Vivemos numa sociedade onde constantemente nos deparamos com pessoas insatisfeitas. Geralmente estão descontentes por que lhes falta alguma coisa. Aí a gente volta no tempo, lá para os inícios da Igreja, e localiza alguns discípulos de Jesus. Quando os observamos, podemos perceber que mesmo sob ameaças de prisão e morte eles continuavam falando de Cristo. Podemos perceber que eles não ficavam reclamando da vida. Por quê? Porque eles encontraram em Cristo Jesus Aquele que lhes dá razão para viver! Ele dá sentido à vida! E ficaram tão cheios dessa alegria do Espírito Santo que não tinham outra alternativa a não ser falar de sua fé.
Vivemos num mundo onde as pessoas que se dizem cristãs, pelo menos em boa parte, parecem não se contentar mais com o Cristo de Deus: o Jesus de Nazaré! Eles querem cada vez mais coisas, por isso são infelizes. Quantas nem se contentam mais com o pão de cada dia! Querem aquilo que as propagandas fomentam em seus corações: produtos de última geração! É um novo tipo de celular; um tênis “de marca”; um computador de última geração; uma televisão de plasma... Acham que tendo bens de consumo serão felizes. Mas, na verdade, estão sonhando com ilusões. A felicidade não está em ter coisas!
Muitos cristãos não se contentam com o Cristo de Deus e por isso fabricam seu próprio cristo. O cristo que satisfaça a sua ganância, a sua sede de consumismo. E há quem semeie esse tipo de espiritualidade! Há quem pregue esse cristo como sendo o de Deus. Mas esse não é o Cristo de Deus. Esse é o cristo do mundo, do mercado, o cristo do capital. Esse cristo é fruto da idolatria humana. Esse cristo não revela o rosto de Deus, mas o rosto do materialismo, do consumismo. Ele é fruto dos desejos egoístas do ser humano: uma criação! É um ídolo! Esse cristo é o da barganha! Ele vende suas bênçãos! Ele atende à lógica do “toma lá da cá!” Mas, definitivamente, esse não é o Cristo de Deus!
O Cristo de Deus é o Jesus que tinha um estilo simples de viver! É Aquele que nasceu em Belém. Ele não veio com toda pompa humana, mas em humildade. Ele mostra de forma bem clara como é o coração de Deus! Deus não é negociante! Deus não se deixa comprar! Deus não vende! Deus se doa! E isso nós enxergamos na Pessoa de Jesus!
Quem tem a Cristo, tem a Deus! Não precisa alimentar insatisfações. Em Cristo temos tudo o que necessitamos para sermos felizes. Não precisamos de mais nada! Por isso, que nos alegremos com o Jesus de Deus! Que deixemos Ele nos preencher com a Sua presença! Se temos a consciência de que Cristo é Deus, não nos deixaremos seduzir por esse mundo e suas propostas. Não nos deixaremos seduzir pelo cristo desse mundo, mas pelo Cristo de Deus, revelado na Pessoa de Jesus. Anunciemos com alegria que cremos nAquele que nos ama tanto que se doou por nós. Anunciemos que cremos nAquele que não nos abandona em momento algum. Anunciemos que encontramos a razão de viver. Anunciemos e vivamos a fé no Cristo de Deus. Não precisamos ficar mais lamuriando pelos cantos e correndo de um lado para o outro atrás de alegrias passageiras. Não adoramos o cristo do mundo. Adoramos o Cristo de Deus. Somos felizes em Cristo Jesus. Amém.
(P. Telmo Noé Emerich)
