Só eu conheço os planos que tenho para vocês: prosperidade e não desgraça e um futuro cheio de esperança. Sou Eu, o Senhor, quem está falando. (Jeremias 29.11)
Nossa vida é feita de surpresas, pois não sabemos como será o amanhã. Isso nos deixa inquietos, pois queremos ter controle sobre nossa vida. Se hoje estamos bem, ficamos preocupados: até quando? Se estamos mal, também perguntamos: até quando?. O ditado “não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe” expressa essa realidade.
No livro do profeta Jeremias, Deus fala ao povo de Israel no Exílio na Babilônia. Podemos imaginar o que passava na mente e como estava o coração daquelas pessoas. Tiradas à força, contra sua vontade da sua terra natal. Levados cativos para um lugar desconhecido. Pouca esperança de que houvesse mudança a curto prazo. Os babilônios eram muito poderosos. Por isso, se perguntavam: até quando?
Em situações difíceis na nossa vida, também fazemos essa pergunta. E sempre aparecem pessoas com soluções fáceis. Assim também aconteceu nesta situação de Exílio com o povo de Israel. Em Jeremias 29.8 e 9, Deus diz aos israelitas no Exílio: “Eu, O Senhor Todo Poderoso, o Deus de Israel, os estou avisando para que não se deixem enganar pelos profetas que vivem no meio de vocês nem por aqueles que dizem que podem adivinhar o futuro. Não deem atenção aos sonhos deles. Eles dizem mentiras em Meu nome. Eu não os enviei. Eu, o Senhor, estou falando”.
Nesta situação difícil do Exílio, aquilo que Deus diz para os exilados não é algo que eles gostariam de ouvir. Os exilados gostariam de ouvir: “logo vocês vão voltar para casa. O exílio vai terminar em pouco tempo”. Mas Deus diz exatamente o contrário: “Construam casas e morem nelas. Plantem árvores frutíferas e comam as suas frutas. Casem e tenham filhos. E que os filhos casem e também tenham filhos. Trabalhem para o bem da cidade para onde eu os mandei como prisioneiros. Orem a mim, pedindo em favor dela, pois, se ela estiver bem, vocês também estarão” (Jeremias 29.5-7).
Uma árvore leva muitos anos para crescer e dar fruto. Até que os filhos cresçam e também tenham filhos se vão cerca de três décadas! Ou seja, Deus diz que os israelitas ficarão pelo menos 30 anos no exílio. Isso não é uma notícia boa para se ouvir.
Mas o final das palavras de Deus não é esse. As palavras finais de Deus são estas: “Só eu conheço os planos que tenho para vocês: prosperidade e não desgraça e um futuro cheio de esperança” (Jeremias 29.11). Ou seja, Deus convida o seu povo a não se preocupar com o futuro. A fazer o que é possível fazer diante da situação difícil. A trabalhar para conseguir uma boa qualidade de vida, mesmo no exílio: fazer casas, plantar árvores frutíferas, ter filhos, orar pela paz da cidade, mesmo que seja a cidade dos inimigos. E não dar ouvidos a adivinhos que querem dizer como será o amanhã. Deus é que sabe e cuidará do restante.
Assim também nos fala Deus neste tempo de pandemia. Tenhamos confiança de que Deus tem planos de prosperidade e não de desgraça para nós. Mas é preciso ter paciência. O tempo de Deus não é o nosso tempo. Por isso, devemos continuar fazendo o melhor que é possível fazer dentro das limitações impostas pela nossa situação, assim como os israelitas também tiveram que fazer. Fazendo o melhor, vamos ter condições mais favoráveis em meio à pandemia. Não demos ouvidos aos que querem nos iludir. Confiemos em Deus, seguindo o que o apóstolo Paulo nos aconselha em Romanos 12.12: Que a esperança que vocês têm os mantenha alegres; aguentem com paciência os sofrimentos e orem sempre.