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Jesus Messias - Mateus 16.24 - Missionário Felipe Milani - 13 de novembro de 2020

Oração em Tempos de Coronavírus

13/11/2020

Olá,

O que continuamente impacta em Jesus é como sua messianidade acontece no mundo.

Ele se coloca como um messias ou Cristo para a espiritualidade, um Cristo para a vida, um Cristo para a natureza humana.

Seu interesse é despertar o espírito, a consciência, a mentalidade das pessoas. No judaísmo se diz, retorno. É um conceito que podemos nos apropriar, tendo a graça de Deus como auxílio.

É o retorno ao sentimento mais saudável para a alma. Retorno a uma sintonia consigo mesmo, com a criação, sintonia com Deus. Um retorno para reelaboração de valores.

Se reconhecemos a necessidade desse retorno, assumimos que somos homens e mulheres de dores, de angustias, de males. Nós sofremos.

Assumimos, também, em humildade, que somos causadores e causadoras de angústias, de males e dores. Nós fazemos outros sofrerem.

Então, não fiquemos receosos ou oponentes quando vemos Jesus afirmando que é necessário renunciar a nós mesmos: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (Mateus 16.24)

Mas, como assim, renunciar a mim mesmo? Qual seria o motivo de existir, então, se tenho que abandonar quem eu sou?

Aqui precisamos esclarecer que essa expressão não tem a ver com negar quem somos (nossas características, fragilidades e limitações). Esse rigorismo moralista e castrador da vida não é o caminho.

Renunciar a si mesmo, é dizer não aos sinais de morte que podem travar o impulso da vida, dessa sintonia com as coisas de Deus.

Falando inversamente, é sermos mais humanos, é querer que essa vida proposta por Cristo e por que não, por outros mestres e mestras da espiritualidade, pulse de tal forma que não se contenha em ser somente uma reforma pessoal ou uma reforma para a igreja, mas uma reforma para todos e todas. Que resiste ao espírito da nossa época, tão marcado pela desunião, ofensa, luta por poder, idolatria ao dinheiro, relacionamentos superficiais, enfraquecimento da democracia.

Esse caminho se trilha, e essa cruz se carrega sempre no coletivo. Não estamos sozinhos e sozinhas! Deus está no meio de nós. Amém.

Felipe Milani
Missionário da IECLB
Comunidade Evang. De Confissão Luterana Missionária do Vale do Atibaia – Valinhos/SP
 

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