Observe a imagem e tente imaginar o contexto dela, tente completar a imagem. De quem são essas mãos? O que fazem essas pessoas?
A imagem é simples e limitada, apenas um detalhe, duas mãos dadas, uma segurando a outra. Uma mão é grande e a outra é pequena. Isto é tudo o que vemos! Nossa imaginação aumenta esta imagem: talvez seja um pai ou uma mãe passeando com seu filho, filha? Talvez um irmão mais velho, avô, avó com o neto. O adulto segura com firmeza e ternura a mão pequena da criança e vai conduzindo a criança pela vida. Vai mostrando o que existe no jardim, na praça, na casa; coisas engraçadas, coloridas, que se mexem, animais, plantas, objetos, pessoas. E assim a criança vai sendo apresentada ao mundo sob a proteção de alguém que conhece o caminho.
Podemos também pensar diferente: a criança pode estar guiando o adulto. Convidando-o para ver o mundo aos seus olhos. Não só crianças são conduzidas, pessoas de todas as idades são guiadas. Deus nos conduz como quem conduz crianças, com cuidado e amor. Para isso ele se faz gente. E então a história fica mesmo um pouco diferente. No Natal, Deus mostra que não é sempre um adulto que guia, mas através de uma criança ele nos permite ver e sentir todo o seu amor. Deus inverte a ordem do mundo para nos mostrar no pequeno e simples a grandeza dos seus planos para nós. O menino Jesus nos guia e nos mostra o mundo diferente, onde a inimizade tem fim, onde todos comem juntos, onde há paz, há brincadeiras. Esse é o anúncio do profeta Isaías 11. 1-9.
Deixemos que o filho de Deus segure nossa mão e nos mostre a vida com o doce olhar de uma criança neste novo ano. Permita-se ser um pouco criança, olhar com simplicidade e curiosidade para a vida, sem que os olhos transformem tudo em seriedade do mundo dos adultos.
Esperamos por um tempo bom no ano de 2013!