Conta-se que, no final de uma tarde, um homem voltava para casa com muita raiva do seu vizinho. Inquieto, agitado, decidiu compartilhar sua raiva com um amigo. Contou tudo a ele e a raiva passou.
Tempos depois, sentiu a mesma raiva de uma pessoa com a qual havia tido desentendimentos há muito tempo. Mas, desta vez, não quis compartilhar com seu amigo aquele seu sentimento de raiva. E a raiva aumentou cada vez mais. Cresceu tanto que nasceram uma úlcera, duas enxaquecas e três problemas no estômago.
Este é apenas um exemplo em relação a um sentimento contido. Este exemplo nos ensina o valor e a importância de conversar sobre aquilo que passa em nosso coração. Desabafar, contar para um amigo. Hoje, muitos pagam terapeutas para poder desabafar. Muitas vezes, damos pouca importância à verbalização de nossos sentimentos. Mas é muito importante podermos falar com alguém aquilo que se passa em nosso interior: com um amigo, com o pastor, o padre, o terapeuta.
Jesus sabia muito bem disso. Por isso, sentava com as pessoas e conversava com elas. Ouvia suas dores, suas angústias, suas histórias. Ensinava, curava, abençoava. E deixou dito para todos nós: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados. Eu vos aliviarei.” (Mateus 11.28). Fazemos isso através da oração. Orar é falar com nosso Deus, com Jesus sobre tudo que se passa em nosso coração. Ele escuta, Ele nos consola, Ele nos alivia o pesado fardo.
Jesus também ensinou como orar. Em Mateus 6.6, Jesus diz: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a Teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.”
Nesta pandemia, somos convidados por Deus a ouvir a dor do outro, mesmo que seja à distância. De se colocar à disposição de quem precisa falar. E também somos convidados a chegar diante de Deus e orar, abrir nosso coração. Ele nos dará alívio.