A Igreja em Tempos de Coronavírus



ID: 3207

Novo culto doméstico pra você e sua família!

9º Domingo após Pentecostes

01/08/2020

Não deixemos de reunir-nos como Igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia. (Hebreus 10.25)

Como mais uma forma de alimentar a fé das pessoas, em tempos de restrições causadas pela COVID-19, estamos disponibilizando semanalmente breves cultos domésticosA liturgia está a seguir ou você pode fazer o download dela no arquivo que está disponível abaixo - em Word ou PDF - e celebrar culto a Deus, com os(as) moradores(as) de sua residência. Você também pode acessar mensagens em vídeo pelos nossos canais no YouTube:

https://www.youtube.com/channel/UCj0Lrw9J2SRP3fdih2w79GA  

https://www.youtube.com/channel/UCgurXCKOOx64nKNwx1V0_RA

 

CULTO DOMÉSTICO – 9º DOMINGO APÓS PENTECOSTES (02/08/2020)

Invocação trinitária: “Jesus respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o ser humano, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4.4). Enquanto a comida nos mantém corporal e mentalmente saudáveis, a Palavra de Deus nos mantém espiritualmente saudáveis. Aqui nos reunimos em nome do Trino Deus para nossa fé ser alimentada, amém!

Música:

1. BUSCAI PRIMEIRO O REINO DE DEUS E A SUA JUSTIÇA,
E TODAS ESTAS COISAS VOS SERÃO ACRESCENTADAS. ALELU, ALELUIA!

REFRÃO: ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA, ALELU, ALELUIA.

2. NÃO SÓ DE PÃO O HOMEM VIVERÁ, MAS DE TODA PALAVRA
QUE PROCEDE DA BOCA DE DEUS. ALELU, ALELUIA!

Oração: Amado Deus, damos-te graças por mais uma oportunidade de celebrarmos culto nestes tempos de pandemia. Damos-te graças por termos acesso livre ao alimento espiritual, quando há tanta gente que não tem. Pedimos perdão pelas vezes nas quais deixamos passar a oportunidade de nos alimentar dos valores de teu Reino e de reparti-los com as outras pessoas. Pedimos perdão por todas as formas pelas quais cometemos pecado. Em nome de Jesus, amém.

Anúncio da graça“O Senhor é compassivo e misericordioso, muito paciente e cheio de amor. Não nos trata conforme os nossos pecados nem nos retribui conforme as nossas iniquidades” (Salmo 103.8,10). Somente pela graça de Deus, recebemos o perdão para também perdoar e pedir perdão às outras pessoas. Amém!

Música:

1. A TUA PALAVRA É SEMENTE E TU ÉS O SEMEADOR.
O MEU CORAÇÃO É A TERRA QUE TU SEMEASTE SENHOR.

REFRÃO: A TUA PALAVRA, A TUA PALAVRA, A TUA PALAVRA, SENHOR,
A TUA PALAVRA, A TUA PALAVRA, A TUA PALAVRA É O AMOR.

2. MEDITANDO NUM CERTO DIA NA TUA PALAVRA, SENHOR,
SENTI QUE DO ALTO DESCIA A FORÇA DO CONSOLADOR.

Leitura de Mateus 14.13-21:

13Ouvindo o que havia ocorrido, Jesus retirou-se de barco em particular para um lugar deserto. As multidões, ao ouvirem falar disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. 14Quando Jesus saiu do barco e viu tão grande multidão, teve compaixão dela e curou os seus doentes. 15Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se Dele e disseram: Este é um lugar deserto, e já está ficando tarde. Manda embora a multidão para que possam ir aos povoados comprar comida. 16Respondeu Jesus: Eles não precisam ir. Deem-lhes vocês algo para comer. 17Eles lhe disseram: Tudo o que temos aqui são cinco pães e dois peixes. 18Tragam-nos aqui para mim, disse Ele. 19E ordenou que a multidão se assentasse na grama. Tomando os cinco pães e os dois peixes e, olhando para o céu, deu graças e partiu os pães. Em seguida, deu-os aos discípulos, e estes à multidão. 20Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços que sobraram. 21Os que comeram foram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

Mensagem:

A multiplicação de cinco pães e dois peixes, realizada por Jesus, é uma daquelas histórias bíblicas que, para quem “nasceu na Igreja”, se conhece desde a infância. Porventura, ela teria algo novo a nos dizer? Bom, quando nos despimos de todo o nosso saber e permitimos Deus nos falar ao íntimo, mesmo uma história tão “batida” como esta nos faz perceber o que ainda não tínhamos visto em outras oportunidades.

