Assembléia Geral Ordinária da CECLBH
Acredito que o ano de 2005 foi em grande parte um ano de consolidação e equilibrio para a CECLBH. O Pastor Adilson e a Pastora Anete vieram para completar a equipe de obreiros e o Pastor Gert pôde se dedicar melhor as necessidades dos trabalhos sociais na IBML. A situação financeira da Comunidade se estabilizou, permitindo que fossem honrados os compromissos mensais e os repasses para o Sínodo. Conseguimos finalmente saldar o empréstimo relativo ao apartamento pastoral da Rua Palmira.
Os números do levantamento de presença nos cultos da CECLBH em 2005 ainda não refletem a estabilidade no quadro de obreiros da comunidade. Em 2005 a frequência geral foi de 4512 pessoas, levando em conta todas os pontos de pregação, sendo 3,5% menor do que no ano anterior e quase 15% menor que em 2003. Porém, tantos têm sido os esforços e as inovações dos obreiros em relação à visitação, aos cultos e às celebrações que creio que isto se refletirá nos dados de 2006.
Os números, porém mostram algumas surpresas agradáveis. A frequência no culto de louvor, depois de vários anos em queda, continua estável (em média 37 pessoas por culto), afastando em parte a precupação de que ele estava correndo o risco de acabar. A frequência nos cultos na Pampulha continua aumentando (quase 51% em relação a 2004), com muitas crianças, e o culto infantil tem um grupo bastante regular. Os cultos em alemão se mantiveram firmes, com uma frenqência média de 20 pessoas, e a receptividade em Bom Despacho e Divinópolis foi muito boa nos dois cultos que foram realizados lá.
Contagem e Betim continuam tendo uma frequência irregular. Em Betim a frequência sofreu redução de 37% (em média 8 pessoas por culto), mesmo quando os cultos passaram a serem realizados em endereço fixo na Casa Santo Antônio. Já em Contagem a frequência nos primeiros seis meses era tão irregular que em alguns cultos não veio ninguem e como resultado foram suspensos durante o resto de 2005.
Durante o ano de 2005 a equipe de obreiros, o Presbitério e o Conselho Paroquial se reuniram várias vezes para avaliar e definir as prioridades das metas de trabalho do Planejamento Estratégico estabelecidas em dezembro de 2004. É claro que não foi possível desenvolver e completar todas as metas e ações previstas, nem acatar todas as vontades e sugestões. Porém, para a continuidade dos trabalhos, sempre foi fundamental o dialogo entre as pessoas envolvidas. Dentre as iniciativas para o cumprimento das metas de trabalho que foram executadas ou que estão em andamento, podemos citar:
1. Projeto Administrativo e Financeiro: Na Secretaria houve a reorganização dos arquivos e a atualização do cadastro da CECLBH está em andamento. Mesmo limitadas por poucos recursos financeiros, a manutenção e a readequação dos espaços do Centro Comuntário avançou. Houveram melhorias no depósito externo, no jardim e telhado, nas diversas salas de trabalho, e aguarda-se a implantação do projeto aprovado e doado para a Sala da Rocha, local para conversa pastoral, meditação e preparação para o culto. Em termos de mobiliário foram colocados os armários no corredor do térreo, o tapete central e a estante para hinários e bíblias no Templo.
2. Projeto Visitação: Além das visitas dos obreiros, um grupo de visitação, coordenado pela Pastora Anete, foi formado. Este se dedicou a visitar pessoas afastadas, hospitalizadas, com problemas de depressão e alcoolismo, mas também a incentivar vistas no mesmo bairro, lembrando que todas as pessoas devem fazer e receber visitas.
3. Projeto Cultos e Celebrações: A capacitação do Grupo de Acolhida, a elaboração de um Anteprojeto, e a realização do Grande Encontro de Espiritualidade em setembro, foram alguns dos vários esforços para tornar o culto cada vez mais acolhedor e participativo.
4. Comunidade Alemã: Os desdobramentos da parceria com a Comunidade de Schwaig, uma nova equipe de organização do Adventsfeier, e a ampliação dos trabalhos de voluntários vindos da Alemanha na IBML, são algumas das várias inciativas que foram desenvolvidas em 2005 para definir pontos viáveis para este trabalho.
Em dezembro de 2005 a equipe de obreiros, o Presbitério e o Conselho Paroquial novamente se reuniram para avaliar e definir as metas de trabalho do Planejamento Estratégico para 2006. Foi decidido que as metas de 2005 continuariam atuais e que prioridades para 2006 seriam:
1. Administração: Completar o cadastro de membros
Relaçionar o patrimônio da CECLBH
Reavaliar o funcionamento da Secretaria
Reavaliar a forma de Contribuição/ Fé e Compromisso
2. Comunidade Alemã: Avaliar a data e forma do culto em alemão
3. Formação de Lideranças: Mais envolvimemto e capacitação de leigos
4. Continuar a discussão e criar um regimento interno sobre como tornar-se membro
Sempre acreditei que a realização de todos os trabalhos da comunidade é viabilizada quando cada membro e obreiro se sente de fato parte importante e indispensável da comunidade e coloca seu tempo, seus dons e seus bens, dentro de suas possibilidades, a serviço da obra de Deus. Como Presidente, posso somente agradecer de todo coração a todas as pessoas que me ajudaram e que apoiaram estes trabalhos nos últimos quatro anos, principalmente os pastores e obreiros, os membros do Presbitério, do Conselho Paroquial e Fiscal, a equipe na Secretaria, e todos os voluntários e participantes nos vários departamentos e áreas de trabalho da Comunidade e da IBML. Confesso que não foram poucas as vezes que pensei que eu não ia dar conta de cumprir as responsabilidades do cargo. Com duas empresas e mais de quarenta funcionários para administrar, uma família com dois filhos menores e uma tendência de assumir compromissos em excesso e querer sempre ajudar, sobra pouco tempo para desperdiçar. Não me desanimei, pois sabia que Deus sempre estava me cutucando e me dando forças para poder ir em frente segundo as minhas possibilidades.
Porém, como em qualquer família, nem sempre o dialogo entre as lideranças da Comunidade e os obreiros transcorre sem desentendimentos. Nesta família, onde temos Deus como nosso Pai, os obreiros devem ser catalisadores vitais para que possa existir harmonia e que as buscas e anseios espirituais e sociais dos membros possam ser atendidos. Por outro lado, os membros, principalmente as lideranças, têm que dialogar e compartilhar com os obreiros, mostrando o que esta dando certo e errado, trazendo as experiências do passado, e traçando juntos os planos, metas e direção do trabalho comunitário. Acredito também que um dos maiores resultados e desafios nestes últimos anos tem sido e continua sendo a sinergia entre os trabalhos da IBML e a Comunidade. Que nunca falte dialogo entre ambas as partes e entre as próprias lideranças e os obreiros.
Peço a todos os membros da Comunidade que leiam com atenção e carinho os relatórios dos diversos setores de trabalho. Convido todos para compartilhar o trabalho e que Deus continue nos iluminando e nos dando forças para nos empenhar na seara do Senhor.
Herbert Knup
