Carta-Mensagem da XXII Assembleia Sinodal do Sínodo Sudeste
“Deus me faz repousar em pastos verdejantes e me leva às águas de descanso” (Salmo 23.2).
Em meio aos ruídos de polarização e vozes dissonantes da contemporaneidade, fomos trazidos e trazidas pelo Bom Pastor aos pastos verdejantes da 22ª Assembleia Sinodal do Sínodo Sudeste para renovar nossas forças, pensar e planejar a condução do Aprisco, a própria Igreja de Cristo, para os próximos anos. As imagens do Salmo 23 que evocam a tranquilidade, o descanso, o refrigério, correspondem ao desejo da maioria das pessoas que vivem nos grandes centros urbanos e também das pessoas que estão no campo, ambas realidades presentes em nosso Sínodo.
Nesses dias acompanhamos os devidos relatórios apresentados, nos despedimos de pessoas queridas que abraçaram novos desafios; elegemos e saudamos as pessoas que aceitaram servir com seus dons e talentos a causa do Evangelho na igreja. Nas palavras do recém-eleito Pastor Sinodal Marcos Jair Ebeling: “Na certeza de que não caminhamos sozinhos, mas sim juntos e juntas com toda Igreja: una, santa e reunida para testemunhar o Reino de Deus neste mundo”.
O Sínodo Sudeste tem diante de si o enorme desafio de anunciar a Palavra de Deus e participar de sua missão em um contexto cada vez mais urbano, no qual a pluralidade cultural e social e a convivência das pessoas estão majoritariamente afetadas por injustiça, violência, desemprego, pobreza e falta de oportunidades iguais para todas as pessoas. Por isso, é urgente repensarmos o modelo de ser igreja na cidade.
As redes sociais ultrapassam os âmbitos da cidade e do campo, por isso podem ser para a Igreja “pedra de tropeço” quando usadas para construir muros ou instrumento de edificação, quando usadas para construir pontes. A comunicação é um dos eixos transversais do PAMI, portanto, precisamos nos apropriar dos recursos da comunicação virtual para alcançar as pessoas, sobretudo jovens, com a mensagem do Evangelho.
Somos livres para amar: um amor desprovido de preconceitos e de reservas, independentemente de quem seja a outra pessoa, o que ela fala ou faz – um amor que obedece o Evangelho de Cristo e que abraça o propósito da Declaração Universal dos Direitos Humanos para sermos efetivamente comunidades atrativas, inclusivas e missionárias.
Rogamos ao Bom Pastor, que sejamos conduzidos e conduzidas pela sabedoria do Santo Espírito para termos mais ousadia na missão, que novos tempos surjam e novas oportunidades possam ser abraçadas!
As Conselheiras e os Conselheiros do Sínodo Sudeste
Lar Luterano Belém – Campinas/SP, 01 de julho de 2018.