As histórias de Jesus, narradas nos Evangelhos, são cheias de aventuras, desafios, sinais, milagres e ensinamentos. A cada novo passo, a cada erguer de olhos, a cada toque, a cada convite, Jesus trazia consigo a mensagem do amor de Deus. Seja qual fosse o lugar – montanha ou vale, povoado ou cidade, Samaria ou Jerusalém, o Messias não perdia a oportunidade de anunciar a boa nova de salvação.
De cima de um monte Jesus fez um sermão sobre as bem-aventuranças; à beira do mar da Galiléia chamou discípulos; no barco mostrou sua autoridade sobre a criação; no templo falou de si mesmo com sendo a luz dos homens; no poço ofereceu-se como água viva à mulher samaritana, no campo multiplicou pães e peixes; na cruz revelou a graça remidora de Deus. Mas o que impressiona ao ler os relatos sobre Jesus é a quantidade de vezes em que Ele entrou nas casas das pessoas.
Não importava de quem eram as casas: se de um fariseu ou publicano e pecador, de um de seus seguidores ou oficial romano, de homens ou mulheres. Ao entrar nelas, Jesus se identificava com a vida e os dilemas de cada família. Jesus trazia paz, amor, vida, perdão e transformação. Foi assim na casa de Jairo, de Marta e Maria, de Pedro, de Simão, de Lázaro, de Zaqueu.
Às vezes Jesus falava algo ao entrar, às vezes aproveitava para ensinar. Mas, se observarmos mais a fundo os relatos, perceberemos que a simples presença graciosa do Filho de Deus na casa e na vida das pessoas geravam arrependimento, fé e gratidão. Eis a boa nova de grande alegria que Jesus Cristo deseja anunciar também em nossas casas.
Em nosso tempo, nossos lares tem se tornado um “refúgio secreto”. Por um lado, nos protege do mundo caótico em que vivemos. Por outro, nos isola uns dos outros e até mesmo de Deus e da Igreja. Trancamos a porta de tal forma que acabamos presos em nossos dilemas, sofrimentos, enfermidades, medos e angústias. Sem falar nas crises relacionais entre marido e mulher, pais e filhos e entre irmãos/ã. Aquilo que deveria ser o “lar doce lar” passa a se tornar um “lar nem tão doce lar”.
Entretanto, onde Jesus está há esperança. Onde Ele entra, há salvação. Por isso, não deixemos a oportunidade passar. Como na história de Zaqueu, Jesus nos vê, nos conhece e vem ao nosso encontro e diz: “eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo.” (Apocalipse 3.20). Como resposta ao agir primeiro de Jesus, Zaqueu desceu depressa da árvore e com muita alegria recebeu Jesus em sua casa.
Ao deixar Jesus entrar em nossa casa, em nossa vida, estaremos recebendo aquele que Deus enviou para trazer restauração, libertação, perdão, justiça e paz. Receber a Jesus é receber a sua mensagem: “Hoje a salvação entrou nesta casa...porque o Filho do Homem veio buscar e salvar aquele que estava perdido” (Lucas 19.9-10).
Bendito e bem-vindo o que vem em nome do Senhor!
