Pregação baseada em Efésios 5.15-20
No mundo de hoje, estamos diante de um banquete, de uma comilança. Nos supermercados da vida estamos diante das prateleiras cheias com as mais diversas ofertas de saberes e sabores. Fica tão complicado. Lamentavelmente somos como o diabético diante das sobremesas. Qual será o nosso alimento? O que podemos usar para nutrir nosso ser?
No mundo de hoje, as pessoas na sua individualidade procuram o que as satisfazem. Não querem só água, querem suco feito na hora ou refrigerante, querem comida vegana ou um churrasco malpassado. O problema não é só a comida ou a bebida em si. O problema é que nos alimentamos com ódio ou amor, com rancor ou generosidade. Até na pandemia vimos tantas possibilidades: vacinar-se ou não? Qual vacina usar? Quais medidas seguir para continuar vivo? Temos tantas ofertas ditas “sábias” a nossa frente que ficamos perdidos diante da prateleira. Mas, como poder diferenciar aquilo que devemos e podemos tomar para nós e usar?
Sabedoria, palavra usada de forma tão errada, tão necessária para a nossa vida e ao mesmo tempo tão escassa. A sabedoria tem muitos matizes, muitos apelidos, em teoria depende do guru, da ideologia ou até da linha de pensamento. A sabedoria é aquilo que o ser humano tem procurado alcançar desde o início da sua existência. A sabedoria aponta no horizonte e como o horizonte nunca termina de ser alcançada.
Certamente, você que participa deste culto on-line terá as suas preferências, sejam político-partidárias, de time de futebol ou até de alimentação, mas principalmente você é uma pessoa que segue a Cristo e que foi alimentada com a sabedoria de Deus. E a partir dessa sabedoria você tem que saber o você quer para você e para as outras pessoas, sejam familiares, amigos, vizinhança, que moram na sua cidade, no seu estado, no seu país ou no mundo. Mas, cuidado, não o faça de forma egoísta, pois egoísmo não é um valor do Reino de Deus e a sua escolha não afetará somente a você, afetará no fim de contas ao mundo inteiro. Cuide o que você pede, cuide com o que você se alimenta e alimenta às outras pessoas. Seja como a mulher sábia ou melhor seja como homem que se encontrou com ela. Como na estória a seguir:
Uma mulher sábia, em sua jornada, quando atravessara as montanhas, encontrou em um córrego uma pedra preciosa. No dia seguinte, ela cruzou com outro viajante, este estava faminto. Ela abriu sua mochila para partilhar um pouco da sua comida. O viajante faminto viu a pedra preciosa e a pediu para mulher. A mulher lhe deu a pedra sem a menor hesitação. O viajante partiu, alegre por sua boa fortuna. Ele sabia que a pedra era valiosa o suficiente para garantir-lhe conforto pelo resto da vida. No entanto, alguns dias mais tarde, o homem devolveu a pedra à mulher sábia. “Eu estive pensando” – disse ele. – “Sei quão valiosa é esta pedra, mas eu a devolvo na esperança de que você possa me dar algo ainda mais precioso. Dê-me o que você tem dentro de você que é ainda mais valioso. Dê-me o que fez com que você fosse capaz de dar-me aquela comida é até esta pedra”.
Neste mundo tão complicado, diante do banquete da diversidade de sabedorias, somos convidados de forma especial para aproximar-nos da Palavra de Deus e, assim, participarmos do saboroso banquete que a sabedoria divina nos dá. Por isso, superemos preconceitos, discriminações e até aquilo que acreditamos ser do senso comum. Somos pessoas convidadas a elevar o nosso coração para Deus e assim receber a sua sabedoria. Uma sabedoria que traz discernimento, sensatez e bom senso. Hoje diante de nós, está a possibilidade de sermos alimentados e revigorados pelo Reino de Deus e de termos uma vida plena e abundante como Deus quer para todos, cada um, cada uma de nós. Amém.