A Igreja em Tempos de Coronavírus



ID: 3207

Perdão! - Mateus 18.21-22 - Pastor Natanael da Silva - 08 de maio de 2021

Oração em tempo de coronavírus

08/05/2021

“Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”.

Graça e Paz! Estamos realizando esse momento em nome do Deus Pai Filho Espirito Santo. Amém

Os versos bíblicos tratam de um tema muito importante. Como viver a vida que é um presente de Deus.

O contexto da fala de Pedro está dentro do ensinamento que o senhor Jesus Cristo vinha fazendo com seus discípulos. Ele fala e esclarece sobre o reino dos céus, onde os seres humanos serão tratados de forma igualitária, mas respeitando suas identidades. Por isso o conselho de como tratar uma pessoa dentro de uma comunidade. Se um irmão pecar em palavras e ações, vai conversar com ele. Se ele não te ouvir arrume testemunhas e exorta. Todavia se não ouvir considerai como longe do caminho (18.18).

Após ouvir essas palavras Pedro se aproxima do Senhor e pergunta: quantas vezes devo perdoar alguém que está me pisando o calcanhar. “Até sete vezes?”. Para entender a resposta que o Senhor Jesus Cristo oferece a Pedro é necessário entender qual o conceito que ele possuía sobre o ser humano.

• O ser humano foi criado a imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26).

• O ser humano é possui glória e honra conferida pelo próprio Deus (Sl 8.5).

• O ser humano é a menina dos olhos de Deus (Zc 2.8).

Esses versos dizem respeito a humanidade, logo cada um que a compõe é uma parte muito necessária para Deus. Esclarecido qual o conceito, voltamos agora para Jesus Cristo e Pedro.

A pergunta de Pedro revela que essas verdades ainda não estavam claras. Pois o perdão é algo profundo e processual. E facilmente pode ser distorcido. O perdão só pode ser oferecido por alguém que é maior. (Bert Hellinger. Ordens do amor; Editora Cultrix).

Para Bert, o perdão quem pode oferece é Deus, pois está acima da criação. Só pedimos perdão para quem está acima. Logo, quando o ser humano assume essa tarefa, facilmente pode incorrer num erro que nem sempre pode estar claro. Muitas vezes aquele que perdoa, está se colocando acima do que foi perdoado. E o perdoado fica abaixo daquele que lhe perdoou. Assim cria um sistema perigoso, pois a comunhão é mantida a partir de um jogo entre forte e fraco. Aquele que tiver mais força, falar bem, ter poder dentro da comunhão é o melhor. Agora, aquele que já está com baixa auto estima terá dias ruins e cada vez pior. Por causa disso o senhor Jesus Cristo diz a Pedro: “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. Não há um numero que indique quanto uma pessoa deve ser perdoada, mas sim um sequencia ou processo onde a cada dia o ser humano trata ao outro com respeito e dignidade.

Que o Senhor Deus acrescente aos nossos dias o seu amor. Amém.

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A vida cristã não consiste em sermos piedosos, mas em nos tornarmos piedosos. Não em sermos saudáveis, mas em sermos curados. Não importa o ser, mas o tornar-se. A vida cristã não é descanso, mas um constante exercitar-se.
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