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ID: 18

Deus se Revela no Quotidiano

Motivações e Subsídios para Jovens e Comunidades

19/11/2012

Deus se Revela no Quotidiano
(Tempo de Epifania)

Onde descobri-lo? Como percebê-lo?

A Dinâmica do amigo secreto/oculto

É costume nas festas de fim de ano organizar a brincadeira do amigo secreto. Tiramos um nome no papelzinho, compramos um presente, e no dia marcado fazemos a revelação. Faz parte da brincadeira escrever mensagens para a pessoa amiga, e no dia da revelação dar pistas, fazer comentários sobre a pessoa, às vezes brincando outras vezes falando dos sentimentos, admiração que se tem por ela. A brincadeira fica interessante quando consegue-se fazer surpresa.

Epifania é um tempo assim, cheio de surpresas! Onde Deus vai se revelando aos poucos, aos que tem os olhos aberto e um coração sensível.

Epifania é o tempo no calendário litúrgico que acontece após o Natal, depois das comemorações do nascimento do menino Jesus. Parece que depois do Natal nada acontece na Igreja. Há um vazio nas atividades, as pessoas de um modo geral, em especial a juventude e as crianças estão em férias, e as/os pastores saem de férias. Diz-se que o ano começa depois do carnaval. E até lá o que acontece? Será que Deus também sai ou saiu de férias depois do nascimento de Jesus?

O evangelho de Lucas narra os acontecimentos deste tempo litúrgico, como Jesus vai se revelando ao mundo, e como as pessoas vão percebendo que aquele menino nascido em Belém é o Messias.

Assim como nós levamos nossas crianças para o Batismo na Igreja, Jesus também foi levado ao templo para ser apresentado ao Senhor. Depois da apresentação de Jesus, Simeão e a profetisa Ana percebem que aquela criança é a que devia vir ao mundo para salvar e por isso glorificam a Deus. ( Leia: Lucas 2.25-40)

O tempo vai passando e Jesus vai crescendo, e aos poucos Deus vai revelando, em especial para Maria, a missão do menino. Os doutores da lei não perceberam, que sentado no meio deles, estava aquele que foi prometido e enviado por Deus. (Leia: Lucas 2.41-52)

O mistério da fé nos ensina que a revelação de Jesus é algo que se dá aos poucos. Só aquelas pessoas que tem os olhos atentos e o coração aberto é que O percebem. Maria olhava para o filho e percebia nele algo especial, mas guardava tudo no seu coração.

As mães tem, muitas vezes, esse pressentimento e por isso cuidam dos seus filhotes de maneira especial. Observem com atenção os cuidados das mães (Também as mamães da nossa fauna...).

“Tende em vós o mesmo sentimento
que houve também em Cristo
Jesus, pois ele subsistindo em
forma de Deus, não julgou como
usurpação o ser igual a Deus; antes,
a si mesmo se esvaziou, assumindo
a forma de servo, tornando-
se em semelhança de homens,
e reconhecido em figura
humana, a si mesmo se humilhou,
tornando-se obediente até à
morte e morte de cruz.”

 

Deus se revela no olhar e no amor da mãe, do pai, do amigo, ...

Depois da morte cruel de Jesus, da crucificação, seus amigos estavam desconsolados. O coração entristecido impedia os olhos de enxergar que Jesus caminhava ao lado deles. Foi preciso um gesto concreto para que seus olhos se abrissem. E na partilha do pão descobrissem que caminhando ao lado deles Jesus se revelava amigo e companheiro de todas as horas.

(Leia o texto de Lucas 24.13-25).

Diálogo e Reflexão:

Na vida precisamos prestar atenção nas pessoas que caminham ao nosso lado. O que elas nos revelam? ou querem nos revelar? O que as palavras e os gestos de nossas mães, pais e amigos revelam?

Muitas vezes, queremos ver coisas grandiosas, espetaculares e não percebemos que nas coisas simples e pequenas encontra-se o verdadeiro tesouro.

Propomos um diálogo, partilha de experiências, sobre os enigmas da revelação. Sugerimos que arrisquem interpretar fatos e momentos da vida. Quando a presença de Deus nos surpreende e faz novas as coisas vencidas?

“Amor quando se revela, não sabe se revelar.
Sabe bem olhar pra ela, mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...”

(Fernando Pessoa - O amor, quando se revela (versos 1-2)

 

Credo da Epifania

Creio em Deus, Vida e Amor.
Só assim é que vivemos, nos movemos e existimos... Deus nos salva e nos chama a compartilhar da sua Presença, não em atenção as nossas obras, mas em virtude de seu desejo e de sua graça infinita.
Creio que esta graça nos foi dada em Cristo Jesus que hoje manifestou a sua misericórdia para com toda a humanidade, rompendo todas as cadeias ao aniquilar a morte e resplandecer a vida, com bondade e compaixão.
Creio que Jesus nos convoca ao seguimento, caminhando ao nosso lado, compartilhando a nossa condição, criando comunidades, inaugurando uma nova era.
Creio na ternas e eternas relações humanas, na saborosa teimosia da esperança, na companhia universal dos artistas e na confraria multiforme dos apaixonados pela vida – defensores da paz.
Creio que cada criatura reflete o toque inovador do sempiterno Criador e que é possível um tempo de felicidadania, pois o amor soprou seu aroma sobre nós, perfumando nosso caminho com a brisa de sua rebeldia.
Creio que ele veio ao nosso encontro e nos convida a trilhar o seu futuro.

Rubem Alves, (org) Culto Arte -Advento e Epifania, p. 82.

Rendei graças ao Senhor. Revele para as pessoas os seus feitos e o seu amor.
Cantai a ele hinos e falem das suas Maravilhas.
Buscai a Deus e a sua graça.
Vivei em comunhão com ele.

 

DINÂMICA PARA FACILITAR DIÁLOGOS SOBRE OS DESAFIOS DO RELACIONAMENTO HUMANO

EXERCÍCIO DOS TALHERES

Objetivo: conscientizar o grupo acerca de certos comportamentos que temos em família, tais como: isolamento, ruptura, colaboração, solidariedade.

Material utilizado: uma folha de papel em branco e caneta para cada participante.

Tempo exigido: 40 minutos, aproximadamente.

Processo
O animador explicita, inicialmente, o objetivo do exercício e sua dinâmica, dando as características dos talheres.
Faca: corta, fere, separa, divide e isola.
Colher: empurra, recolhe, encaminha, dirige, faz tudo de uma maneira suave. Reúne e recolhe.
Garfo: espeta, desmancha, agarra, prende, fere.
Após a explicação, o animador dará um tempo de quinze minutos para que cada participante possa refletir e perguntar-se quando exerce a função de faca, colher ou garfo, ou um pouco de cada. Cada um anota suas observações na folha.

Em seguida cada um expõe ao plenário suas observações. Ao final todos são convidados para partilhar comentários, conclusões e avaliação do exercício.

Atenção: Este é um exercício de confiança. Portanto é aconselhável que seja feito num grupo onde os integrantes se conhecem ao ponto de instalar um clima de respeito mútuo, para não haver constrangimento, etc. O objetivo desse exercício é expor os participantes às contradições do relacionamento familiar e social.


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Autor(a): neusa Tetzner
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Natureza do Domingo: Epifania

Título da publicação: Motivações e Subsídios para Jovens e Comunidades / Ano: 2012
Natureza do Texto: Educação
ID: 28705

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