Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor. (Levítico 19.18).
Jesus conhecia muito bem este mandamento ao ponto de considerá-lo o mais importante de todos (Mateus 22.34-40). Em Efésios 6.2, o apóstolo Paulo faz referência ao amor ao próximo e afirma que este inicia com o amor aos pais (4a mandamento). Ao escrever o Catecismo Menor, Martim Lutero explicou que o amor ao próximo é consequência do amor a Deus (Devemos temer a amara Deus e portanto...).
No dia a dia, muito se fala sobre o amor. De forma poética, o mesmo é descrito como um sentimento nobre e sublime de pessoas apaixonadas e bem-intencionadas. Ao abordar o tema amor, as Sagradas Escrituras não o limitam a sentimentos humanos. Mesmo sinceros, são variáveis e passageiros. Não se trata do amor é eterno enquanto dura tão cantado pelos poetas.
A Bíblia parte do reconhecimento de que o amor é uma das qualidades de Deus (Deus é amor - 1 João 4.16) e Nele tem sua origem e fundamento. Por isso, o amor se transforma em mandamento e é acolhido como compromisso pelos cristãos. Este amor não é fútil nem passageiro. Ele é eterno (I Coríntios 13.8).
Quem ama Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento, submeter-se-á voluntariamente ao mandamento proposto em Levítico 19.18. Só quem ama Deus com todo o seu ser, é capacitado para o amor ao próximo, para vencer todas as barreiras de preconceito, egoísmo, impaciência e falta de compromisso. Entenderá o amor como uma forma de servir sem esperar recompensa. É capaz de assumir sacrifícios.
Nesta consciência, a pessoa aprende a também amar a si mesma. Quem ama, cuida! Como podemos amar Deus e o próximo, se desrespeitarmos o próprio corpo submetendo-o a todo tipo de paixões, vícios e abusos?
Comece por si mesmo/a. Mantenha firme sua auto-estima. Valorize-se. Cuide da sua saúde e da sua aparência. Cultive a sua fé. Nisto reside a mola propulsora para respondermos ao maravilhoso amor de Deus: amando nosso próximo como a nós mesmos e amando Deus com todo o nosso ser.
Pastor Geraldo Graf
Publicado na edição 82 do Informativo dos Luteranos - março/2009