Quantas vezes omitimos ou não revelamos aquilo que nossos olhos vêem!? Aquilo que nosso coração sente. E, por outro lado, quantas vezes falamos sem pensar aquilo que vemos e ouvimos causando desafetos, desamor, guerras de nervos.
Desafio está em assumir nossa condição humana, criaturas pecadoras. Porém não continuar a “cair na tentação” do mesmo erro.
Nesta época de quaresma, preparação para mais uma Páscoa do Senhor - coragem pra dizer as coisas como elas são – é uma boa motivação para nossa reflexão.
O testemunho bíblico que motivou este pensar é um texto do antigo testamento, Números 21.4-9. Esta frase não está formulada desta forma no texto. Ela já é fruto de reflexão e labor teológico. Foi citada pelo pastor Antonio Carlos Ribeiro no livro Proclamar Libertação que é usado como um dos subsídios, por muitos obreiros e obreiras ligadas a confessionalidade luterana, na construção das pregações dominicais.
A motivação seguinte que o testemunho propõe é a ação do olhar. Pra onde nossos olhares estão voltados?
Pra “serpente” que cura? Aqui, a palavra - serpente - pode gerar várias interpretações, conforme a imaginação de cada pessoa.
Qual o tipo de cura que estamos buscando/olhando? Aliás, as pessoas estão mesmo buscando a cura para o mal, os males? Seus males, os males comuns!?
Em diálogo deste testemunho do antigo testamento/antiga aliança com o novo testamento fica transparecido que há sim, a possibilidade e oferta de cura ao olhar/enxergar - o crucificado – olhar este ato como ele é – e o que significa pra cada um e cada uma de nós pessoalmente e por conseqüência para nossa vida comunitária. É urgente que busquemos cura para a vida comunitária, e esta cura virá unicamente se conseguirmos alcançar a dimensão comunitária do sofrimento morte e ressurreição do enviado por Deus ao mundo.
Ore conosco nesta Páscoa: Que a força criadora –Deus nos dê coragem pra enxergar e sabedoria para dizer as coisas como elas são! Que a promessa de cura nos seja dada, e em sendo dada a possamos livremente aceitar.
Lema da Semana - Jesus Cristo diz: O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida pra salvar muita gente. Marcos 10.45 –
Carla Suzana Kruger, pastora da IECLB na paróquia Leste – São Paulo/SP