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ID: 18

A única certeza

16/11/2010

Minha avó costumava dizer: “A única certeza que podemos ter na vida é que morreremos algum dia”. Pode parecer um pouco fatalista, mas é real. Não sabemos quando e nem como, mas algum dia seremos alcançados pela morte, alguns com poucos anos de vida, outros cansados de dias; ou, seremos confrontados com ela, através da perda de pessoas queridas.

Normalmente, a maioria das pessoas não gosta de falar sobre a morte, ou sobre a aproximação dela. Isso acontece porque a morte é a causa última das agressões e frustrações humanas, é o problema dos problemas, em que somos confrontados com a nossa fragilidade e limitação. Em 1 Coríntios 15.26, o apóstolo Paulo trata a morte como o último inimigo a ser destruído pelo Senhor Jesus Cristo.

Por isso, a morte é algo indesejado que faz parte da nossa realidade. As pessoas preferem não pensar na sua própria morte. Acabam “deixando pra lá” esse assunto. Mas a partir da fé em Jesus Cristo, somos remetidos para um horizonte que inclui a vida após a morte, vida plena e abundante na companhia do nosso Senhor. A morte não é fim, mas início de uma nova vida. Apesar da crueldade da morte e da ruptura tão abrupta que a morte provoca, por meio de Cristo Jesus, há fé na ressurreição, na novidade de vida, no novo céu e nova terra que virão (Ap 21.1-7), que não serão uma restauração da nossa realidade, mas onde realmente serão novas todas as coisas.

Pensando nas pessoas que foram marcadas pela perda de seus entes queridos, o último domingo do ano eclesiástico é dedicado ao consolo dos enlutados, lembrando com carinho aqueles que partiram no último ano, de suas vidas e dedicação. Ele é chamado de “Domingo da Eternidade”, no qual a morte é lembrada, não como o fim, mas na perspectiva da esperança cristã da ressurreição e da vida eterna na presença de Deus. É dia de lembrança e deve remeter a alegria.

É saudável a expressão do luto e de sentirmos saudade daqueles que já se foram. Mas, em meio ao sofrimento, podemos recorrer a Deus, pedindo pelo Seu consolo. O desespero frente à morte não combina com a fé em Jesus Cristo, pois a vitória sobre este último inimigo está nas mãos do nosso Salvador. Que, a cada dia, possamos ter a nossa fé firmada na certeza dessa vitória e ficarmos tranquilos quanto ao nosso destino eterno. Que Deus nos auxilie para anunciarmos o motivo da nossa fé àqueles que ainda sofrem com a incerteza frente à única certeza da vida.

“Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver.”(Jo 14.2-3)

Bianca Bartsch – Candidata ao Pastorado na IECLB, atuando na Comunidade em Belo Horizonte/MG
 


Autor(a): Bianca Bartsch
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 7861

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A vida cristã não consiste em sermos piedosos, mas em nos tornarmos piedosos. Não em sermos saudáveis, mas em sermos curados. Não importa o ser, mas o tornar-se. A vida cristã não é descanso, mas um constante exercitar-se.
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