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ID: 18

FELICIDADE

23/06/2014

Conta-se que, certa vez, nasceu Filismino, um menino que, desde pequeno, preocupava-se em ser feliz. Mal sabia falar e já dizia: “Eu quéio a feicidade.”

Mas o que era a felicidade?

O menino preocupava-se em descobrir o que era a felicidade. Depois de muito ouvir, pensar, meditar, concluiu: “Felicidade é ter e ser o máximo.”

Por isso, não se contentava com menos. Na escola, ficava triste toda vez que tinha nota abaixo de 10. Seus trabalhos tinham que ser perfeitos. Dedicou-se com afinco aos estudos, tirando nota máxima em tudo. Diplomou-se na universidade com louvor. Mas, repentinamente, um grande vazio instalou-se em seu coração. Aquele diploma, tudo pelo quanto tanto estudara, todo o seu conhecimento e sucesso não lhe trouxe a felicidade.

Pensou, então, que a felicidade deveria estar no amor. Passou a namorar. Mas nunca estava satisfeito. Sempre havia uma garota que ele achava mais bonita que a sua. Sempre insatisfeito, concluiu que a felicidade não podia estar no amor.

Pensou então: a felicidade só pode estar no sucesso profissional. Atirou-se ao trabalho. Em nada mais pensava, nada mais fazia. Queria alcançar a felicidade subindo na vida. Conseguiu subir na empresa, até chegar a presidente. Ele agora tinha dinheiro, sucesso profissional, prestígio, mas... apesar disso tudo, não se sentia feliz.

Com o tempo, casou-se com a mulher mais perfeita que achou, mas não se sentia plenamente feliz. Pensou, então, que a felicidade podia estar num filho. Mas também não sentia-se plenamente feliz com seu filho.

O tempo foi passando. Ele estava envelhecendo e, cada vez mais, se desiludia, pois não conseguia encontrar a felicidade. Já havia tentado de tudo. Onde estaria, afinal, a felicidade?

Encontrou um amigo e contou-lhe da sua aflição. Não queria morrer sem antes ter encontrado a felicidade. Perguntou ao amigo: “Você encontrou a felicidade?”

Ao que o amigo respondeu: “Bem, a felicidade plena, não. Mas tive muitos momentos felizes na minha vida. Se olho para trás, lembro das brincadeiras de criança, os namoros, os amigos, as festas, os bailes, os momentos bonitos com minha esposa, com a família, com os filhos, com meus netos... Não fui sempre feliz o tempo todo, mas vivi muitos momentos felizes que me fazem dizer que valeu a pena ter vivido.”

Pensativo com a resposta do amigo, olhou para trás, pensou na sua vida e disse: “eu era feliz e não sabia.”

Muitas vezes, somos como esta pessoa de nossa estória. Queremos a felicidade plena, completa. Lutamos com afinco para conseguí-la e, muitas vezes, não percebemos que já somos felizes, pois não nos damos conta de que a felicidade plena e perfeita não existe – esta somente será possível no Reino de Deus. O que podemos ter é uma vida com muitos momentos bons e felizes, e saber aproveitar estes momentos.

Por isso, com razão, diz Eclesiastes 9.7-9: “Portanto, vá em frente. Coma com prazer a sua comida e beba alegremente o seu vinho, pois Deus já aceitou com prazer o que você faz. Procure sempre parecer feliz e satisfeito. Enquanto você viver neste mundo de ilusões, aproveita a vida com a mulher que você ama. Pois isso é tudo o que voe vai receber pelos seus trabalhos nesta vida dura que Deus lhe deu.”

Também Provérbios 8.32 diz que é feliz aquele que guarda os caminhos de Deus. Neste sentido, podemos dizer que o livro de Provérbios está correto, pois aquele que guarda os caminhos de Deus promove a paz, o bem, a amizade, o amor. E, se todos promovessem a paz, o bem, a amizade e o amor, nossa vida aqui na terra teria um número bem maior de momentos bons e felizes do que tem hoje.

Mesmo diante das forças que destroem a vida e a felicidade, nós não devemos desanimar. Devemos ser exemplo de amor cristão, colocando sinais do Reino de Deus, construindo muitos momentos felizes para nós e para aqueles que conosco convivem.
 


Autor(a): P. Elton Pothin
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 28690

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