Sínodo Sudeste



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ID: 18

Por uma vida que faz diferença

10/02/2009


Existe um filme chamado “As confissões de Schmidt”. Trata-se da história de um homem, organizado e responsável que chega ao final da sua carreira profissional. Agora, aposentado, se dispõe a desfrutar da vida. Porém, tudo começa a quebrar na sua bem planejada vida. Sua filha, que tinha decidido morar longe de casa, agora vai casar com um rapaz que, segundo ele, não é o suficientemente bom para ela. O seu plano de viajar é frustrado pela repentina morte da sua esposa. Do dia para a noite ele se encontra sozinho e sem planos para seu futuro. Como se não fosse suficiente uma mensagem pela televisão lhe questiona sobre sua vida, se ela fez alguma diferença para alguém.

Faço uso da trama deste filme para colocar em destaque a necessidade que todos temos de sentir e saber que o nosso viver e fazer é significativo e importante para alguém. Isto é válido para uma dona de casa, um profissional ou um trabalho voluntário. Todas as pessoas precisam ter certeza de que seu trabalho é útil, que beneficia alguém. Que aquilo que eu faço cria uma diferença para alguém.

A proposta da nossa fé (e do filme antes mencionado) é que só o amor expressado por meio de ações concretas como a bondade e o serviço tornam a vida importante para alguém. Isto é importante, pois esquecemos que o amor tem muitas faces, entre as quais anotamos: a compaixão, a misericórdia, a disciplina, a procura da justiça, da verdade e da paz, entre outras.

Que o amor leva a fazer toda a diferença não é algo novo. Já o apóstolo Paulo escrevia (1Co 13. 1-3) que os diversos caminhos da vida encontram seu valor, seu brilho e importância quando cheios de amor. Assim, por exemplo, o caminhos das grandes habilidades, como falar idiomas, inclusive a língua dos anjos. O caminho do conhecimento, como a profecia. O caminho dos milagres, capaz de mover montanhas. O caminho do sacrifício, que leva até a morte. Todos esses caminhos são nada e sem valor se faltar o amor.

Todos os desejos, todas as nossas dedicações e devoções não têm valor nem impacto permanente nas outras pessoas se não estão motivadas ou guiadas pelo amor. Convém anotar que para o apóstolo Paulo o amor é mais do que uma força momentânea que domina a pessoa. Ele é uma forma de viver a vida. É uma postura perante as diferentes situações da nossa vida. E, para Paulo, a única pessoa que percorreu esse caminho do amor em toda sua plenitude, em nosso mundo, foi o marceneiro de Nazaré, Jesus Cristo. Desta forma, se alguém quer saber como esse amor pode ser vivido no dia-a-dia, sua resposta é: olhe para Cristo. Ele é a encarnação do amor, e só ele leva cada pessoa a viver como Ele.

As palavras anteriores nos sugerem que somente quem experimenta o amor de Cristo pode amar como Cristo. Que só quem é amado pode amar outra pessoa. E, principalmente, que o amor não é algo que pode ser comprado nem vendido, e muito menos exigido. O amor é entregue de graça, é uma doação.

Então, só quem abre o seu coração e recebe o amor que Deus demonstrou em Jesus Cristo, pode viver o amor de Cristo. Só quem vive sabendo-se amado por Ele, permanece em Cristo. E, só quem permanece em Cristo confia nele.

Mas, como é esse amor de Cristo? Quais suas características? O apóstolo Paulo aponta para o amor caracterizado como: “paciente, bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. (1Co 13. 4-8).

Um amor assim precisa de cuidado, dedicação e responsabilidade, mas, sobretudo de uma intimidade com Cristo. Porque, como foi dito: só quem tem o amor de Cristo atua nesse amor.

Mas, até agora não temos dito como acontece essa intimidade com Cristo. Uma boa pista temos nas últimas palavras do evangelho de Mateus, nelas Jesus manda a sua comunidade de discípulos a ensinar e obedecer tudo o que Ele tem mandado. Isso significa que a nossa intimidade com Cristo acontece na sua palavra. É pela sua palavra que as nossas expressões de amor são caracterizadas, corrigidas e motivadas. Palavra que não deixa dúvida quanto ao seu compromisso com a justiça, a verdade, a paz em prol da dignidade da vida.

Finalmente, se queremos que a nossa vida faça alguma diferença para alguém. Se desejamos que a nossa vida seja importante para outra pessoa, o segredo está no amor. E o maior exemplo de amor que temos está em Cristo. Sua entrega e doação gratuita esperam o nosso abraço. Aceito esse amor podemos amar e tornar a nossa vida significativa para nós mesmos e para as pessoas que passam pela nossa vida.

Que Deus nos auxilie com o seu Santo Espírito para viver desse e nesse amor de Cristo.

P.Pedro Puentes Reyes, pastor da IECLB em São José dos Campos/SP


Autor(a): Sínodo Sudeste
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 8389

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