Chegando um dos escribas, tendo ouvido a discussão entre eles, vendo como Jesus lhes houvera respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o principal de todos os mandamentos? (Marcos 12.28)
Nesse verso Jesus Cristo ensina a um professor da lei de que a vivência diária da fé não desata o ser humano do mundo, mas faz com que a vida seja renovada a cada dia. Como o Escriba conhecia os 613 mandamentos de Moisés (365 ordens e 248 proibições), ele possuía uma parte do conhecimento cognitivo sobre Deus. Porém, não aplicava o saber na prática, dificultando a compreensão do primeiro mandamento.
Vivemos tempos onde milhares de comunidades são formadas virtualmente, gerando uma comunicação intensa e instantânea. Somos bombardeados por mensagens, que geram a expectativa que a qualquer momento teremos a mais importante de todas as respostas para nossas esperanças. Esse movimento intenso de conexão com o mundo virtual que abre um leque de infinitas possibilidades. Porém, o que acontece é que nossas caixas de mensagens estão cheias do que já conhecemos. Muitas vezes abrimos duas ou três vezes nosso correio eletrônico apenas para confirmar que nada “interessante” foi nos enviado. Esse era o sentimento que inundava o coração do Escriba, ele estava diariamente sobre os textos da lei. E entediado buscava uma novidade para a sua vida. Ouvindo a resposta de Cristo sobre a ressurreição no capitulo anterior suas entranhas reviraram. Acreditava que poderia ouvir algo novo que até aquele momento jamais teria sido dito.
Por isso a pergunta: Qual é o principal de todos os mandamentos? Para o Escriba seguindo a lógica humana e crendo que Jesus de Nazaré era o Cristo ele traria uma nova forma de ser igreja! Assim pode acontecer com você e comigo. Uma vida diária de oração, leitura bíblica e vida em comunhão se tornam atividades pesadas e acabamos deixando de lado. Sendo a Palavra de Deus viva, ela todo dia traz uma novidade. O apóstolo Paulo nos lembra: “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12.2). A relação com a Palavra de Deus é como se fosse uma pessoa com a qual temos um relacionamento constante. Precisamos sempre estar pertos ou de alguma forma se conectar a ela, senão o relacionamento esfria. E amados, se não estamos compreendendo a Palavra e seu significado já não tem valor é porque andamos longe. E o evangelista Mateus nos chama atenção: “onde está o teu coração está o teu tesouro”.