Atos 13. 44-52
“Quando os judeus viram aquela multidão, ficaram com muita inveja. Então começaram a dizer o contrário do que Paulo dizia e o insultaram”. (v. 45)
Quem já não ouviu conversas assim: “foi o maior desgosto na família quando descobriram que a moça era evangélica”; “... a casa cheia de imagens de santos... Não gosto nem de visitá-los”. Essas expressões podem machucar pessoas, atrapalhar a convivência e trazer prejuízos à missão.
Em Antioquia da Pisídia, pela primeira vez, o apóstolo Paulo anunciou o evangelho aos não-judeus. Porém, esse marco histórico-missionário não foi tranquilo, mas gerou conflitos e atraiu a inveja por parte dos judeus.
A mensagem que estava sendo pregada centrava-se na importância de que o Evangelho fosse pregado, em primeiro lugar, aos judeus. Como, porém, estes o rejeitaram, ele estava sendo levado também aos não-judeus. Em outras palavras: a missão de Deus não possui fronteiras, e o Evangelho de Cristo não é exclusividade de poucas pessoas ou de um povo.
Como se pode ver, o exclusivismo e a inveja são atitudes que negam a igualdade essencial entre os seres humanos, pois todas as pessoas, sem exceção, independentemente da cor, raça, credo, língua, gênero, classe social, foram criadas por Deus à sua imagem e semelhança. O texto de Atos convoca-nos a participar da promoção da paz, da reconciliação e da comunhão entre pessoas e igrejas de tradições cristãs diferentes. Bem-aventurados são aqueles, de igrejas diferentes, que se respeitam, são ecumênicos e trabalham juntos pelo Reino de Deus! Essa é também a proposta da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, dos dias 05 a 12 de junho, sob a temática “Unidos nos ensinamentos dos apóstolos...” (At 2. 42). Participemos com alegria dessa semana. Amém.
Oração:
Misericordioso Deus, ajuda-nos a vencer diariamente o exclusivismo e a inveja. Molda-nos e usa-nos para a promoção da paz, da reconciliação e da convivência fraterna com irmãos de outras denominações religiosas. Amém.