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ID: 363

O pecado transforma a vida da humanidade numa miséria geral

03/03/2017

Gênesis 2.15-17; 3.1-7 - Romanos 5. 12.18-19

Estimada Comunidade,

Quando ouvimos os textos de Gênesis, nos damos conta que existiu um tempo em que não havia pecado e nem morte. Quando Deus criou a vida do ser humano - A VIDA ERA ETERNA. Não existia pecado e, por isso, não existia a morte.

O PECADO veio depois. O pecado é essa potência maléfica – que fez o ser humano pensar que a vida deveria ser melhor, sem Deus. Que Deus somente atrapalha a liberdade do ser humano.

E assim, PECADO é essa vontade humana de querer viver sem Deus, de viver longe de Deus. É isso que a Bíblia chama de pecado. E ao decidir viver longe de Deus, o ser humano perde a vida eterna e surge a morte. A morte é consequência do pecado, é consequência da decisão de querer viver longe (sem) Deus. Desta forma, o PECADO não apenas nos separa de Deus nessa vida, mas com a morte ele nos quer separa de Deus para sempre. Pois, para os judeus a morte era o lugar onde Deus não podia estar. Desta maneira, o PECADO transformou a VIDA ETERNA em MORTE ETERNA (e CERTEIRA) e transformou essa vida passageira da humanidade numa miséria geral.

Quer dizer então que a culpa é de Adão? Ele desgraçou a sua vida e a de todos nós também?

Mas isso não aconteceu porque Adão pecou por nós. Adão pecou por ele mesmo. Ele decidiu viver sem Deus. Adão apenas nos mostrou que aquilo que ele fez, nós também somos capazes de fazer. Assim como ele quis viver longe de Deus, assim também somos nós. Não dá para jogar a culpa no Adão. Nós pecados por nós mesmos. Nós mesmos mostramos – constantemente – que queremos viver longe (sem) Deus. Essa é a condição humana.

Existe um jeito de escapar da morte eterna?

Para o Antigo Testamento – a única maneira de escapar disso seria obedecer a Lei. Submeter-se totalmente a Lei de Deus era a maneira de livrar-se do pecado e da morte eterna. Por isso, os fariseus insistiam tanto que o povo de Israel se submetessem à Lei de Deus. Para os fariseus, o dia em que todos os judeus obedecessem a Lei de Deus, nesse dia Deus baixaria do céu para a terra e levaria o seu povo para o céu, assim como fez com o profeta Elias.
E para os cristãos, tem jeito?

A história da Igreja Cristã mostrou outras alternativas. Já não era possível escapar da morte física, mas havia uma maneira de escapar da morte eterna, depois da morte física. Esse lugar era o PURGATÓRIO. O Purgatório era o lugar onde a alma iria depois da morte física, passava um tempo ali lutando contra a morte eterna. O sofrimento nesse lugar iria purgar (purificar, limpar) a alma do pecado. Uma vez livre do pecado, já não existiria mais a morte eterna e a alma poderia voltar a viver junto a Deus no céu.

Mas havia uma maneira para que a alma nem precisasse ir para o purgatório. Para isso era necessário obedecer as Leis de Deus e as leis da Igreja – e abraçar com alegria o sofrimento aqui nesse mundo. Era isso que se exigia dos monges e das freiras nos conventos. Os conventos eram os purgatórios aqui nessa terra. Eles podiam livrar a pessoa do purgatório depois da morte física e fazer a alma entrar diretamente no céu.
Isso foi ensinado por muito tempo na Igreja Cristã.

Até que a Reforma Luterana permitiu que as pessoas lessem a Biblia. Ao ler a Biblia, as pessoas descobriram que o apóstolo Paulo diz uma coisa diferente, (Romanos 5. 12.18-19). A apóstolo Paulo ensinava que Jesus não tinha pecado. Se Jesus não tivesse sido assassinado, ele estaria vivo ainda hoje. Porque sem pecado não tem morte. Mas Jesus foi traído, crucificado, morto e sepultado. E por não ter pecado, a morte não conseguiu prender a Jesus. Por isso, Jesus ressuscitou – ele consegue voltar da morte. A morte não teve nenhum poder sobre ele. Pois a morte só tem poder para quem tem pecado.

Desta forma, assim como Adão revelou essa tendência do ser humano de querer viver longe de Deus, e esse pecado trouxe a morte, assim Jesus que não teve pecado, que através da ressurreição mostrou que a morte não teve poder sobre ele, esse Jesus revelou à humanidade uma maneira de escapar da morte eterna e voltar a ter acesso à VIDA ETERNA.

E esse caminho é a FÉ.
“Quem crer e for batizado será salvo, quem não quer será condenado (Mc 16.16).
Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crer em mim ainda que morra viverá e quem vive e crê em mim não morrerá eternamente (João 11.25)

Mas fé não era só dizer que acredita em Deus. FÉ significava colocar o seu coração aberto diante de Deus, pedir a Deus perdão pelos seus pecados e depois mostrar para as pessoas que essa fé em Jesus era prá valer, FAZENDO, COMPROMETENDO-SE em viver O MANDAMENTO DO AMOR: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo.

Quem vive assim, quem mostra a sua fé em Jesus desta maneira já nesta vida, em sua forma de pensar e de se relacionar com as pessoas e o mundo – essa pessoa Jesus livrará da morte eterna. Quando essa pessoa pessoa morrer nessa vida, ela não ficará presa na morte, mas a morte será apenas o corredor para sair dessa vida e chegar na casa - no mundo (reino) de Deus. E nesse mundo(reino) de Deus tudo voltará a ser como foi lá no livro de Gênesis, um lugar de comunhão com Deus, onde não existirá pecado, nem sofrimento, nem morte. 

Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus nosso Pai e a Comunhão do espírito santo estejam no meio de nós. Amém.
 


Autor(a): Nilton Giese
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Belo Horizonte (MG)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: Romanos / Capitulo: 5 / Versículo Inicial: 12 / Versículo Final: 19
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 41357

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