar a Deus e encontrar o maior presente da vida, que é o próprio Filho de Deus. Nosso maior presente – Jesus!
P. Leandro Luis da Silva - Pastor da IECLB em Cosmópolis/SP.