... pois eu vou lhe dar as placas de pedra que têm as leis e os mandamentos que escrevi, a fim de que você os ensine ao povo. […] 15 Então Moisés subiu o monte Sinai, e uma nuvem cobriu o monte. 16 A glória do SENHOR desceu sobre o monte, e para os israelitas a luz parecia um fogo que queimava lá no alto. A nuvem cobriu o monte durante seis dias, e no sétimo dia o SENHOR, lá da nuvem, chamou Moisés. 18 Moisés entrou no meio da nuvem. E ficou ali no monte quarenta dias e quarenta noites. Êxodo 24,12.15-18
Todos já ouvimos falar de pessoas que ganharam na loteria e pouco tempo depois já perderam tudo. Ou de jogadores de futebol que muito novo ficaram muito ricos e que logo depois caíram num estilo de vida autodestrutivo pondo a carreira em risco. Ou pessoas que obtiveram um cargo público e começaram a abusar do poder.
“Subiu para cabeça”, costumamos comentar sobre estes casos. Ou com mais critério: “Não estava preparado para tanto.” Ai prejudica a si mesmo e até a outros.
Até aqui é uma observação que fazemos sobre outras pessoas. Mas será que é coisa somente dos outros? Mesmo quem nunca foi destaque em algumo, teve as suas conquistas na vida, seja no amor, na carreira profissional ou na moradia. Ou seja, a conquista da maturidade tornando se adulto.
Quem sabe, tivemos conquistas que depois não se confirmaram e foram perdidas novamente. O casamento que acabou, o emprego que se perdeu, a falência da empresa, a casa que foi obrigado a vender.
Podem ter sido razões externas que fugiram do nosso controle, mas não é raro que temos que admitir que fomos nós mesmos que pusemos tudo a perder. Não soubemos lidar, não estávamos preparados. Depois lembramos com nostalgia como era bom, mas o tempo passou. Surge a pergunta como fazer melhor?
O povo de Israel passou por uma experiência semelhante. Eles foram libertados por Deus da escravidão que sofriam no Egito, guiados por Moisés. Mas logo surgiram diversos riscos a liberdade conquistada.
Da primeira vez que faltou comida e água criticaram Moisés: “Deveríamos ter ficado no Egito onde havia comida e bebida!” Moisés conseguiu resolver a situação com ajuda de Deus que faz chover o Maná e encontrar água.
Mas os problemas se repetiam, e finalmente Deus sugere a Moisés e ao povo um pacto: Ele iria protegê-los se eles vivessem conforme sua vontade que ele iria manifestar a Moisés nos Dez Mandamentos.
Com outras palavras: Foi precisa procurar a presença de Deus, subir a montanha sagrada para entender como viver a nova liberdade da forma que ela seja consolidada.
E quando Moisés finalmente desce após 40 dias, ele encontra o caos: O povo se fez o bezerro de outro e literalmente gira em falso, dançando ao seu redor praticando atos baixos. Moisés, mesmo assim, consegue com ajuda da aliança nova com Deus segurar a situação e o povo segue sua jornada rumo a terra prometida.
Mesmo que esta é uma história muito antiga, ela tem muito a nos ensinar! Nos também temos uma aliança com Deus: A nova aliança que Jesus Cristo selou com sua morte na cruz e ressurreição.
Nesta nova união vale de fato o que o Apóstolo Paulo escreve aos Gálatas em 5,1: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou!”
Precisamos aprender igual ao povo de Israel como viver esta liberdade. Como fazer para consolidar as nossas conquistas?
O exemplo do livro do Êxodo sugere que também em nosso tempo é preciso ir ao encontro do sagrado, expor se a presença de Deus.
Isto significa buscar a comunhão a comunidade cristã, ir aos cultos na igreja. Mesmo que nem com tudo concordamos, é lá o lugar onde expomos nossa vida a Deus.
Fomos libertados por Cristo na cruz mas precisamos aprender a viver esta liberdade, aprender a preenchê-la com conteúdo. Precisamos pegar gosto pela vontade de Deus e os seu mandamentos.
Também precisamos nos juntar aos objetivos de Deus que é levar este mundo ao seu reino. Se fazermos da Missão de Deus a nossa missão, colocamos todos os aspectos de nossa vida no seu lugar, vamos saber consolidá-las ou aceitar melhor alguma perda. É difícil? É! Mas ninguém prometeu facilidade, mas Jesus promete vida, e vida em abundância! Vivamos!
P. Wilhelm Nordmann