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ID: 18

A rotina da criatividade, da busca ao novo

18/08/2009


Marcos 6, 1 - 13:

Quem de vocês gosta de rotina? Eu gosto de rotinas; elas me ajudam, me dão segurança e me fazem errar menos. Seguindo uma rotina, a probabilidade de esquecer algo diminui.

Mas, rotinas também podem escravizar. Se não sei fazer nada que esteja fora da rotina, se não consigo aceitar ou incluir algo novo em minha vida, em meus valores, em meus juízos e costumes, então ela se torna negativa e paralisante. Nestes casos, a rotina banaliza e não serve mais aos seus propósitos de facilitar, de agilizar os processos.



No texto de Marcos, Jesus se depara com um tipo de rotina negativa que encontra na sua terra. Encontrando pessoas que ele conhecia e que o conheciam ele identifica um comportamento rotineiro contra o qual ele faz um apelo. Ele percebe que para seus conterraneos não há espaço para o novo, para uma mudança. Tudo se dá por sentado, por evidente e por conhecido.

Aí é bom lembrar uma frase famosa de Martin Luther que certa vez disse: “a existência de um cristão não se constitui num estar pronto, mas num vir a ser”.

Antes de chegar à sua terra natal, onde ele andava, chamava gente, causava surpresa, admiração, adesão. Quando chega junto aos que o conhecem, eles não se deixam surpreender, pensam que já sabem tudo a respeito dele, deixam escapar a oportunidade de mudar sua vida. Talvez a presença rotineira de Jesus por 30 anos com eles os impede de perceber algo de diferente, de inovador nele… “se já sabemos tudo sobre ele, como pode que vá nos surpreender”?

O surpreendente de Jesus é que não desapropriava as pessoas da força de sua imaginação, de sua criatividade, de seus desejos. Pelo contrário, Jesus junta-se às pessoas para ajudá-las a descobrir suas próprias forças, capacidades e suas infinitas possibilidades de reconstruir a vida. Por isso, quando o texto diz que Jesus não podia fazer milagres ali, significa que não conseguiu mobilizar as potencialidades latentes nas pessoas, pois estavam fechadas em seu "conhecimento", paralisadas por suas rotinas.

Jesus não julga, nem condena. Mas, também não se deixa paralisar pela rejeição. Apenas comenta e olha para frente e ao redor. Junta seu grupo e envia para as outras vilas e aldeias. Numa situação de revés, de stress, Jesus tira as energias para re-inventar sua missão e abranger mais pessoas.

Neste horizonte nos encontramos como Igreja de Jesus Cristo. Não nos deixamos paralisar nem banalizar pela rotina do conhecimento, da auto-suficiência, da arrogancia. Rompemos a rotina da inercia com a rotina da criatividade, da busca, da abertura ao novo.

Que Deus nos ajude nesta caminhada. Amém.

Pastor Carlos Musskopf
Paróquia do ABCD - SP.


Autor(a): Sínodo Sudeste
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 8411

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