O Dia de Finados é um dia especial para lembrar com carinho e saudades das pessoas queridas que já faleceram. Neste dia temos o costume de visitar os cemitérios e os túmulos. Em meio às lágrimas, saudades, orações e lembranças somos motivados a refletir sobre a vida, do nascer ao morrer. Com diz o Salmo 103.15-17: “Os dias do ser humano são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; porém, soprando o vento, também desaparecem, e seu lugar não mais lembra de sua existência. Mas a misericórdia do Senhor é de eternidade a eternidade”.
A vida é passageira! Não sabemos o tempo de vida de cada um. Não sabemos o tempo que teremos de vida. Assim como não decidimos por nascer também não está nas nossas mãos decidir sobre o tempo de vida que teremos. Isso compete somente a Deus. Por outro lado, a vida é um presente de Deus. O que está nas nossas mãos é o que fazemos com essa porção de vida que Deus nos dá.
Vocês já pararam para pensar que o que nós lembramos das pessoas que já faleceram é justamente o tempo que tivemos de convivência com elas? Nós lembramos do nascer, do crescer, do florescer, dos frutos que deram, e também de sua morte. Lembramos da diferença que aquelas pessoas fizeram quando viveram e interagiram conosco. Aí é que vemos que não importa em nada o “ter” mas faz muita diferença o “ser” de cada pessoa que tivemos a alegria e o privilégio de conhecer e interagir, seja por vínculos familiares ou pela amizade. Essa é uma boa dica para que possamos viver com sabedoria, intensidade e qualidade a porção de dias que Deus nos concede.
Em Romanos 14.7-8 o apóstolo Paulo escreve “Nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor”. Esta é a verdadeira realidade: tudo o que temos e somos vem de Deus e pertencem a Deus. Nascemos, crescemos, florescemos, damos frutos porque Deus tem um propósito para nossas vidas, morremos quando chegar o tempo certo, seja muito ou poucos dias. Quiçá todos pudéssemos ver e reconhecer isso e ter uma vida plena de gratidão. Pois quando nos damos conta disso certamente começamos a ver a vida, as relações e o mundo com outros olhos, com olhar de gratidão a Deus por seu imenso amor, graça e misericórdia para conosco. A vida é dom de Deus e deve servir para honra, louvor e glória dEle.
E diante da realidade da morte lembramos as Palavras do Evangelho conforme Lucas 20.38: “Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para Ele todos vivem”. Deus não se esquece de nenhum filho seu, nem os vivos nem os que já morreram. Nossa vida e o repouso desta vida pertencem a Deus e está nas mãos de Deus. Confiamos nossas vidas, e também o repouso desta, vida nas mãos de Deus. Amém.
P.Alberto Gallert – Pastor da IECLB em Santos/SP
