Sínodo Sudeste



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ID: 18

VOCÊ É CAPAZ DE AGRADECER?

Lucas 17.11-19

07/08/2012

Nós somos convidados para expressar a nossa gratidão a Deus pela sua graça e pelo seu infinito amor com os quais nos tem carregado diariamente. Devemos agradecer, não somente quando somos bem-sucedidos, mas também e, sobretudo, por nos sentirmos consolados e amparados por Deus nas situações difíceis e sofridas da vida.

A pergunta desafiante que nos é lançada é a seguinte: Reconhecemos, de fato, o amor, a misericórdia e o perdão de Deus? Lembramo-nos de agradecer e de louvar a Deus por tudo o que ele nos concede?

Para refletir sobre este desafio, que diz respeito ao nosso louvor e à nossa gratidão, debrucemo-nos sobre o texto bíblico que encontramos no Evangelho de Lucas 17.11-19: A cura dos dez leprosos: Um grupo de pessoas se aproximou de Jesus. Eram dez leprosos. Na época, a lepra, hoje denominada Hanseníase, era uma doença contagiosa e sem tratamento. Os doentes tinham que viver longe de todos e eram obrigados a pendurar um sininho no pescoço para avisar as demais pessoas de sua proximidade. Além de sofrerem por causa da doença que deformava e corroia seu corpo, tinham que enfrentar a humilhação e o abandono. A única providência que se tomava era proteger as outras pessoas do contágio. Não existia assistência para os doentes. A única providência que se tomava era excluir os doentes.

Os dez leprosos se dirigiram a Jesus, pois a fama do Senhor como alguém que ajudava os doentes havia se espalhado por toda parte. Por isso, eles depositaram a sua confiança em Jesus. Ao avistá-lo, gritaram: “Senhor, tem compaixão de nós!” E foram prontamente socorridos..

O final da história surpreende: Só um dos dez leprosos voltou glorificando Deus e agradecendo a Jesus. Os outros nove voltaram para a sua rotina anterior e se esqueceram de quem era aquele que os curara. Por isso, não agradeceram nem glorificaram Deus.

E nós? Lembramo-nos de agradecer a Deus sincera e humildemente por tudo o que ele opera em nossas vidas? Ou nós nos parecemos mais com os nove ex-leprosos, que não sentiram a necessidade de glorificar Deus e não se deram conta de que, aquele que os curara de uma doença terrível, não era apenas mais um milagreiro a andar pela Palestina, mas era o Salvador; que era aquele que, muito mais que curar o corpo deles, tinha o poder se salvá-los.

Dez pessoas foram curadas. Somente uma voltou para agradecer. Poderíamos dizer que, aquele leproso que voltou para junto de Jesus, fez uma meia-volta para o futuro. Nove pessoas não sentiram a necessidade de voltar. Contentaram-se em permanecer na rotina da sua vida de até então. Estes fizeram uma opção pelo passado.

Os dez leprosos representam a nossa situação humana perante Deus e a doença representa o pecado que nos corrói e nos deforma; que nos paralisa e nos exclui. Também nós somos convidados a nos aproximar de Jesus, aquele que veio para mudar a nossa situação, que parecia perdida. Ele pode e quer nos reconduzir à comunhão com Deus e à comunhão com o próximo. Ele veio para nos salvar.

O que fazemos? Permanecemos no passado escravizante ou fazemos meia-volta para o futuro com o Salvador? Voltar-se para este futuro é reconhecer que somos agraciados e salvos por Deus por meio de Jesus Cristo. É este reconhecimento que faz manifestar nosso louvor e nossa gratidão.

Nós somos dependentes do perdão, da misericórdia e de amor de Deus – aquele que unicamente pode nos arrancar do mal que nos acomete = o sentimento de pecado, de abandono, de exclusão. Também nós temos a necessidade diária de clamar: “Senhor, tem compaixão de nós!” E, através de Jesus Cristo, todos nós podemos experimentar o perdão e a graça de Deus.

A ausência de gratidão não deveria ser o padrão. Normal deveria ser a atitude daquele um leproso que voltou para agradecer e integrar-se em uma nova comunhão com Cristo.

O agradecimento não deveria ser a exceção, mas a regra. Todos nós temos a necessidade de expressar a nossa gratidão a Deus. Para tanto, precisamos primeiro admitir a nossa total dependência de seu perdão, de sua misericórdia e de seu amor. Este reconhecimento só é possível se enxergarmos com os olhos da fé, dar a meia-volta para o futuro em comunhão com Jesus Cristo, aquele que veio, não para ser o nosso quebra-galho, mas para ser o nosso Salvador. Foi para isso que ele entregou a sua vida na cruz. A partir do nosso Salvador é possível uma nova comunhão com o próximo. Nisto consiste a nossa plena e total cura. O reconhecimento disso faz explodir o nosso louvor e a nossa gratidão.
 


Autor(a): Geraldo Graf
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 16044

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