LANÇAMENTO SELO 500 ANOS
PALÁCIO DE CRISTAL – 21.09.2017
Autoridades aqui presentes
Sras./Srs.
De todas as criaturas vivas que existem na terra, o ser humano é o único que tem raciocínio. E isso lhe faculta o fato de poder pensar, refletir, ter a consciência de causa e efeito, ter a consciência de passado, presente e futuro. Nós, seres humanos, temos a consciência de que FAZEMOS HISTÓRIA, de que nossos atos, nossas atitudes influenciam o presente e o futuro.
Por isso, fatos históricos marcantes que mudaram a história da humanidade, de um país, de uma região, são recordados, ensinados, aprendidos.
Citando a história da humanidade, recordamos a descoberta do fogo, da pólvora, as grandes navegações, a revolução francesa, a revolução industrial, a primeira e segunda guerras mundiais, o 11 de setembro de 2011, a descida do homem na lua, o nascimento de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que dividiu a contagem do tempo em Antes dele e Depois Dele.
Se formos pensar no Brasil, recordamos e celebramos o 22 de abril de 1500 (chegada dos portugueses na costa brasileira), 07 de setembro de 1822 (independência), 15 de novembro de 1889 (proclamação da república); 13 de maio de 1888 (princesa Isabel assina a lei áurea).
Em Petrópolis, as datas principais são 16 de março de 1843 (criação do município de Petrópolis) e 29 de junho de 1845 (chegada dos colonos alemães).
E, neste ano de 2017, em 31 de outubro, estamos recordando e celebrando um dos eventos históricos mais importantes da história da humanidade, um evento histórico que dividiu a história do ocidente cristão, que dividiu a história da humanidade em antes e depois deste fato: a Reforma Luterana ou Protestante.
Daquele dia em diante, o mundo nunca mais foi o mesmo. A história do cristianismo toma novos rumos quando consegue se libertar da chancela do catolicismo Romano.
No âmbito religioso, Lutero defendia que a Bíblia deve estar na mão de todo cristãos e que este deve ler o texto da Sagrada Escritura. Dizia também que somente a Escritura Sagrada deve ser a norma da vida do Cristão, que somos salvos somente pela Graça de Deus mediante o sacrifício de Cristo na cruz, que somente pela fé no Cristo Crucificado é que temos a salvação – com estas afirmações, há o rompimento definitivo com a Igreja Romana, que afirma que as ações do ser humano também podem contribuir com a salvação. E entre estas ações humanas estava o comércio do perdão de Deus através das indulgências para diminuição das penas do purgatório.
Mesmo o mundo secular sofre influência das ideias de Lutero, das quais cito a defesa do letramento universal e a defesa da liberdade de escolha conforme a consciência.
O que Lutero defendia nos idos de 1517 não perdeu a validade nem a atualidade. Vivemos num tempo onde a comercialização e a exploração da fé das pessoas é uma realidade. As pessoas ainda são induzidas por líderes religiosos a negociar com Deus. As indulgências vendidas no século XVI têm novos nomes, assumem novas formas.
No mundo secular, a liberdade de opinião segundo a consciência está sendo cerceada com o argumento de que tudo aquilo que não é politicamente correto é uma opinião que está discriminando o outro e onde vemos hoje minorias que querem fazer valer a sua opinião sobre o todo da sociedade. Nem tudo que é politicamente correto é correto de acordo com os valores cristãos que constam na Sagrada Escritura.
Lutero defendia que a Palavra de Deus – e somente ela – deveria ser a norma de orientação para a vida do cristão. Ele defendia que com Deus não se negocia, em Deus se confia.
O convite nestes 500 anos é para que resgatemos estes valores deixados pelo reformador Martin Lutero e pela Reforma e busquemos direcionar nossas ações enquanto sociedade por estes valores.
Celebremos com alegria os 500 anos da Reforma. Mas principalmente resgatemos os valores defendidos e deixados por ela para a humanidade. Assim procedendo, estaremos honrando nosso nome de Cristãos e de Herdeiros da Reforma.
Amém.
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