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ID: 12

Transfiguração de Nosso Senhor - Ver e Ouvir

28/02/2011

“Quem conta um conto aumenta um ponto”, diz um dito popular, e assim o emaranhado cresce a ponto de não se saber nem mais o seu começo, meio ou fim.

Frente a certos fatos, nos perguntamos e questionamos, sobre o que realmente é real e verdadeiro, o que é secundário, acrescido ou mesmo inventado, nos jogando em muitas duvidas.

Assim sendo, para elucidar ou comprovar algo, nem sempre basta o “fio do bigode”, mas precisa-se de testemunhas. Jesus sabendo disso, ao subir ao alto do monte leva consigo três dos seus discípulos: Pedro, Tiago e João. Na tradição judaica um fato para ser comprovado necessitava de no mínimo duas testemunhas. Desta forma os três discípulos que acompanharam Jesus, viram a sua glória, ao lado de Moisés e Elias ( Mateus 17.1-9).

Ali no alto do Monte, local de ampla visão e audição, encontram-se Moisés o legislador, Elias o profeta, e Jesus, o Filho amado, envolvidos com a presença de Deus. Na “platéia” os três discípulos, num espetáculo que reúne a glória do passado, do presente e antecipa a glória futura. Momento de grande brilho, devoção e admiração, que teve por parte de Pedro a proposta de Eternizar este momento com a construção de três tendas. Afinal o que aqueles discípulos poderiam esperar mais do que isto?

Decepção: Jesus veta a proposta de Pedro e ainda ordena que se levantem.

Mas os encoraja para que não tenham medo. Pois levantar-se exige energia, coragem, determinação e ação. Tudo o que precisariam dali em diante.

A intenção de Jesus com este ato é reforçar a fé na ressurreição, já antes de sua morte, e que a mesma não seria em vão.

Ter participado com Jesus desse momento glorioso deu aos discípulos um senso de segurança e conforto frente às dificuldades e mesmo ao martírio que muitos sofreram, a ponto de Pedro declarar: “ nós fomos testemunhos de sua glória,...não falamos coisas inventadas..( 2° Pedro 1.16-18).

Assim somos nós desafiados a falarmos com coerência e prudência, sobre o que vemos, ouvimos e cremos. Não negar ou omitir nosso testemunho. Além disso, calar frente ao que não vimos nem ouvimos e que simplesmente suspeitamos ou ouvimos dizer.

Aproxima-se a quaresma. È a luta do senhor contra as forças da morte. È a luta de Jesus para conceder a graça da libertação para todos. Assim como os discípulos viram a glória de Deus antecipada em Jesus, também a comunidade de fé necessita tomar posse da promessa da libertação, da paz, do amor e da fraternidade, que a promessa de Deus em Jesus, já se faz ver diante dos nossos olhos e que não se conforma em ser reduzido ao âmbito de uma barraca.

Pastor Élson Lauri Rysdyd
Porto Lucena-RS

 


Autor(a): Élson Lauri Rysdyd
Âmbito: IECLB / Sinodo: Noroeste Riograndense
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 7792

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