E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento.” Gn 1.29
Zum, zum, zum”… Num vôo suave a abelha chega ao seu destino. Ela pousa sobre uma pitangueira florescida. Ali está a recompensa: o pólen, o néctar, a vida. Flores dão frutos, frutos contém sementes, sementes geram novas plantas. As abelhas sabem que quanto mais vida elas espalham, mais vida elas têm. Enxergam a natureza em todas as suas matizes, tons, saturação e luminosidade. Sentem os cheiros e percebem a energia fluindo. Gratas pelo alimento, elas vão de flor em flor e a vida se perpetua.
Mas aí viemos nós seres humanos. Eliminamos as flores, mudamos a natureza das plantas, derrubamos as matas e destruímos os ninhos das abelhas nativas. Os cheiros passam a ser outros: gasolina, óleo diesel, fumaça e agrotóxico. Enfim, deixamos tons de cinza espalhados por todo o planeta. Envenenadas e sem abrigo as abelhas se perdem no vôo e, sem rumo, morrem as pequeninas promotoras de vida.
O que foi criado por Deus para ser perfeito, encontra-se ameaçado. O ritmo da vida foi alterado, a harmonia das cores no jardim de Deus (Planeta Terra) já não é mais a mesma. Não nos damos conta de que: ao destruirmos o meio ambiente, destruímos a nós mesmos. Na alimentação somos induzidos a consumir químicos/artificiais. Muitos lucram com as doenças que provém de uma alimentação anti-natural. Enquanto que, a sabedoria popular, que extrai da natureza muita saúde, é combatida ou usurpada por grupos ligados às indústrias farmacêutica e alimentícia. Nos tornamos vítimas da ganância. E o doce da existência em harmonia com a natureza é substituído pelo amargo do progresso sem sustentabilidade.
Sim, queremos ser cristãos! Mas seguimos a Cristo na promoção de vida abundante? (Jo 10.10b) Entre outras coisas, podemos promover essa vida preservando as abelhas, aprendendo a partilhar e buscando alternativas ecológicas para a produção. Assim, haverá alimento suficiente e vida abundante no planeta. Urge alertar: é chegado o tempo de arrependimento! As abelhas precisam de nossa ajuda para que possam ter abrigo e se multiplicarem. Evite passar agrotóxicos, plante árvores, preserve as florestas!!!
Vale a pena lembrar o que disse Albert Einstein: Quando as abelhas desaparecerem da face da Terra, o homem tem apenas quatro anos de vida.
E, com nosso apoio ou mesmo apesar de nossa interferência, as abelhas continuarão o seu trabalho enquanto puderem…
No vai e vem, as operárias trarão o sustento da vida. No trabalho organizado em mutirão, construirão harmonia da colmeia. Na vigilância, providenciarão a defesa contra o perigo. No cuidado com rainha, manterão o dom de perpetuar o enxame. Desse trabalho árduo ficará a lição da comunhão e da partilha. Tudo seguirá seu curso natural, para o bem ou para o mal. Mas, como diz o ditado: abelhas não fazem mal elas fazem mel.
Porém, do labor de cada uma dessas maravilhosas criaturinhas de Deus, dependerá também o futuro da humanidade. No Zum, zum, zum do bater de suas asas elas podem garantir um mundo colorido e cheio de vida.
