E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.
2 Coríntios 5.17

As pessoas correm atrás da felicidade que é fabricada pela mídia e querem aquilo que as propagandas mostram. Aquilo que garante sentido à sua vida. Aquele produto do qual nunca tinham escutado, nem sequer sabiam que existia, mas agora, tem certeza que sem ele não poderão viver mais. Se pergunta como podiam existir sem aquela maravilha. Porém, quem garante que o novo smartphone é melhor que o anterior? Que garante que o próximo político será melhor? Corremos atrás de mitos e queremos iludir-nos com aquilo que queremos acreditar.

Quantas mães receberam verdadeiros presentes no último Dia das Mães? Não falo daqueles que dá para parcelar em 10 vezes sem juros. Falo de presentes de verdade: família presente, o pai de suas crianças presente, um lar presente, as pessoas realmente prestando atenção na conversa das outras e sem o corpo enrolado ao redor de um aparelho. Nós achamos que Páscoa é ovo, que Natal é pacote embrulhado. Graças a Deus, Pentecostes ainda não dá para vender. Mas, por quanto tempo?

Por que sonhamos com mais? Por que sempre queremos mais? Nos preocupamos com ter algo para o futuro, nos ocupamos com o que seremos algum dia e nos esquecemos de ser hoje, de ter tempo com nossos entes queridos na atualidade. Até parece que anossa existência termina sendo um correr atrás da vida. Vivemos só olhando para as costas da vida. Não seria melhor se víssemos a vida de frente, ou pelo menos, se tivéssemos a vida de parceira que caminha ao nosso lado?

Parece que não conseguimos fugir. Tudo nesta vida tem o seu preço, até você? Mas, o Deus da vida nos ensina que existem coisas tão valiosas que não é possível calcular seu valor. O amor (de Deus) não tem como ser taxado, é livre de impostos. Assim também acontece com os outros frutos do Espírito. As dádivas de Deus quanto mais se dividem mais se têm.

É hora de parar. É hora de dizer ao mundo inteiro que assim não se brinca. É necessária uma vida diferente. Em Cristo, nós ganhamos isso. Uma vida que não seja abalizada pelo mercado, que seja vida como ela é: preciosa aos olhos divinos; preciosa aos olhos humanos.

Sei que deve ser difícil viver na contramão do mundo. Eu mesmo não consigo fazer isso sempre. Mas, pequenos gestos, pequenas atitudes podem levar-nos a um mundo diferente. Um mundo onde amamos às pessoas e gostamos de coisas (e não o contrário).