Quem de nós já não ouviu ou até mesmo falou para alguém a frase “você parece que tem o coração de pedra”!? Quem já não conheceu ou até mesmo já conviveu com pessoas que tinham “corações de pedra”? Por outro lado, quem já não sentiu o seu próprio coração pesado e duro como uma pedra?
“Coração de pedra” é sinônimo de dureza, de insensibilidade, de incompreensão. Muitas vezes, sofremos com situações em que, no lugar de ouvir uma palavra amiga e confortadora, ouvimos palavras ásperas e duras. No entanto, “de tanto levar pancada”, às vezes, nosso próprio coração também endurece. Sem perceber, acabamos semeando o rancor, a indiferença e a incompreensão na nossa família, no nosso trabalho, entre nossos amigos e no nosso lugar de estudo.
Através do profeta Ezequiel, Deus diz que colocará em nós um novo espírito. O Espírito Santo de Deus protege, sustenta, consola (Jo 14.16; 15.26), cria e recria comunidade (At 9.31). O Espírito Santo é o vento, é o sopro de vida, é o fôlego que nos anima. Ele nos sustenta individualmente, mas também nos congrega a viver em comunidade. O mesmo Espírito, que agiu na criação do universo (Gn 1.2) e que sopra onde quer (Jo 3.8), está também conosco, hoje.
Deus nos promete um coração novo, um coração de carne, ou seja, um coração compreensivo, sensível e grato. O próprio Jesus Cristo mostrou o que era ter esse coração novo através de suas palavras e ações. Ele viu, ouviu, acolheu, se sensibilizou e teve compaixão pelas pessoas que sofriam.
Peçamos sempre de novo a Deus que Ele substitua o nosso “coração de pedra” por um “coração de manteiga”, um coração sensível aos clamores das pessoas, um coração que se doa e que se derrete pela Sua missão neste mundo.
PPHmista Michele Guckert.