O calendário da Igreja indica que estamos no tempo após Epifania, ou seja, após o dia 06 de janeiro. Segundo a tradição, neste dia o Pai revelou o Filho ao mundo conhecido (pessoas negras, brancas e amarelas). Os representantes destas etnias dobram seus joelhos diante da criança na manjedoura. A Bíblia nos fala deste acontecimento no Evangelho de Mateus, capítulo 2, versículos 1 a 6.
Ao crescer, esta criança conviveu de forma intensiva com a humanidade. Teve amizades sinceras, tocou em pessoas consideradas impuras, conheceu a pobreza e hospedou-se na casa de pessoas abastadas. Teve momentos de ira e de impaciência (p.ex: com os mercadores do templo) e teve momentos de extrema ternura e compaixão. Foi um ser humano completo, num mundo concreto.
Seus atos e palavras conduziram a adesões e a rejeições; conduziram a que pessoas o seguissem e a que pessoas o detratassem. Por um momento os detratores venceram. Amordaçaram sua voz e fixaram com pregos seus braços e suas pernas. Houve festa e gritos de vitória na casa dos detratores. Eles acreditavam que o método de resolver os conflitos pela eliminação do adversário seria a mais eficiente.
Eles esqueceram (ou não sabiam) o que tinha acontecido na Epifania. Esqueceram (ou não sabiam) que o poder de Deus se mostra na fragilidade. Eles esqueceram (ou não sabiam) que o alcance das palavras e atos de Jesus não podia ser limitado pela cruz. Esqueceram (ou não sabiam) que a cruz seria o farol através do qual a humanidade inteira seria iluminada.
Desde o dia 06 de janeiro a sabedoria de Deus proclamou a inclusão a todos os povos e nações do mundo. Rendamos graças a Deus por esta Mensagem cunhada em palavra e atos e destinada para libertar e redimir a todas as pessoas, em todos os tempos e em todos os lugares. Amém.
Pastor Carlos Musskopf,
Pastor da IECLB na Paróquia do ABCD – Santo André, SP.