Logo após a morte de João Batista, Jesus se retira para orar, meditar na Palavra de Deus e silenciar no seu luto pelo seu parente. Porém, existe uma multidão que não lhe dá “sossego”. Há muita gente ávida por ouvir Jesus e ser curada por Ele. A camada mais pobre e esquecida de Israel encontrou a esperança viva, em “carne e osso”. O Filho de Deus muda sua “agenda” e, compadecido, acolhe a multidão peregrina.

Ao cair da tarde, surge um problema: na redondeza, não havia qualquer habitação ou “padaria” para alimentar a multidão de milhares e milhares de pessoas. Contando mulheres e crianças, dava muito mais que cinco mil. De que serviriam os cinco pães e dois peixes do lanche de um rapaz (João 6.9)? Porém, se observarmos os milagres contidos na Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, eles acontecem sempre a partir de algo concreto disponível. Do ponto de vista de Jesus, os cinco pães e dois peixes seriam suficientes. Mas o que deve ter passado na cabeça dos discípulos ao ouvirem “Deem-lhes vocês algo para comer”?

Como ocorreu o milagre? Mais de uma vez, alguém já disse: “Milagre não se explica!” Há milagres que hoje, como nosso conhecimento e tecnologia, conseguimos até explicar. Porém, não deixam de ser milagre, pois percebemos a perfeita ação divina. Há outros que, por mais hipóteses que sejam apresentadas, continuam nos intrigando: “Como isto foi possível?” A multiplicação de pães e peixes é um desses.

O foco não está em saber exatamente como ocorreu. Tem gente que disse que o único dali sem egoísmo foi o rapaz, quando prontamente ofereceu o seu lanche. Constrangidos, depois, muito mais gente teria passado a compartilhar o seu também. No entanto, embora teria sido uma atitude louvável, a Bíblia não dá indícios de ter ocorrido assim.

Todavia, o foco está no sinal que Jesus mostra em Ele ser o Messias! O povo israelita admirava Moisés por causa do maná que alimentou seus antepassados no tempo de deserto, entre a libertação da escravidão no Egito e a conquista da Terra Prometida. Vejamos o diálogo ocorrido no dia seguinte a este episódio: Jesus respondeu: A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos. Então lhe perguntaram: Que sinal miraculoso mostrarás para que o vejamos e creiamos em ti? Que farás? Os nossos antepassados comeram o maná no deserto; como está escrito: Ele lhes deu a comer pão do céu. Declarou-lhes Jesus: Digo-lhes a verdade: Não foi Moisés quem lhes deu pão do céu, mas é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo. Disseram eles: Senhor, dá-nos sempre desse pão! Então Jesus declarou: Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede. Pois desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou. Com isso os judeus começaram a criticar Jesus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu. Ele disse isso quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum. Ao ouvirem isso, muitos dos seus discípulos disseram: Dura é essa palavra. Quem consegue ouvi-la? Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo (João 6.26, 30-35, 38, 41, 59-60, 66).

Hoje em dia é diferente? Quantos só querem milagres espetaculares? Quantos desejam sempre sinais para terem certeza de que o Espírito Santo está agindo? Quantos almejam, como se diz, “a bênção mas não o Senhor da bênção”? Quantos reduzem o agir de Deus à prosperidade financeira e ao sucesso pessoal? Quantos apenas buscam experiências sobrenaturais da fé, porém deixam de lado o aprofundamento na Palavra de Deus?

Jesus mostrou que Deus nos sustenta corporal e materialmente falando. Mas também nos mostrou que Ele deseja nos sustentar espiritualmente, por meio de sua Palavra. No entanto, há quem recuse o alimento espiritual, contentando-se somente com o que os sentidos experimentam e as emoções sentem. Gente, inclusive, participante de Igrejas... O que temos buscado em nosso relacionamento com Deus? Que “pão” tem nos alimentado no dia a dia? Que “pão” temos repartido? Amém.

Música:

COMO TU QUERES, SENHOR, SOU TEU.
TU ÉS O OLEIRO O BARRO SOU EU
QUEBRA E TRANSFORMA ATÉ QUE ENFIM
TUA VONTADE SE CUMPRA EM MIM.

Oração [agradecimentos e pedidos a Deus] + Pai Nosso.

Bênção: “Que o Senhor continue nos saciando física, material, emocional e espiritualmente! Que também compartilhemos o que Dele recebemos, sendo bênção para as outras pessoas! Amém.”

Elaborado por P. Alexandre Fernandes Francisco


Autor(a): P. Alexandre Fernandes Francisco
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Joinville - São Mateus
Área: Missão / Nível: Missão - Coronavírus
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Área: Missão / Nível: Missão - Família
Testamento: Novo / Livro: Mateus / Capitulo: 14 / Versículo Inicial: 13 / Versículo Final: 21
Natureza do Texto: Liturgia
Perfil do Texto: Celebração
ID: 55525

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