Com frequência estou no trânsito observando como as outras pessoas dirigem. Quando alguém faz algo errado (e não são poucos!), dou risada e uso qualquer expressão que diminui o outro. Pergunto (para mim mesmo), „onde comprou a carta?“, e outras palavras que me dão a certeza de que sou muito melhor. Pronto. Aí estão dadas as condições para que eu provoque um acidente!!!
Quando a gente se acha melhor, quando a gente pensa que só os outros fazem coisas erradas, a gente „baixa a guarda“, se descuida, se torna vulnerável, tropeça em sua própria arrogância e vai logo pagar caro por isso. Logo, logo a gente mesmo provoca um acidente ou entra numa situação conflituosa.
Se isso vale para o trânsito, vale muito mais para nossa vida com Deus. Muitas vezes a gente se descuida, tropeça, provoca acidentes. A gente tem certeza de que não comete os erros que os outros cometem. Talvez não cometa mesmo, mas certamente comete outros.
No trânsito, a gente tem que „descer do pedestal“ e lembrar que os maiores acidentes ocorrem por descuido, por má condução e não por falhas mecânicas.
Na vida de fé não é diferente: a gente precisa de momentos em que faz uma pausa para pensar, refletir, criticar. Um desses momentos é a confissão de pecados no culto. Não é para a pessoa humilhar-se; antes pelo contrário, para tornar-se humilde diante de Deus e das irmãs e irmãos presentes. Tornar-se humilde e mudar de mentalidade e de atitudes, para diminuir as chances de acidentar-se e até evitar maiores acidentes.
No próximo culto, aproveite este momento. Não permita que o orgulho te desvie do foco, para que não ocorram dores, acidentes e até doenças. Deus tem o antídoto para tudo isso e se chama PERDÃO. Desfruta dele. Ele te dará o cuidado necessário para uma vida com dignidade e justiça. Amém.