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ID: 18

Individualismo e Vida Comunitária

"Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos." Filipenses 2:3

25/11/2013

A busca por relacionamentos significativos é algo presente na história da humanidade. Conforme as Escrituras Sagradas, somos criados como seres relacionais, à imagem e semelhança de Deus, o qual existe e se revela como Triúno, ou seja, na relação do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Fomos criados para nos relacionar com o nosso semelhante, com a criação e com o Criador.

Contudo tal característica essencial da vida pode facilmente ser destruída por outro anseio humano, tão antigo como a origem do mundo: “o desejo de ser dono de si mesmo”, de ser conhecedor e definidor do que é o bem e o mal.

No mundo atual, tal desejo revela-se de forma absoluta no assim denominado individualismo. Em suma, o individualismo exprime a afirmação total da liberdade de um indivíduo em sociedade. Por isso, ele tende a negar o que é comunitário, e supervalorizar os interesses pessoais, gerando egoísmo, soberba e o absolutismo do “EU”. No individualismo o ser humano se torna totalmente autônomo (auto = de si + nomos = lei ► senhor de si mesmo), autossuficiente e autoconfiante, não necessitando mais de princípios norteadores além do que lhe beneficia. Para este, até mesmo Deus deixa de ser o seu Senhor, do qual depende e confia, e passa a ser o seu beneficiador, do qual exige e negocia. Logo, toda relação com o mundo a sua volta será unilateral e egocêntrica, pois o “auto-ecurvamento” do ser humano longe da relação com o Criador acaba por sufocar a sua ligação com a vida ao seu redor. Como diria Lutero: “se no princípio a auto-relação estava em harmonia com Deus, com o próximo e com a Criação, agora ela se isola e se torna absoluta”.

Se olharmos para o nosso tempo, veremos que o individualismo, influenciado por tantos “ismo” – hedonismo, consumismo, utilitarismo, relativismo e virtualismo – tem se tornado, em certa medida, a marca da sociedade contemporânea. A elevação do ser humano ao centro do mundo a partir de toda filosofia iluminista e racionalista colocou-o também na posição de incapacidade de se relacionar com o próximo, sem que antes esta relação lhe assegurasse algum sentido para si mesmo e para sua autorrealização. Como consequência, utilizando as palavras de Kierkgaard e Sartre, o ser humano acaba se tornando “escravo de sua própria liberdade”, tendo que lidar com a angústia de suas próprias decisões, com a solidão e o vazio existencial.

Diante deste cenário, a Escritura traz uma boa notícia. Nós não somos frutos do acaso, ou seja, indivíduos isolados no mundo em busca de nossos próprios desejos sem saber por que estamos aqui. Somos homens e mulheres criados a imagem e semelhança de Deus. Pessoas que se compreendem na relação com o outro e com o mundo. Pessoas amadas por Deus e criadas para viver a realidade da comunhão com Ele. Aqui reside toda a beleza do Evangelho: Deus desce até nós e se inclina a nosso favor por meio de seu Filho para que pudéssemos se reconciliados com Ele por graça e fé. Em Cristo, Deus revela o seu desejo de que “todos sejam um” e que o “amor a Deus e ao próximo” sejam a medida de nossas ações.

Por isso, o nosso desafio como cristãos é andar na contramão do individualismo e a favor do dos relacionamentos marcados pelo amor fraternal, pelo cuidado com a criação, pela busca por justiça, e pela comunhão cristã. Dizer “Eu vivo comunidade” só faz sentido quando o ser e o participar estão de mãos dadas em prol do testemunho de que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus, o Pai!

Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos.
Filipenses 2:3

A busca por relacionamentos significativos é algo presente na história da humanidade. Conforme as Escrituras Sagradas, somos criados à imagem e semelhança de Deus, o qual existe e se revela como Triúno, ou seja, na relação do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Em outras palavras, fomos criados como seres relacionais.

Contudo tal característica essencial da vida pode facilmente ser destruída por outro anseio humano, tão antigo como a origem do mundo: “o desejo de ser dono de si mesmo”. A isso, chamamos de individualismo. O individualismo exprime a afirmação total da liberdade de um indivíduo em sociedade. Por isso, ele tende a negar o que é comunitário, e supervalorizar os interesses pessoais, gerando egoísmo, soberba e o absolutismo do “EU”. No individualismo o ser humano se considera totalmente autônomo, autosufiente e autoconfiante, ou seja, senhor de si mesmo. Para este, até mesmo Deus deixa de ser Senhor, do qual depende e confia, e passa a ser o seu beneficiador, do qual exige e negocia. Como diria Lutero, o “auto-ecurvamento” do ser humano longe da relação com o Criador acaba por sufocar a sua ligação com a vida ao seu redor.

Contudo, caros irmãos e irmãs em Cristo, há uma boa notícia. Não precisamos entrar pelo caminho do individualismo para nos realizar. Você não é fruto do acaso, mas sim, criado/a à imagem e semelhança de Deus. Somos pessoas amadas por Deus e criadas para viver a realidade da comunhão com Ele. Aqui reside toda a beleza do Evangelho: Deus desce até nós e se inclina a nosso favor por meio de seu Cristo para que pudéssemos se reconciliados com o Pai, e assim nos tornarmos livres da angústia da busca por sentido na vida. Todo sentido da vida está em Cristo que assume em si a nossa dor e nos dá a possibilidade de viver uma realidade restauradora de amor e graça na comunhão com o Espírito Santo e de uns com os outros na vida em comunidade. Não seja apenas o que você deseja ser, mas busque conhecer o que Deus projetou você para ser!

 


Autor(a): P. Marcus David Ziemann
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Testamento: Novo / Livro: Filipenses / Capitulo: 2 / Versículo Inicial: 3
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 25861

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