Maria visita Isabel (Lucas 1.39-45).

Maria – a mãe de Jesus – ainda era uma adolescente. Tinha por volta de 15 anos. Ela estava preocupada. Provavelmente não havia contado nada ainda para sua família. Ela estava grávida. Seria uma mãe solteira. É verdade que ela era a prometida do José. Mas, quando ele ficou sabendo que ela estava grávida, ele sentiu-se traído por Maria, porque ele sabia que não era o pai da criança. Podemos imaginar a tremenda angústia de Maria.
Como resolver esse problema?
Para entender o que Deus estava fazendo, foi preciso muito diálogo, muita conversa.
- diálogo entre José e Maria
- diálogo entre o anjo Gabriel e José
- e um diálogo com uma pessoa mais experiente como Isabel.
É através do diálogo que Maria (e também José) foram compreendendo onde estava a ação de Deus no meio daquela situação de angústia. Deus foi se revelando no diálogo.
A forma como Isabel recebe a amiga é fundamental para o seguimento do diálogo e da visita. Ela exclama, alegra-se. O seu filho na barriga até estremece. Não há recriminações, não há sinais de dúvida. Você a mais abençoada de todas as mulheres(v.42). O que Maria considerava um problema, Isabel via como uma grande benção. Dialogar ajuda a ver as coisas de outra maneira. As visitas precisam ser manifestações de afeto, de carinho. Através da visita e do diálogo, problemas podem ser resolvidos, solidões podem ser vencidas, depressões podem ser superadas.
Por isso, as nossas comunidades de hoje deveriam proporcionar mais espaços de diálogo, onde as pessoas pudessem falar de suas dúvidas, de suas preocupações e de suas angústias. Sem diálogo, não podemos entender o sentido da vida.

(resumo da prédica do 4 domingo de Advento em Belo Horizonte)