A Federação Luterana Mundial (FLM) é uma comunhão de igrejas viva e comprometida. Suas igrejas-membro mantêm comunhão de púlpito e altar e somam seus recursos espirituais e materiais para, conjuntamente, participarem da missão de Deus no mundo. Esta comunhão vive porque Deus a chama a ser e a sustenta. Viver juntas como comunhão de igrejas é um dom que lhes foi confiado. Em resposta ao chamado de Deus a FLM comprometeu-se a aprimorar continuamente a comunhão. Sendo dom, a comunhão é algo que recebemos; sendo tarefa, é algo por cuja realização comprometemo-nos a trabalhar. Desde seus inícios, a FLM cresceu de forma palpável em coesão eclesial. Isto pode ser visto em suas estruturas e práticas, nos textos constitucionais e em documentos que regem suas estruturas de governança, como também na maneira como as igrejas se reúnem, trabalham e celebram em conjunto.
À medida que a comunhão luterana vai rumando para o aniversário da Reforma, em 2017, a FLM quer consolidar o significado de ser uma comunhão eclesial a partir da perspectiva luterana. Uma das frases que se tornou marca registrada da eclesiologia luterana é unidade na diversidade reconciliada”. Em todos os tempos e todos os lugares, as igrejas buscam discernir como vivenciar fielmente a mensagem do evangelho em seus contextos. Participando deste processo, são chamadas a rever e analisar paradigmas culturais, sociais e éticos à luz do evangelho de Jesus Cristo. Respostas apropriadas aos contextos particulares são aspectos importantes que asseguram credibilidade ao testemunho da mensagem do evangelho. Ao mesmo tempo, a responsabilidade de mútua prestação de contas das igrejas que vivem em contextos diferentes é parte do seu compromisso com a catolicidade da igreja de Jesus Cristo.